Foro Regional da Penha participa da Campanha Nacional Justiça Pela Paz em Casa

        Vinte e cinco mulheres estiveram reunidas com o pessoal do Setor Técnico do Tribunal de Justiça de São Paulo nesta segunda-feira (30), no Foro Regional da Penha, para receber esclarecimentos sobre o que é violência doméstica e o que fazer para mudar sua situação. A ação, iniciativa da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário de São Paulo (Comesp), faz parte da Campanha Nacional Justiça Pela Paz em Casa, que acontece entre os dias 30/11 e 4/12.
        
A juíza Claudia Felix de Lima, que atua na Vara de Violência Doméstica, explicou que às segundas-feiras são realizadas audiências com as vítimas para análise da concessão de medidas protetivas e também de retratação para que os agressores não sejam mais processados. “Aproveitamos a oportunidade da campanha para realizar essa palestra com o objetivo de conscientizar as mulheres a procurar os seus direitos. Estamos cada vez mais atuantes e sensíveis para esse tipo de problema que é vivenciado por tantas mulheres. Por isso, é importante que a vítima procure ajuda no Judiciário e no Ministério Público.”
        
A psicóloga Flávia Eugenio, que há quatro anos atua na Casa Cidinha Kopcak, explicou que a instituição presta acolhimento e orientação jurídica à população sobre as formas de combate e prevenção à violência doméstica e familiar contra a mulher. “O autor da violência doméstica pode ficar ainda mais irado quando a mulher procura ajuda e, por isso, as medidas protetivas são importantes para proteger as mulheres nesse processo”.
        
Edna Aparecida da Silva, do Instituto da Mulher Negra de São Paulo – Geledés, falou sobre o PLP 2.0, um aplicativo de combate à violência contra a mulher, que permite à vítima emitir um pedido de ajuda com um leve vibrar do celular ou acionamento de seu botão de pânico. "O aplicativo pode ser baixado em celulares com sistema Android ou no site www.plp20.org.br e permite a construção de uma rede pessoal de proteção. É possível cadastrar até três telefones de pessoas de confiança da mulher, que podem atendê-la em situação de perigo".
        
A psicóloga Rita de Cássia, que há dois anos atua na Vara de Violência Doméstica do Foro Regional da Penha, explicou que em caso de agressão física o processo tem seguimento mesmo que a vítima não queira. O ciclo de violência rompe quando a mulher toma uma atitude. “É importante que o homem responda pelo que ele fez, para que a violência não se perpetue”, concluiu.
        
“Hoje me sinto liberta. Fui casada por mais de 30 anos e faz dois meses que saí de casa e estou morando com minha mãe. A última briga foi a gota d’água, pois fiquei toda machucada, mas agora estou mais forte e vou levar o processo até o final”, afirmou Maria, uma senhora de 51 anos, que chegou a perder parte da audição em razão das agressões.
        
“Quase morri, ele me jogou numa mesa de vidro e sofri vários cortes. Faz um mês que mudei de cidade e agora vou reconstruir minha vida”, desabafou Cris, pouco mais de trinta anos.

        
        * nomes fictícios para preservar as partes

  

        Comunicação Social TJSP – CA(texto) / AC e GD (fotos)
        
imprensatj@tjsp.jus.br

COMUNICAÇÃO SOCIAL

NotíciasTJSP

Cadastre-se e receba notícias do TJSP por e-mail



O Tribunal de Justiça de São Paulo utiliza cookies, armazenados apenas em caráter temporário, a fim de obter estatísticas para aprimorar a experiência do usuário. A navegação no portal implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais do TJSP