Notícia

“Interface entre a Jurisdição da Infância e Juventude e a Justiça Criminal” é tema de webinar
14/09/2021

A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de São Paulo, em parceria com a Escola Judicial dos Servidores (EJUS), realizou, na sexta-feira (10), a palestra "Interface entre a Jurisdição da Infância e Juventude e a Justiça Criminal". O webinar contou com a participação das juízas Cristiana de Faria Cordeiro (TJRJ) e Dora Aparecida Martins (TJSP). Acompanharam o evento 286 pessoas, entre público interno e externo.

Na abertura da palestra, o coordenador da CIJ, desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, elogiou as convidadas do dia e afirmou que os encontros servem para gerar reflexão sobre temas diversos: "O importante não é apenas ouvir, mas pensar no que foi dito", afirmou. Durante o webinar, foram abordados assuntos como resultados do encarceramento, articulação de rede e cidadania.

A juíza aposentada Dora Aparecida Martins discorreu sobre garantia de direitos e a importância de diminuir distâncias entre julgado e julgador e de criar empatia. Citando o ECA, a magistrada enfatizou que são responsáveis por crianças e adolescentes a família, a sociedade e o Estado. "Como a sociedade pode auxiliar na proteção, no cuidado e nas garantias de direitos? Talvez tenhamos que participar mais dos processos da nossa cidade para não só lamentar, mas também contribuir", afirmou.

A juíza Cristiana de Faria Cordeiro trouxe ao debate um pouco de sua vivência na Infância e no Criminal. "Partindo do sistema de garantia de direitos da área infanto-juvenil é que veio a ideia de tentar também articular rede na área Criminal, dando dignidade a algumas pessoas que chegam até nós, para que tenham acesso a programas como os de moradia", disse. "A ideia é que, de alguma maneira, os presos vislumbrem uma vida diferente daquela que estavam levando", completou.

Há oito anos trabalhando no Departamento de Execuções da Infância e Juventude (Deij), a juíza do TJSP Cindy Covre Rontani Fonseca leu os comentários e perguntas do público às convidadas ao final das exposições e aproveitou para enfatizar a importância do acompanhamento multidisciplinar desenvolvido na Fundação Casa, que inclui psicólogos e assistentes sociais. "O adolescente deve ser visto para além do ato que cometeu", ponderou.

A palestra estará disponível no media center da Coordenadoria da Infância e da EJUS.

 

  Comunicação Social TJSP – SB (texto) / (foto)

 

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