Quem compareceu hoje (27) na solenidade de inauguração da Sala de Brincar da Vara Central da Infância e da Juventude se surpreendeu ao desembarcar do elevador no 3º andar do Fórum João Mendes Júnior. No lugar da formalidade e seriedade habituais nas cerimônias do Judiciário, música, teatro, pintura e exposições. Também tinha pipoca, cachorro-quente e refrigerante. Tudo preparado para receber as protagonistas da festa: as crianças.

        Os 60 meninos e meninas que compareceram, brincavam pelos corredores do fórum. Alguns vivem em instituição de acolhimento, outros foram trazidos pelos pais adotivos que ingressaram com o processo na vara central da Infância. Depois das palavras das autoridades e do desenlace da fita inaugural, enfim, elas puderam usufruir da alegre sala, decorada com grafites de Fernando Berg.

        A implantação da sala foi possível graças ao esforço e dedicação da juíza Dora Aparecida Martins de Morais e dos servidores da Vara Central que trabalham com muito amor e carinho diariamente, além do apoio da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo (CIJ). “Esse momento é extremamente importante para as crianças, porque estão aqui o presidente, o vice-presidente e o corregedor do Tribunal, o que demonstra o olhar sensível que a Administração do TJ tem por esse tema”, afirmou Dora. A juíza também fez um agradecimento especial às pessoas que ajudaram na organização e montagem do evento: equipes da manutenção, limpeza e estagiários da vara.

        O desembargador Antonio Carlos Malheiros, membro consultor da CIJ, parabenizou a magistrada e falou sobre o trabalho da Coordenadoria. “Desde jovem aprendi que temos que resgatar as crianças e não parei mais de correr atrás desse objetivo. Quando cheguei à Coordenadoria esse trabalho se tornou muito mais completo. É a visão mais humana do Judiciário para essa causa.”

        O presidente do TJSP, desembargador José Renato Nalini, de forma bastante descontraída, dirigiu sua fala para as crianças. “O Tribunal está muito feliz com a presença de vocês”. E fez um trocadilho para homenagear a juíza idealizadora da sala lúdica, que promove um trabalho bastante reconhecido pela instituição: “A Dora adora crianças. E o Tribunal adora a Dora”.

        O casal Humerto e Fernanda Fabretti, que adotou Emanuel em fevereiro deste ano, fez questão de comparecer para prestigiar o trabalho da equipe da Vara da Infância. “Sempre fomos bem atendidos. Fizemos o cadastro no início de 2013 e passamos por um processo de habilitação que durou seis meses. Aguardamos na fila até que um dia nos ligaram pois havia uma criança de acordo com o perfil. Daquele dia em diante o Emanuel faz parte das nossas vidas.”

        Também compareceram à solenidade o vice-presidente do TJSP, desembargador Eros Piceli; o corregedor-geral da Justiça, desembargador Hamilton Elliot Akel; o coordenador da CIJ, desembargador Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa; a presidente do Comitê de Ação Social e Cidadania do TJSP, Maria Luiza de Freitas Nalini; o juiz diretor do Fórum João Mendes Júnior e coordenador da 1ª Região Administrativa Judiciária, Homero Maion; a secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciana Temer; magistrados, servidores, integrantes das instituições de acolhimento, pais adotivos e convidados.

 

        ONG Fazendo História

        A Organização desenvolve projetos nas instituições de acolhimento. Em um deles, chamado “Fazendo Minha História”, cada criança cria um álbum sobre o que aconteceu no ano e algumas páginas desse trabalho foram expostas no evento de inauguração. “Nosso objetivo é valorizar o que as crianças têm a dizer e compartilhar esses sentimentos com mais atores da sociedade”, afirmou Mônica Vidiz, da “Fazendo História”.

 

        Núcleo Educatho

        O grupo formado por educadores e artistas – músicos e atores – promoveu brincadeiras, música e dança com as crianças durante a festa de inauguração da sala lúdica. O Educatho tem uma parceria com a Vara da Infância desde o início do ano e oferece ingressos de suas peças para as crianças acolhidas irem ao teatro. Já aconteceram quatro peças. “Acreditamos que a arte, assim como a educação, é um meio de transformação”, afirmou Juliano Barone, que coordena do grupo.

         Veja mais fotos no Flickr.
     

        Comunicação Social TJSP – CA (texto) / AC (fotos)
        imprensatj@tjsp.jus.br