Vara da Infância do Tatuapé realiza encontro no Dia Nacional da Adoção

Evento reuniu pretendentes à adoção.

 

        A Vara da Infância e da Juventude do Foro Regional do Tatuapé promoveu, na última quinta-feira (25), nas instalações do Centro de Visita Assistida – CEVAT, o primeiro encontro  destinado a pessoas que integram o cadastro de pretendentes à adoção, em comemoração ao Dia Nacional da Adoção. Cerca de setenta pessoas estavam presentes.

        A abertura ficou a cargo da psicóloga da Vara da Infância e da Juventude do Foro Regional do Tatuapé, Nilza Maria. “Isso aqui é um sonho. E por que esse encontro? Porque a maioria dos perfis das crianças desse fórum e também de outros é de zero a três anos, por isso, precisamos chamar palestantes que tiveram outras experiências com crianças maiores, grupo de irmãos, crianças com problemas de saúde e especiais. Esse encontro é de vocês”, declarou.   

        A juíza da Vara da Infância e da Juventude do Tatuapé, Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti, cumprimentou os presentes e agradeceu o empenho de todos na realização do evento. “Tivemos a ideia de chamar os casais que adotaram com perfis diferentes, de adoções menos visadas, como adoção tardia, de crianças e adolescentes especiais, interracial e de grupos de irmãos, para dar o testemunho deles e ajudar a plantar uma sementinha no coração dos senhores. A criança e o adolescente é um individuo em desenvolvimento, e quem transforma é o amor dessa família. Temos exemplos de verdadeiros milagres, de crianças com oito, dez anos, que mal sabiam falar e que depois de um tempo com a família adotiva, são outras crianças. A  gente vê com aquele casal e jamais diria que são adotadas. Não importa como essa criança chega nessa família, se como bebê, com cinco anos ou adolescentes. O importante é que tem a vida inteira pela frente.”

        O juiz diretor do prédio, Claudio Pereira França, contou um pouco de sua experiência na Vara da Infância e da Juventude do Foro Regional de São Miguel Paulista, 22 anos atrás. “A adoção era mais fácil. Depois vieram as leis que tornaram o processo mais demorado, mas, por outro lado, o Cadastro Nacional de Adoção trouxe mais segurança. O juiz da Vara da Infância tem que ter vocação, pois trata-se de uma área muito difícil de atuar, uma vez que lidam com crianças que muitas vezes estão em situação de risco e abandono, e que precisam de uma solução rápida. Vejo com muita alegria essa parceria, com magistrados, Ministério Público, OAB e grupos de apoio à adoção trabalhando em equipe. Tenho certeza que conseguirão dar uma nova oportunidade para essas crianças.”

        O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Tatuapé, Leopoldo Luis Lima Oliveira, também falou sobre a iniciativa. “Percebemos a preocupação da Vara da Infância do Tatuapé em promover ações como essa. A OAB tem a responsabilidade de cumprir uma função social e cremos que estamos promovendo uma sociedade melhor. No Dia Nacional da Adoção, devemos refletir sobre o papel de cada um nesse trabalho. Desejamos sucesso, contem conosco.”

        Também fizeram uso da palavra o presidente da Comissão da Infância e Juventude do Tatuapé, Carlos Roberto Elias; o promotor de Justiça Wladimir Soares; e a representante do Grupo de Apoio Acolher – Mairiporã, Cecilia Coimbra. “Precisamos estar preparados para adotar. É preciso ler sobre o tema, entrar em sites e em fóruns de discussão para ter ajuda de como passar por esse período de preparação. É necessário avaliar o fato de a maioria das pessoas não aceitarem crianças maiores ou grupo de irmãos. Vamos desafiar as pessoas a repensar suas preferências.  Vamos desmistificar essa adoção para ela acontecer. O que é adoção? Adoção é amor”, encerrou.

        Durante o encontro, a juíza Gilda Diodatti explicou o Programa Tatu do Bemque incentiva o apadrinhamento afetivo, material ou de prestação de serviços a crianças e adolescentes em acolhimento institucional com vínculos familiares rompidos e remotas chances de adoção – e de Serviços do Tatuapé, que também visa crianças e adolescentes aptos à adoção. Em seguida, alguns adotantes deram depoimentos sobre casos pessoais de adoção.

        Na plateia estava presente a dentista Erika  que está na fila de adoção desde fevereiro – há dois anos, a filha faleceu. “Depois do luto veio a vontade de buscar um outro filho. Agora estamos prontos para receber o filho do coração e distribuir esse amor que está dentro de nós”, afirmou.       

        Também estiveram presentes os juízes do Foro Regional do Tatuapé Fábio Rogério Bojo Pellegrino, Karina Ferraro Amarante Innocencio, Mariana Dalla Bernardina, Marilia Carvalho Ferreira de Castro e Roseleine Belver dos Santos Ricci; servidores, estagiários e interessados no tema.

 

        Comunicação Social TJSP – SO (texto) / Foro Regional do Tatuapé (fotos)

        imprensatj@tjsp.jus.br

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