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Paulo Bomfim é o Destaque Cultural do Prêmio Governador do Estado de São Paulo para a Cultura 2014

        O secretário da Cultura do estado de São Paulo, Marcelo Mattos Araújo, anunciou ontem (5), durante a cerimônia de abertura do Ano Literário 2015, na Academia Paulista de Letras, que o poeta e chefe de gabinete do Tribunal de Justiça de São Paulo, Paulo Bomfim foi a personalidade escolhida Destaque Cultural, do Prêmio Governador do Estado de São Paulo para a Cultura 2014. A escolha, por uma comissão especializada, levou em conta a trajetória e contribuição para a cultura ao longo de sua carreira. A cerimônia oficial de premiação será no Theatro São Pedro, na noite de 23 de fevereiro. Nas demais categorias do prêmio a votação popular termina no dia 19 de fevereiro.
        
Saiba mais sobre o Prêmio – A lista dos 45 finalistas do Prêmio Governador do Estado de São Paulo para a Cultura 2014, nas categorias Arte para Crianças, Artes Visuais, Circo, Dança, Música, Cinema, Teatro, Instituição Cultural e Territórios Culturais está disponível no site oficial  www.premiogovernador.sp.gov.br. Mais uma vez, o público poderá participar da premiação, votando nos seus artistas, grupos e instituições favoritos, também por meio do portal. A votação popular termina no dia 19 de fevereiro. Os vencedores serão anunciados em uma cerimônia oficial, no Theatro São Pedro, na noite de 23 de fevereiro. Vote e escolha os seus nomes preferidos.
        
Promovido pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, o Prêmio é uma forma de valorizar e incentivar a produção cultural paulista, contribuindo para o constante aprimoramento dos trabalhos apresentados para o público. Com o total de R$ 580 mil destinados aos vencedores na modalidade Voto do Júri e Destaque Cultural, a premiação é considerada uma das maiores do País, em valor, no segmento da cultura.
        
Para cada uma das categorias contempladas serão anunciados dois vencedores – um escolhido por votação popular, por meio do site, e outro pelo júri especializado. Em ambos os casos, os ganhadores receberão um troféu exclusivo, confeccionado pela arquiteta Ester Grinspum, que buscou inspiração num continente, representando todas as possibilidades encontradas no meio cultural. Já os selecionados pela comissão julgadora, formada por especialistas e profissionais de cada segmento, também ganharão um prêmio em dinheiro, no valor individual de R$ 60 mil. Somente a categoria Instituição Cultural será escolhida apenas por votação popular. Nesse ano, os escolhidos para a disputa apresentaram trabalhos em áreas diversas, reconhecidos por contribuir para a descentralização e ampliação do acesso à cultura.
        
Criado na década de 1950, o Prêmio Governador do Estado para a Cultura foi um dos mais prestigiados e concorridos da época – não só pelo reconhecimento que oferecia aos artistas, como também pela quantia em dinheiro que destinava aos vencedores. Inicialmente dedicado apenas ao Teatro, a premiação oferecia, em 1957, 500 mil cruzeiros, atualmente equivalentes a R$ 150 mil. Um dos primeiros vencedores foi o ator e diretor Sérgio Cardoso (1925-1972) – que dá nome a um dos teatros mais importantes da capital paulista – ao lado de sua esposa Nydia Licia. Até hoje, a atriz recorda a elegância e notoriedade do Prêmio, cujas cerimônias eram realizadas, em sua maioria, no Palácio dos Bandeirantes. Ao longo de três décadas, o Prêmio reconheceu nomes importantes do teatro brasileiro – reconhecidos até os dias atuais. As atrizes Fernanda Montenegro, Aracy Balabanian e Eliane Giardini estão entre eles, ao lado de Juca de Oliveira, Stênio Garcia e tantos outros. No entanto, em meados dos anos 1980, o evento foi interrompido e retomado pela Secretaria de Estado da Cultura recentemente, em 2010. Neste novo formato agregou novas categorias, abarcando também artes visuais, cinema, música, dança, circo, instituição cultural, e territórios culturais.
        
No ano passado, a grande homenageada na categoria Destaque Cultural foi a artista plástica japonesa naturalizada brasileira Tomie Ohtake, no ano anterior o prêmio foi concedido ao professor Antônio Cândido. Já na categoria Dança, a bailarina e coreógrafa Janice Vieira venceu por voto do júri e Antônio Nóbrega, criador da Companhia Antonio Nóbrega de Dança, venceu por voto popular. Tata Amaral e Cristiano Burlan também foram premiados pelos filmes “Hoje” e “Mataram meu Irmão”, respectivamente. A lista completa está disponível no site oficial do Prêmio Governador do Estado para a Cultura: www.premiogovernador.sp.gov.br.
        
Saiba mais sobre Paulo Bomfim: Nasceu em São Paulo no dia 30 de setembro de 1926, descendendo de bandeirantes e de fundadores de cidades. As origens da temática de “Armorial” circulam em suas veias. De seu amor à terra surge também a comemoração do “Dia do Bandeirante”, celebrado pela primeira vez em 14 de novembro de 1961. Jornalista profissional, iniciou suas atividades jornalísticas em 1945, no Correio Paulistano, indo a seguir para o Diário de São Paulo a convite de Assis Chateaubriand onde escreveu durante uma década “Luz e Sombra”, redigindo também “Notas Paulistas” para o “Diário de Notícias” do Rio. Foi diretor de Relações Públicas da “Fundação Cásper Líbero” e fundador, com Clóvis Graciano, da Galeria Atrium. Homem de TV, produziu “Universidade na TV” juntamente com Heraldo Barbuy e Oswald de Andrade Filho, no Canal 2, “Crônica da Cidade” e “Mappin Movietone”, no Canal 4. Apresentou na Rádio Gazeta, “Hora do Livro” e “Gazeta é Notícia”. Seu livro de estreia foi “Antônio Triste”, publicado em 1947, com prefácio de Guilherme de Almeida e ilustrações de Tarsila do Amaral. Em sua apresentação, Guilherme saudava o jovem estreante como “o novo poeta mais profundamente significativo da nova cidade de São Paulo”. “Antônio Triste” foi premiado em 1948 pela Academia Brasileira de Letras com o “Prêmio Olavo Bilac”. Fizeram parte da comissão julgadora Manuel Bandeira, Olegário Mariano e Luiz Edmundo. Publica a seguir “Transfiguração” (1951), onde envereda através do soneto inglês nos roteiros de Gama transpostos para a descoberta do mar secreto e das Índias interiores. Depois, em “Relógio de Sol” (1952) lida com a alquimia poética e lança as primeiras cantigas, linha que seria musicada por Camargo Guarnieri, Dinorah de Carvalho, Theodoro Nogueira, Sergio Vasconcelos, Oswaldo Lacerda e outros. Edita em 1954, “Cantiga do Desencontro” e “Poema do Silêncio”, surgindo depois “Armorial”, de profundas vivências ancestrais, onde o bandeirismo é projetado no reino mágico dos Mitos. “Volta proustiana ao passado paulista”, como escreveu Cassiano Ricardo. Clóvis Graciano é o ilustrador dessa edição. Em 1958, sempre pela Editora Martins, lança seus “Quinze Anos de Poesia” e “Poema da Descoberta”. Publicou a seguir “Sonetos” (1959), “Colecionador de Minutos”, “Ramo de Rumos” (1961), “Antologia Poética” (1962), “Sonetos da Vida e da Morte” (1963). “Tempo Reverso” (1964), “Canções” (1966), “Calendário” (1963), “Poemas Escolhidos” (1973) com prefácio de Nogueira Moutinho, “Praia de Sonetos” (1981), com prefácio de Almeida Salles e ilustrações de Celina Lima Verde, “Sonetos do Caminho” (1983), com prefácio de Gilberto de Mello Kujawski. Lança em 1992, “Súdito da Noite”, com prefácio de Ignacio da Silva Telles e capa de Dudu Santos. Publica em 1999, “50 Anos de Poesia” com prefácio de Rodrigo Leal Rodrigues, e em 2000, “Sonetos” e “Aquele Menino”. Seu livro “O Caminheiro” foi editado pela “Green Forest do Brasil” em 2001. Publica em 2004 “Tecido de Lembranças” pela editora Book Mix, e “Rituais”, com ilustrações de Dudu Santos, em 2005. Em 2006, 3ª edição de “O Colecionador de Minutos” pela editora Gente, “Livro dos Sonetos”, edição Amaral Gurgel, e “Janeiros de Meu São Paulo” pela editora Book Mix. Lança em 2007, “Cancioneiro”, com desenhos de Adriana Florence, e “Navegante”, edição bilíngue, Amaral Gurgel Editorial. E a sair, “Corpo”, com ilustrações de Dudu Santos, “Insólita Metrópole” com Ana Luiza Martins, e “Café com Leite”, com Juarez de Oliveira.
        
Livros publicados: 1947 “Antonio Triste” / 1951 "Transfiguração / 1952 “Relógio de Sol” / 1954 "Cantiga de Desencontro" e "Poema do Silêncio” / 1955 “Sinfonia Branca” / 1956 "Armorial" / 1958 “Poema da Descoberta” e “Quinze Anos de Poesia” / 1959 “Sonetos” / 1960 “O Colecionador de Minutos” / 1961 “Ramo de Rumos”/ 1962 “Antologia Poética” / 1963 “Sonetos da Vida e da Morte” / 1964 “Tempo Reverso” / 1966 “Canções”/ 1968 “Calendário”/ 1974 “Poemas Escolhidos”/ 1981 “Praia de Sonetos” / 1983 “Sonetos do Caminho”/ 1992 “Súdito da Noite” / 1997 “50 Anos de Poesia”/ 2000 “Aquele Menino” / 2001 “O Caminheiro” / 2003 A Academia Paulista de Magistrados lança “Tributo a Paulo Bomfim”/ 2004 “Tecido de Lembranças” / 2005 “Rituais” / 2006 “Livro dos Sonetos” / 2006 “Janeiros de meu São Paulo” / 2007 “Cancioneiro” / 2007 “Navegante” / 2008 “Café com Leite” com Juarez de Oliveira / 2012 “Diário do Anoitecer” / 2012 "Antologia Lírica" / 2013 "Insólita Metrópole".
        
Suas obras foram traduzidas para o alemão, o francês, o inglês, o italiano e o castelhano. Em noite memorável de 23 de maio de 1963 entrou para a Academia Paulista de Letras onde foi saudado por Ibrahim Nobre. Foi presidente do Conselho Estadual de Cultura e do Conselho Estadual de Honrarias e Mérito, e atualmente é chefe de gabinete  do Tribunal de Justiça de São Paulo. Em 1981, eleito “Intelectual do Ano”, pela União Brasileira de Escritores, conquistando o “Troféu Juca Pato”, ao qual concorreram também Darcy Ribeiro e Celso Furtado. Em 1991, premiado com o “Obrigado São Paulo” da TV Manchete. Recebeu, também, o título “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, da Revista Brasília. Foi outorgado, no Rio de Janeiro, o Prêmio da União Brasileira de Escritores por seus 50 anos de Poesia. Editado pela Academia Paulista de Magistrados o livro “Tributo a Paulo Bomfim”. Em 2004, é criado pelo Governo do Estado de São Paulo o “Prêmio Paulo Bomfim de Poesia”. É o decano da Academia Paulista de Letras e Conselheiro do IMAE. 2008 - Prêmio Literário “Fundação Bunge” (conjunto de obras). Em 17 de julho de 2012, foi agraciado com o Colar do Mérito Judiciário, condecoração instituída pelo TJSP, em 1973, com o objetivo de homenagear personalidades, nacionais ou estrangeiras, por seus méritos e relevantes serviços prestados à cultura jurídica. Em maio de 2013 completou cinquenta anos de Academia Paulista de Letras. 

        Comunicação Social TJSP – RS (texto com informações da Secretaria da Cultura e site Paulo Bomfim) / AC (foto)
        
imprensatj@tjsp.jus.br


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