Projeto de meditação diária beneficia servidores do Tatuapé

        Quem entra no 2º Ofício Cível do Foro Regional do Tatuapé percebe um clima diferente, de tranquilidade e harmonia. E não é à toa. Desde junho de 2015 são realizadas sessões de meditação para relaxar e acalmar os funcionários, em iniciativa idealizada pelo coordenador da unidade, Cláudio Ferreira Dias. Questionados sobre o tema, os servidores foram unânimes em afirmar que os benefícios vão além do ambiente de trabalho.
        
Tudo começou com uma proposta de meditação por três dias que deu tão certo, que hoje, se por algum motivo não é praticada, é sentida e cobrada por todos. “Houve um consenso. Apresentei uma ferramenta, a equipe acolheu e não houve resistência dos juízes. Eles entenderam que não estávamos perdendo tempo, mas ganhando qualidade de trabalho. Foi gratificante perceber que todos conseguiram entrar nesse espaço e agregar”, conta Cláudio.
        
As sessões de meditação são conduzidas por ele e acontecem, sempre que possível, todas as manhãs, com duração de aproximadamente dez minutos. Pensando no bom andamento do serviço no cartório, inclusive no atendimento ao público, os funcionários foram divididos em duas turmas, uma que começa às 11 horas e outra às 11h40. A prática é realizada nas salas dos juízes, onde ainda não há movimento de pessoas ou audiências em andamento.

        Para Walkiria Ferreira Campello, escrevente técnico judiciário, além do relaxamento que a meditação proporciona, ela aprendeu a manter o foco. “Quando você chega aqui para meditar, aprende a desprezar o externo e a focar mais e isso faz o serviço fluir melhor. Num primeiro momento você acha que está perdendo dez minutos, mas na verdade está ganhando o resto do dia”, garante.

        É o que também afirma Marly Moreno Esposito, chefe de seção judiciário. “Você chega para trabalhar turbulento, briga até com o relógio de ponto e esse momento faz com que você pare, respire, acalme e foque para seguir em frente. Nem acreditava que isso era possível porque sou muita agitada, não achei que com a meditação ia conseguir parar, e, olha só, consegui!”

        Segundo Julio Mitihide Kusaba, assistente judiciário, o que todo mundo procurava encontrou nas sessões de meditação: um ponto de equilíbrio. “Os problemas se refletem no trabalho, em casa, no trânsito. A partir do momento que a gente sabe como resgatar esse equilíbrio, ele serve pra qualquer minuto da nossa vida, tanto para trabalhar quanto pra viver. Serviu para nós de alerta e aprendizado.”

        Com os resultados positivos das sessões de meditação, as notícias se espalharam pelo prédio. Quando souberam da prática, outros funcionários tiveram curiosidade de saber como era e, para sanar as dúvidas, foi realizada uma sessão para mais de 30 pessoas. “Mas, infelizmente, hoje apenas nós do cartório praticamos. Outras pessoas querem fazer, mostram interesse, mas não têm a oportunidade, muitas vezes porque não conseguem a dispensa dos dez minutos”, explica Alzira Albarez Izaias Lourenço, agente administrativo judiciário.

        De acordo com Cláudio, a meditação é um investimento para o resto do dia. "Se eu estou bem comigo mesmo, bem no meu ambiente, minha produtividade melhora consideravelmente. Quanto mais eu estiver bem, melhor é o meu dia. É exponencial", diz. Nesse sentido, Júlio destaca o bom desempenho do 2º Ofício Cível. "Temos menos funcionários – comparados aos outros cartórios do prédio – mas somos os que têm menos processos em andamento."

        Perfil

        Cláudio Ferreira Dias entrou no Tribunal de Justiça de São Paulo em agosto de 1986. Passou pelo 2º Ofício Cível do Foro Regional de Itaquera e trabalhou como escrevente na segunda instância. Desde novembro de 2005 atua no 2º Ofício Cível do Tatuapé, onde, a partir de 2009, passou a responder pela diretoria do cartório.

        Com inúmeros cursos de autoconhecimento no currículo, como “Respiração Consciente” e “Terapia Transpessoal”, Cláudio adotou nas sessões de meditação métodos que envolvem a percepção do estado de presença, técnicas de visualizações e a consciência na respiração.

 

        N.R.: texto originalmente publicado no DJE de 26/10/16.

 

        Comunicação Social TJSP – VV (texto) / RL (fotos) 
        
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