Migração de processos para o eproc avança nas unidades judiciais

Rumo ao 100% eproc.

 

O Tribunal de Justiça de São Paulo segue na transição para o sistema eproc e um ponto fulcral nesse trabalho é a migração. Depois de alguns meses que a competência passa a receber os novos processos no sistema (fase 1 – Implantação), o migrador é habilitado para a transferência dos processos do SAJ (fase 2 – Migração). O trabalho é conduzido pelas próprias varas, sob a coordenação dos gestores, que definem prioridades, prazos e equipes.

Essa etapa começou em 13 de outubro, com a competência Juizado Especial Cível (JEC) – clique aqui para acessar o cronograma. O migrador foi habilitado em JECs da 1ª e da 4ª Regiões Administrativas Judiciárias, além de algumas unidades cíveis em projeto-piloto. No total, mais de 63 mil processos foram transferidos até o momento.

A 1ª Vara do Juizado Especial Cível Central da Capital é líder em volume de migrações na sua competência. O juiz Fernando Salles Amaral elogia o trabalho rigoroso do coordenador Joel Sampaio Santos, responsável por supervisionar cada detalhe da checagem dos dados transferidos. “Nosso objetivo é, em breve, atuar plenamente no eproc, explorando suas automações para tornar o trabalho mais ágil e eficiente, mas conduzimos a migração com cuidado, de forma gradual e segura”, afirma. 

A unidade foi uma das primeiras a testar o migrador, em parceria com as equipes técnicas do Tribunal. A experiência serviu para ajustar fluxos e corrigir gargalos, orientada pelas Secretarias de Governança de Sistemas (SGS) e de Tecnologia da Informação (STI). O cartório adotou uma estratégia eficiente: priorizar os processos mais recentes, enquanto acelera a conclusão dos que estão em fase de encerramento no SAJ. Em pouco mais de três meses, cerca de 3 mil processos foram migrados e 1.425 baixados — restam 6.141 em tramitação no sistema anterior. 
No Interior, a Unidade de Processamento Judicial (UPJ) dos Juizados da Comarca de Campinas também participou do piloto. A juíza Renata Oliva Bernardes de Souza, corregedora da UPJ, relata que a equipe se preparou, enfrentando desafios típicos de quem abre caminho: ajustes de cadastros, testes manuais e checagens para garantir a integridade dos dados. O esforço tem rendido frutos: cerca de dois mil processos migrados, com uma média de 75 por dia. “Trabalhamos para dobrar o volume. A equipe está engajada em concluir esta etapa o quanto antes. No início, era natural haver mais dúvidas e demandas, mas hoje tudo acontece com tranquilidade — inclusive o trabalho dos advogados, que têm se adaptado muito bem. A maioria já fez o cadastro no novo sistema, o que é essencial para que a migração possa ocorrer”, explica. 
O cadastro deve ser realizado pelo próprio profissional. O sistema já conta com mais de 217 mil advogados, o que tem contribuído para a fluidez das migrações e do trâmite processual. Mais informações sobre o procedimento estão disponíveis no material informativo
 
Etapas 
Para que a transição ocorra sem comprometer as automações do eproc, a SGS recomenda um trabalho prévio de saneamento dos processos — conferindo cadastros, partes, advogados, classes, assuntos e fluxos. Uma vez migrada, a ação passa a tramitar exclusivamente no novo sistema, com o lançamento da movimentação “89966 – Remetidos os autos em razão de migração para outro sistema”, intimando as partes e advogados sobre a troca de sistema e orientando para o credenciamento no eproc. Não são transferidos os autos que se encontram em grau de recurso
O Tribunal acompanha o avanço pelos dados estatísticos e relatórios parciais e o prazo final para a conclusão desse trabalho será informado oportunamente. “O protagonismo das unidades é essencial. Elas conhecem seus fluxos, suas peculiaridades e seu volume de trabalho. Nosso papel é oferecer as ferramentas e o suporte técnico necessários para que tudo aconteça de forma segura e controlada”, destaca o juiz assessor da Presidência Cristiano de Castro Jarreta Coelho. 
 
  Passo 1 Capacitar: Tem tutorial curtinho, curso rápido e infoeproc esperando por você no Portal do Conhecimento e no Portal eproc. É tipo maratona de streaming: só que em vez de séries, você sai dominando o sistema. 
Passo 2 Sanear: Dá um certo trabalho? Sim. Mas é importante? Muito. 
A qualidade do cadastro no SAJ garante que os processos cheguem ao eproc do jeitinho certo. Sem saneamento, as automatizações travam. E queremos os processos ágeis para facilitar o dia a dia. 
Passo 3 Clicar: É só um clique, mas calma! 
O gestor da sua unidade é quem organiza o cronograma. Ele define o ritmo, o que migra primeiro e quem faz o quê. A hora que chegar sua vez, aí sim: dedo no mouse
Passo 4 Migrar: Parabéns, missão cumprida! O processo agora segue no eproc. 
É o começo de uma nova rotina: muito trabalho (como sempre), mas agora com um sistema moderno, cheio de funcionalidades que ajudam de verdade.

 

  Próximo Passo: Cível

  Enquanto a migração nos Juizados avança, os olhos da gestão agora se voltam para o próximo desafio: a migração na competência Cível, que concentra o maior volume de processos do estado. A SGS conduz novos pilotos para definir o formato mais eficiente. “A Presidência está analisando diferentes modelos. Cada competência tem características próprias e as experiências em curso nos indicarão os caminhos mais adequados”, ressalta o juiz assessor Cristiano Jarreta.

  A Unidade de Processamento Judicial que abrange das 1ª a 4ª Varas Cíveis do Foro Regional de Santo Amaro, na Capital, é uma das participantes do piloto. A juíza corregedora Fabiana Feher Recasens relata que os servidores sugeriram a suspensão dos prazos por uma semana para viabilizar a migração em massa — proposta acolhida pela Presidência como parte da análise do formato. O resultado foi expressivo: 27 mil processos já foram transferidos para o eproc, com o acompanhamento técnico da SGS e da STI. Segundo a magistrada, restam 5,6 mil feitos para migrar, a maioria com questões pontuais, como cartas precatórias, ARs pendentes ou ausência de CPF de partes no cadastro. “Temos uma equipe muito engajada, que abraçou o desafio com entusiasmo. O eproc torna o trabalho mais ágil e inteligente, e esperamos concluir essa atividade até março”, estima.

  Na UPJ das 11ª a 15ª Varas Cíveis Centrais da Capital, que também participa do piloto, para inovar, a equipe recebeu o apoio do juiz corregedor Christopher Alexander Roisin. Dois servidores com formação em programação — Everson Duarte de Souza e Felipe Domingos de Carvalho Souza — desenvolveram robôs que automatizam parte do processo de migração. O resultado: centenas de processos transferidos por hora, em uma operação que antes exigia dias de trabalho manual.

  “Os funcionários têm liberdade para criar e apresentar alternativas. Em outras oportunidades eles já desenvolveram automatizações que foram muito benéficas para a UPJ. Sempre testamos essas tecnologias em alguns processos da minha competência e, dando certo, avançamos para as demais varas”, diz o magistrado. A unidade já migrou aproximadamente 20 mil ações (de um total de 37 mil), com planejamento por etapas e acompanhamento técnico. Para o juiz, o novo sistema não apenas simplifica o acesso e uniformiza o andamento processual, mas também representa um salto de modernidade. “O eproc é mais ágil, mais intuitivo e libera servidores do trabalho repetitivo. É uma transformação que melhora a rotina e prepara o Judiciário para o futuro.”

 O Tribunal de Justiça de São Paulo segue na transição para o sistema eproc e um ponto fulcral nesse trabalho é a migração. Depois de alguns meses que a competência passa a receber os novos processos no sistema (fase 1 – Implantação), o migrador é habilitado para a transferência dos processos do SAJ (fase 2 – Migração). O trabalho é conduzido pelas próprias varas, sob a coordenação dos gestores, que definem prioridades, prazos e equipes.

 

*N.R.: Texto originalmente publicado no Dejesp de 05/11/25 

 
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