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Em meio à pandemia, Anexo de Violência Doméstica de Bauru se empenha na assistência às vítimas

Ações buscaram incentivar denúncia e proteger mulheres.
 
As medidas de distanciamento social e a quarentena instituída em todo o estado de São Paulo acenderam o sinal de alerta do Anexo de Violência Doméstica de Bauru. A juíza Daniele Mendes de Melo, coordenadora do local, conta que logo no primeiro mês de isolamento observou a queda no número de medidas protetivas solicitavas. “Desde que o Anexo foi inaugurado, o número de solicitações cresceu gradualmente. Quando notamos que esse número estava caindo, pedi para que o chefe do cartório fizesse um levantamento para termos um acompanhamento estatístico do problema. Conversei com a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher e ela também percebeu a redução”, conta. 
A partir daí, a juíza trabalhou para reforçar os canais de atendimento de vítimas de violência de gênero na região. “Entrei em contato com as polícias militar e civil e eles tinham alguns vídeos educativos sobre o assunto, que foram encaminhados internamente, para assegurar que essas mulheres fossem recebidas do jeito adequado”, diz Daniele Mendes de Melo. Em paralelo, a magistrada prorrogou automaticamente todas as medidas concedidas e orientou os juízes criminais sobre casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. Outra medida realizada pelo Anexo foi o contato telefônico com as mulheres que tiveram medidas concedidas nos últimos meses. “As psicólogas da prefeitura que trabalham conosco passaram a ligar com certa frequência para essas mulheres, para acompanhar a situação de cada uma delas e ter ferramentas para identificar possíveis problemas”, explica. 
Para aquelas que fazem parte do projeto “Há de Flor... e Ser”, que tem por objetivo desenvolver atividades com vítimas de violência doméstica e familiar que proporcionem bem-estar físico, psíquico e social, foram produzidos vídeos curtos, para serem compartilhados via WhatsApp, com aulas de yoga, dança e círculo de mulheres. “Tudo isso para o resgate da autoestima, da autoconfiança e para continuarmos criando vínculos nesse momento tão difícil.” 
No início de julho, a juíza Daniele Mendes de Melo participou de uma reunião pública com representantes da Câmara Municipal de Bauru, Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), Conselho Municipal das Mulheres, Delegacia de Defesa da Mulher, Polícia Militar e Conselhos de Farmácias para aumentar a abrangência da campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica. “Conversamos com representantes de farmácias menores para tentar levar a campanha até elas. As grandes redes já estão dentro. Agora precisamos capilarizar o atendimento, capacitando as farmácias de bairros afastados, mais carentes, e que com certeza poderão ajudar muito no auxílio às mulheres”, destaca. 
Os resultados das campanhas de incentivo à denúncia se mostram nos números. Em abril de 2020, foram 43 pedidos de medidas protetivas, contra 57 no mesmo mês de 2019. Em maio, a situação se equilibrou, com 61 e 62 pedidos, respectivamente, e em junho os números voltaram a subir: 76 solicitações, contra 45 um ano antes.  
 
Comunicação Social TJSP – AA (texto) / LF (arte)
imprensatj@tjsp.jus.br

 

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