Cordialidade é tema de palestra no TJSP

        A Corregedoria Geral da Justiça de São Paulo, com o apoio da Presidência do Tribunal de Justiça, realizou hoje (15) no Salão dos Passos Perdidos do Palácio da Justiça, o evento de assinatura do Termo de Compromisso de Cordialidade, que faz parte do projeto Justiça Cordial, implementado pela Corregedoria. Após a solenidade de assinatura do termo, o filósofo Mario Sergio Cortella apresentou a palestra “O compromisso com a cordialidade”, tema desenvolvido especialmente para a ocasião.
        
O corregedor-geral da Justiça, desembargador Hamilton Elliot Akel, abriu o evento ao afirmar que o projeto 'Justiça Cordial' envolve todos os sujeitos da atividade judicial e tem por objetivo a apresentação de ações que possibilitem a recuperação do clima de cordialidade que deve existir entre todos. “Neste Termo de Compromisso de Cordialidade manifestaremos o nosso firme propósito em promover ações neste sentido”, concluiu. O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Renato Nalini, falou em nome de todos os signatários: “Vamos mostrar que a Justiça pode ser feita com polidez, cordialidade e ternura, porque a misericórdia não faz mal à jurisdição”.
        
Assinaram o termo, além do presidente e do corregedor, o vice-presidente e corregedor regional eleitoral, desembargador Mário Devienne Ferraz, representando o presidente do Tribunal Regional Eleitoral; o presidente do Tribunal Regional Federal da 3º Região, Fabio Prieto de Souza; a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2º Região, Maria Doralice Novaes; o procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa; o corregedor-geral do Ministério Público, Nelson Gonzaga de Oliveira; a defensora pública-geral do Estado, Daniela Sollberger Cembranelli; o procurador-geral do Estado, Elival da Silva Ramos; o diretor da Escola Paulista da Magistratura, desembargador Fernando Antonio Maia da Cunha; o presidente da Associação Paulista de Magistrados, Jayme Martins de Oliveira Neto; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seção SP, Marcos da Costa;  o presidente da Associação dos Advogados de São Paulo, Sérgio Rosenthal; o presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo, José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro e o presidente da Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça, José Gozze.
         
Em seguida, Mario Sergio Cortella iniciou sua palestra. Graduado em filosofia e doutor em educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), foi secretário municipal de Educação de São Paulo nos anos de 1991 e 1992. É professor titular do Departamento de Teologia e Ciências da Religião e de pós-graduação em educação da PUC-SP. 
        
“A cordialidade é algo que enfeita a vida”, disse. “Eu sou caipira e no mundo caipira tem coisa que orna e coisa que não orna. Na vida e na relação entre as pessoas, tem coisa que orna e coisa que não orna. O que não orna? Agressividade, arrogância, desprezo. O que orna? Cordialidade, polidez e gentileza.” Em seguida, citou uma frase que atribuiu a Martinho Lutero ou a Gabriel Garcia Márquez: “Um homem só deve olhar a outro de cima para baixo quando for para ajudá-lo a se levantar”. E continuou: “Não é casual que a balança da Justiça se equilibra quando os dois lados estão na mesma altura”.
        
O professor falou ainda sobre humildade e respeito às diferenças, lembrando o educador Paulo Freire: “Ele dizia que era pequeno, para poder crescer. Gente grande de verdade sabe que é pequeno e, por isso, cresce. Gente muito pequena acha que já é grande e o único modo dela crescer é rebaixando os outros”.
        
“A cordialidade tem que ser uma prática cotidiana. Ela não é automática, pois já perdemos um pouco disso. Antigamente, no Interior, ao caminhar na rua, todas as pessoas se cumprimentavam, independentemente de serem conhecidas. Quem faz isso hoje em dia? A cordialidade tem que ser consolidada como algo que nos dignifica.” E concluiu sua palestra analisando a frase: A vida é muito curta para ser pequena. “O que apequena a vida é levá-la de forma banal, fútil e arrogante. Por isso, como cidadão, eu agradeço a todos que estão envolvidos neste projeto (Justiça Cordial) que tenta impedir que a gente se habitue a qualquer tipo de ‘coisa podre’.” 
        
Prestigiaram o evento o vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Eros Piceli; o presidente da Seção de Direito Privado, desembargador Artur Marques da Silva Filho; o presidente da Seção de Direito Público, desembargador Ricardo Mair Anafe; o presidente da Seção de Direito Criminal, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco; a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, Elza Cândida da Silveira; e o presidente do Instituto Paulista de Magistrados, Jeferson Moreira de Carvalho, além de desembargadores, magistrados e servidores do TJSP.
        
Ao todo, inscreveram-se 296 servidores na capital e 1.682 no interior, abrangendo 159 comarcas, além dos fóruns de Guaianazes e Itaquera.

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