Cravi inaugura sala em homenagem a Ives Ota no Fórum da Barra Funda

        O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, participou, na última sexta-feira (22), da solenidade de inauguração da Sala Ives Ota do Cravi (Centro de Referência e Apoio à Vítima de Violência), da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda.

        O evento foi conduzido pelo secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, Aloísio de Toledo César, que destacou ser uma celebração da paz, um movimento que a família Ota vem pregando pelas ruas do País desde a tragédia que os atingiu, com a morte prematura do garoto Ives, filho do casal Massataka e Keiko. O secretário destacou a ideia do governador Geraldo Alckmin de prestar essa homenagem à memória do menino, dando seu nome à sala hoje inaugurada.

        O vereador Massataka Ota lembrou da dificuldade que enfrentou para superar a dor da perda de um filho e que o trabalho do Cravi é muito importante para auxiliar as famílias vitimadas pela violência. “A morte de meu filho, em vez de gerar um desejo de vingança, me motivou a lutar contra a violência. Hoje meu filho está aqui”, completou.

        A deputada federal Keiko Ota se disse muito emocionada, mas honrada em estar presente ao evento. “Estou muito feliz em perceber que a nossa luta não está sendo em vão. Hoje são nove unidades do Cravi”.  Ela agradeceu ao secretário pela homenagem ao filho, afirmando que é com atitudes como essa que se pode evitar que novos atos de violência se repitam. “Gostaria de me solidarizar com todas as mães que sofrem com a violência”. E conclamou a todos a buscar a paz, o perdão e principalmente, a justiça. “O futuro de nossas crianças depende de nós”, finalizou.

        A solenidade foi encerrada pelo presidente Nalini, que cumprimentou o casal Ota pela luta que vem empreendendo há anos. “Ives deve estar aqui entre nós”, disse. O presidente elogiou a juíza diretora do Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, Maria de Fátima dos Santos Gomes Muniz de Oliveira, com destaque para o recém-implantado projeto de Audiências de Custódia, que determina a apresentação do preso em flagrante ao magistrado em até 24 horas após a prisão. Também destacou o fato de que 47% da população carcerária não precisaria estar presa. “O projeto é uma forma de colaborar para mudar a ideia de que prisão é a única maneira de punir quem infringe a lei. Precisamos enfrentar os problemas que levam nossa sociedade a ser violenta e cruel. Necessitamos de inspiração no sorriso de um menino como o Ives para combatermos a nossa violência, não apenas a física, mas também a moral, porque este é um País privilegiado, com uma natureza rica, mas que está seguindo um rumo perigoso. Atitudes como as desses pais é que podem ajudar na busca de um novo caminho”, afirmou.

        Também estiveram presentes à solenidade o presidente da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), Jayme Martins de Oliveira Neto; o promotor de Justiça Virgílio Antonio Ferraz do Amaral, representando o procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo; a defensora pública Amanda Ruiz Barbado Pulos, representando o defensor público-geral do Estado de São Paulo; o presidente da Comissão de Direitos Culturais e Economia da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo, representando o presidente; o juiz diretor do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais do TJSP), Antonio Maria Patiño Zorz e o chefe da Assessoria Policial Militar do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, coronel PM Washington Luiz Gonçalves Pestana.

 

        Comunicação Social TJSP – RP (texto) / AC (fotos)
        
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