Comarca de Indaiatuba recebe correição ordinária

Juíza Camila Opdebeeck foi homenageada na ocasião.

 

        A Corregedoria Geral da Justiça (CGJ) promoveu ontem (18), na comarca de Indaiatuba, correição ordinária com a participação de desembargadores, juízes, servidores e advogados. Na oportunidade, a juíza Camila Castanho Opdebeeck, que se aposentou recentemente por problemas de saúde, também foi homenageada.

        Os trabalhos começaram com diálogo entre o corregedor-geral da Justiça, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, e os juízes da localidade. “A correição é um ato de respeito à comarca”, afirmou o corregedor-geral. Segundo ele, a finalidade é ouvir juízes, promotores e advogados sobre as questões mais prementes da comarca e realizar uma verdadeira consultoria de gestão judicial.

        O desembargador Fernando Geraldo Simão judicou em Indaiatuba nos anos 90 e compareceu à abertura dos trabalhos para prestigiar a correição e compartilhar sua experiência. “O apoio da CGJ aos magistrados é fundamental”, afirmou. “Dentro dessa temática de orientação, os juízes devem ter sempre em mente o comprometimento social na tutela da prestação jurisdicional”, disse ele. Em nome dos magistrados da comarca, a juíza diretora do fórum de Indaiatuba, Daniela Faria Romano, deu as boas-vindas à equipe da Corregedoria.

        O juiz assessor coordenador do gabinete da Corregedoria, Marco Fábio Morsello, destacou que o desenvolvimento econômico que a cidade experimentou nos últimos anos desencadeou crescimento populacional e comercial, o que, consequentemente, traz desafios à estrutura Judiciário. “O trabalho a ser realizado é de diagnóstico de problemas para, em sinergia com a OAB, Ministério Público e outras instituições, chegar a soluções adequadas”, informou.

        “A Corregedoria procura caminhar junto à comarca”, disse o juiz assessor Rodrigo Marzola Colombini, que lembrou que nas varas Cíveis de Indaiatuba a distribuição média é de mais de 300 processos por mês. Já a juíza Maria de Fátima dos Santos Gomes Muniz de Oliveira discorreu sobre audiências de custódia e a implantação do projeto nos fins de semana.

        O Núcleo de Monitoramento de Perfil de Demandas da Corregedoria (Numopede) foi o tema da fala da juíza Ana Rita de Figueiredo Nery. O projeto identifica e promove boas práticas para o enfrentamento do uso predatório do Judiciário, grandes litigantes e demandas de massa. Para funcionar, “é fundamental o protagonismo dos juízes de 1º grau”, encorajou ela.

        O juiz assessor da CGJ Fabio Coimbra Junqueira ressaltou que a CGJ monitora a distribuição das varas, estrutura dos cartórios e organização do fórum. Para o bom funcionamento da Justiça, afirmou ele, “mais importante que a quantidade de varas é a sua boa gestão”. Em nome dos advogados da região falou o presidente da 113ª Subseção da OAB Indaiatuba, Alexandre Soares Ferreira. “Estamos à disposição para auxiliar na melhoria da prestação jurisdicional”, declarou.

        Homenagem – No período da tarde, a juíza Camila Castanho Opdebeeck, que se aposentou em julho deste ano por questões de saúde, foi homenageada pelo corregedor-geral, pelo coordenador e pelo coordenador adjunto da 20ª Circunscrição Judiciária – Itu, desembargadores Antonio Rigolin e Francisco Vicente Rossi. Todos se reuniram para registrar a admiração e respeito pela magistrada.

        Camila Opdebeeck chegou à Comarca de Indaiatuba há 12 anos. Nesse período foi diretora do fórum e até recentemente ocupava a 3ª Vara Cível. “É uma juíza modelar”, afirmou o desembargador Pereira Calças. Desde os 14 anos ela enfrenta a condição que restringe seus movimentos, mas que não inibiu seus sonhos e a vontade de servir à Justiça. Ingressou na Magistratura em 1998, aos 23 anos, e também passou pelas comarcas de Campinas e Descalvado. “Amadureci sendo juíza”, afirmou. “A Magistratura é um sacerdócio, é uma entrega.”

        Ao longo da carreira foi também juíza eleitoral e professora de Direito Constitucional. Adaptações e a força de vontade fizeram com que ela sobrepujasse a doença progressiva e, como lembrou o juiz Colombini, se tornasse não só uma juíza respeitada por jurisdicionados e colegas, mas uma das mais produtivas também.

        Agora, no entanto, a necessidade de cuidar da saúde forçou a juíza repousar a toga, mesmo com o coração pesado. “Suas lágrimas, Camila”, disse o corregedor, “são lágrimas de alguém que ama a Magistratura”.

        Também participaram do evento os juízes assessores da Corregedoria André Carvalho e Silva de Almeida e Ricardo Dal Pizzol; os juízes de Indaiatuba André Luiz Marcondes Pontes, Fabio Luís Castaldello, José Eduardo da Costa, Patrícia Bueno Scivittaro e Sérgio Fernandes; e os promotores Alexandre Cebrian Araujo Reis, Marcelo Di Giacomo Araújo e Michel Betenjane Romano.

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