Notícia

TJSP promove palestra sobre o drama dos refugiados
27/06/2017

A Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo, com organização da Coordenadoria de Apoio aos Servidores (CAPS) e apoio da Escola Judicial dos Servidores (EJUS), promoveu hoje (27) a palestra O drama sofrido pelos refugiados na visão de uma voluntária na Grécia, com a professora Angela Maria Tsatlogiannis, graduada em Direito pela UNIFMU, mestre em Estudos Legais Europeus pela Universidade de Exeter-Inglaterra e especialista em Direito Internacional Público e Privado pela Academia de Direito Internacional de Haia.

O encontro reuniu cerca de 200 servidores no Fórum João Mendes Júnior e foi transmitido para outros 377 participantes. O desembargador responsável pela CAPS, Antonio Carlos Malheiros, abriu o evento e agradeceu a presença da convidada. “Estou muito feliz por trazer a Angela para contar sua experiência. Enquanto os outros professores desfrutavam das férias, ela fez as malas e foi para a Grécia sentir ao vivo e a cores essas milhares de pessoas que sofrem de maneira tão intensa.”

Angela Maria Tsatlogiannis contou suas experiências com refugiados na Grécia e falou sobre a xenofobia (medo, aversão ou profunda antipatia em relação aos estrangeiros), que cresce ao redor do mundo. Ela se voluntariou por 40 dias no país, onde trabalhou para uma ONG norueguesa, que arrecada roupas e mantimentos para refugiados.

“O que você faria se sua vida e de sua família estivessem em risco? A Europa está recebendo o maior número de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, pois pessoas de diferentes países estão deixando suas vidas e suas casas em busca de uma vida mais segura. Muita gente não entende o que é ser um refugiado, por falta de conhecimento. As pessoas não são refugiadas por mero acaso, precisam fugir, não têm escolhas, estão à procura de um mínimo de dignidade”, afirmou. “Muitas pessoas morrem nessas jornadas: mais de mil morreram no Mar Mediterrâneo em um ano. Ninguém faz essa travessia se não estiver desesperado”, acrescentou.

A professora disse ainda que muitos não entendem o motivo pelo qual ela quis ajudar os refugiados. “Eu acredito que o grande problema das pessoas é que elas têm dificuldade de se colocar no lugar do outro. Tenho feito esse exercício diariamente. Vamos olhar essas pessoas com outros olhos, pois temos obrigação de tratá-las com dignidade.”

O objetivo de seu trabalho, diz Angela, é compartilhar sua experiência e mostrar ao mundo o que é ser um refugiado. “Muitos esquecem que os refugiados são, acima de tudo, seres humanos. Somos todos do mesmo lugar, do planeta Terra. Devemos prezar por um mundo sem fronteiras, mas com mais pontes. Abracei a causa, e vou seguir onde minhas forças permitirem. Estou nessa luta e quem quiser me seguir, venha.”

A palestrante também respondeu a perguntas da plateia e dos que acompanharam online. Ao final, recebeu do desembargador Antonio Carlos Malheiros certificado de participação.

 

Comunicação Social TJSP – SO (texto) / KS (fotos)

imprensatj@tjsp.jus.br

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