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Juízes do 184º Concurso iniciam Módulo Nacional do Curso de Formação Inicial na EPM

        Com palestras da vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, e do desembargador do TJRS José Antônio Daltoé Cezar, teve início ontem (2), na Escola Paulista da Magistratura (EPM), o Módulo Nacional do Curso de Formação Inicial, promovido em parceria com a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) para os juízes substitutos aprovados no 184º Concurso de Ingresso.

        O evento teve a participação do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini; do diretor da EPM, desembargador Fernando Antonio Maia da Cunha; do secretário-geral da Enfam, juiz Paulo de Tarso Tamburini Souza; e dos juízes formadores Marina Freire e Rodrigo Vieira Murat.

        A abertura foi feita pelo diretor Fernando Maia da Cunha, que salientou a honra da Escola com a presença da Enfam e a alegria pelo retorno dos juízes substitutos, que assumiram a jurisdição em suas comarcas em janeiro, após participarem do Curso de Formação Inicial na EPM de outubro a dezembro. “Nesta semana teremos o Módulo Nacional e depois continuaremos o curso para trocarmos ideias sobre as dúvidas e inquietações de todos nesse início da judicatura”, disse.

        Paulo Tamburini ressaltou o esforço da Enfam no sentido de entender a educação como um investimento na carreira do juiz. “Estamos criando um perfil institucional em que a Escola seja menos de palestras e eventos e mais de debates, construção e aperfeiçoamento contínuo, para que o juiz brasileiro tenha uma referência em excelência”, frisou.

        Após a abertura, José Daltoé Cezar discorreu sobre o tema ‘Vara da Infância e da Juventude’, com exposições sobre o depoimento especial de crianças e adolescentes vítimas de violência, sobre a ação de destituição do poder familiar e a adoção e o tempo razoável de duração do processo. “As crianças permanecem muito tempo nas instituições de acolhimento e isso determina que percam a chance de ter uma família, o que é, em grande parte, responsabilidade do sistema de Justiça.”

 

        O papel transformador do juiz
        
Na sequência, a ministra Cármen Lúcia proferiu palestra, com a participação do presidente do TJSP, José Renato Nalini; do diretor da EPM, Fernando Maia da Cunha; e do secretário-geral da Enfam, Paulo Tamburini.
        
Nalini falou da satisfação pela participação e agradeceu a vinda da ministra: “Embora jovem, a ministra tem longa tradição no trabalho com a formação de magistrados e com o aperfeiçoamento do sistema de Justiça. É pessoa lúcida, coerente e, acima de tudo, humanista, que em breve presidirá o STF e o CNJ. É um privilégio para os senhores, que estão começando, ouvi-la, e tenho certeza de que não irão se esquecer desse encontro no decorrer de suas carreiras, que espero seja bastante auspiciosa e feliz”.

        Cármen Lúcia agradeceu a oportunidade e ressaltou a importância da formação inicial para que os juízes tenham o perfil necessário para promover a justiça tal como a sociedade espera. “Independentemente do título e do cargo, somos todos juízes, e o papel do bom juiz é necessário para que possamos viver em uma sociedade sem conflitos. Nosso papel é sermos juízes com compromisso e, sobretudo, com a responsabilidade de saber que tudo o que fizermos terá repercussão na vida dos outros, porque, com a nossa caneta, fazemos o movimento da sociedade”, declarou.

        A ministra ponderou que, hoje, o juiz é a autoridade que representa o cidadão e em quem ele acredita e destacou seu papel transformador da sociedade, do modelo de litigiosidade para o da conciliação. “A hora não é de reforma, mas de transformação, e tenho a crença de que o juiz brasileiro será, nos próximos 50 anos, o grande promotor da paz, porque entramos nessa carreira não para encontrar facilidades, mas para servir com prazer, sabendo que as leis não bastam e procurando fazer com que a sociedade seja melhor.”

 

        Formação Inicial e Módulo Nacional

        O Curso de Formação Inicial promovido pela EPM para os juízes do 184º Concurso foi ministrado, presencialmente, de 14 de outubro a 19 de dezembro. Durante o mês de janeiro, os novos juízes iniciaram as atividades jurisdicionais monitoradas em suas respectivas circunscrições judiciárias. Agora participarão, de forma presencial, até a conclusão da primeira etapa do curso, no início de março, quando retornarão a suas comarcas.

        Com duração de cinco dias, o Módulo Nacional visa a apresentar e integrar os novos juízes no contexto político e institucional dos principais órgãos e instituições vinculados ao Judiciário, por meio de atividades teóricas e práticas. Entre os temas que serão debatidos estão: políticas raciais, relações interpessoais interinstitucionais, mediação e conciliação, sistema carcerário, impacto econômico e social das decisões judiciais e gestão de pessoas.

 

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        Comunicação Social TJSP – MA (texto) / GD e MA (fotos)
        
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