Comunicação Social

Notícia

Dois desembargadores deixam a magistratura paulista

        O Tribunal de Justiça de São Paulo despediu-se hoje (27) de dois desembargadores da Seção de Direito Privado: Manoel Mattos Faria (15ª Câmara) e Manoel Justino Bezerra Filho (28ª Câmara), que participaram da última sessão de julgamento antes da aposentadoria.

        O presidente da Corte, desembargador José Renato Nalini, e os integrantes do Conselho Superior da Magistratura (CSM) – desembargadores Eros Piceli (vice-presidente), Hamilton Elliot Akel (corregedor-geral), Sérgio Jacintho Guerrieri Rezende (decano), Artur Marques da Silva Filho (presidente da Seção de Direito Privado), Ricardo Mair Anafe (presidente da Seção de Direito Público) e Geraldo Francisco Pinheiro Franco (presidente da Seção Criminal) – também compareceram às homenagens, assim como colegas dos grupos de câmaras, magistrados, familiares e funcionários.

 

        Manoel Mattos Faria – o presidente Renato Nalini ressaltou que os integrantes do CSM fizeram questão de participar da última sessão do desembargador depois de décadas de serviços prestados à magistratura. "Tenha saúde, prazer e descubra novas aspirações, mas não se aposente das amizades e continue considerando esta a sua casa".

        Mattos fez um discurso emocionado e falou sobre sua trajetória ao longo dos 42 anos no Judiciário paulista: sete como escrevente e 35 como magistrado. "É muito tempo. Muito trabalho que me fez crescer como homem, com toda a bagagem adquirida. É chegada a hora de parar. Ao menos de parar de julgar. Fui até onde me foi possível chegar. É o momento de passar o bastão aos mais jovens, mais competentes, que certamente levarão adiante essa difícil tarefa de julgar", declarou.

        Vários desembargadores fizeram uso da palavra. Antonio Mário de Castro Figliolia salientou que o colega tem grandeza no trato, sorriso sempre estampado no rosto, mas, para ele, o que mais marcou a convivência foi a forma de fazer Justiça. "Não olha o processo como apenas mais uma caso, mas se coloca no lugar do outro." Araldo Telles falou sobre os anos de convívio e a excelente postura pessoal e profissional. Em seguida, Edison Vicentini Barroso e Achile Mario Alesina Junior também prestaram suas homenagens.

        Manoel Mattos Faria é paulistano, nascido em dezembro 1951. Formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), turma de 1978. De 72 a 79 foi escrevente da Corregedoria Geral da Justiça e, neste mesmo ano, ingressou na Magistratura, nomeado para 2ª Circunscrição Judiciária com sede em São Bernardo do Campo. Passou por Nhandeara, Osasco e Vara Cível Central, até ser removido para o cargo de juiz substituto em 2º Grau, em 1993. Atuou também nos extintos Tribunal de Alçada Criminal e no 1º Tribunal de Alçada Civil e, em 2005, passou ao cargo de desembargador do TJSP.

 

        Manoel Justino Bezerra Filho – o presidente Renato Nalini agradeceu ao desembargador pelos anos de dedicação à Judiciário e destacou que Manoel Justino é merecedor de todo o reconhecimento e reverências. “Em nome do Conselho, quero desejar votos para que essa nova etapa que se inicia seja radiosa. Sabemos do seu compromisso com a missão de solucionar questões, de tornar o mundo melhor. Não nos abandone”.

        O desembargador Cesar Lacerda falou em nome de todos os integrantes da 28ª Câmara. “A enormidade do acervo encontrado não o intimidou e se dedicou com perseverança. Nunca foi convencido nem presunçoso, ao contrário, sempre irradiou simpatia. Tenha certeza que todos os integrantes da Câmara se sentem honrados de terem trabalhado ao seu lado”.

        O homenageado, cuja aposentadoria será publicada no Diário de Justiça Eletrônico no próximo dia 2, agradeceu as palavras dos colegas. “É impossível não se deixar envolver pelo clima de emoção em determinadas situações, e esta é uma delas. É impossível passar uma vida toda num trabalho árduo e pesado, porém gratificante do exercício da magistratura e, no momento da aposentadoria compulsória, encarar a situação com frieza. A magistratura paulista é exemplar e o exercício desse ofício foi um constante aprendizado”, afirmou.

        Manoel Justino nasceu em fevereiro de 1945, em Mococa, no interior paulista. Em 1973, colou grau como bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de São Paulo (USP). Ingressou na Magistratura em 1987 como juiz substituto nomeado para a 19ª Circunscrição Judiciária, com sede em Sorocaba. Atuou nas comarcas de Miracatu, Cotia, Barueri e em São Paulo. Em 2008 foi removido para o cargo de juiz substituto em 2º grau e, em 2012, promovido a desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.


        Comunicação Social TJSP – AG e LV (texto) / GD (fotos)
        
imprensatj@tjsp.jus.br

 


O Tribunal de Justiça de São Paulo utiliza cookies, armazenados apenas em caráter temporário, a fim de obter estatísticas para aprimorar a experiência do usuário. A navegação no portal implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais do TJSP