A Vara Central da Infância e da Juventude do Fórum João Mendes promoveu hoje (12) a palestra Racismo e Serviços de Acolhimento, no auditório do Gade 9 de Julho, prédio que abriga gabinetes de trabalho dos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo. A assistente social e doutora em saúde pública Maria Inês da Silva Barbosa foi convidada para falar sobre o tema para 150 psicólogos, assistentes sociais, servidores, magistrados, advogados e profissionais de instituições de acolhimento.

        A abertura do encontro ficou a cargo da juíza titular da Vara da Infância e da Juventude do Foro Central e integrante da Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ), Dora Aparecida Martins. “É importante esse contato direto com vocês, uma grande experiência humana e sempre produtiva”, disse.

        Antes da palestra, funcionários do Serviço de Acolhimento Institucional Para Criança e Adolescente (Saica) Menino Jesus apresentaram o trabalho da instituição. “Boa parte dos adolescentes que recebemos, por estarem em situação de rua, chegam com alto nível de drogadição. Mesmo assim, conseguimos fixar o mínimo de regras, como ter horários para acordar e tomar café da manhã, e estabelecer uma roda de conversas, na qual contextualizamos as atividades da casa, o planejamento das atividades do dia, soluções em conjunto e a expressão de sentimentos.”

        Na opinião de Maria Inês Barbosa, para oferecer um acolhimento adequado é necessário descontruir práticas que estão incorporadas no dia a dia. “As pessoas inventam argumentos para justificar comportamentos preconceituosos, desconhecendo que estão reproduzindo a exclusão. Não estamos aqui para apontar os culpados. Estamos aqui para gestar o novo”, disse. A palestrante também deu dicas sobre como lidar com os adolescentes nas instituições de acolhimento.

        A vice-coordenadora da CIJ, desembargadora Maria Olívia Pinto Esteves Alves, fez o encerramento do evento e mediou as perguntas do público.

 

        Comunicação Social TJSP – AG (texto) / GD (fotos)
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