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Salão dos Passos Perdidos - Patrimônio do Judiciário paulista

        Quem passa pela Praça da Sé e observa o Palácio da Justiça se impressiona com sua suntuosidade e beleza. A arquitetura é um ótimo exemplo do legado que o arquiteto Ramos de Azevedo deixou para a cidade de São Paulo. E, ao entrar no edifício, o visitante não perde o encantamento. Ao contrário, vislumbra um interior magnífico logo no saguão principal: o Salão dos Passos Perdidos. Mármore e granito, na companhia de ornamentos decorativos primorosos. 

        No local acontecem as principais cerimônias do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), como a abertura do Ano Judiciário e a posse de magistrados. Também são realizadas exposições, palestras e apresentações artísticas em datas especiais, como festividades natalinas, celebração da Páscoa Forense e shows do projeto Arte e Cultura no TJ. 

        A construção do salão, assim como a de todo o Palácio da Justiça, foi uma empreitada épica. Sem os guindastes, já que a obra data do início do século XX, o transporte de Itu para São Paulo das 16 colunas de granito vermelho que ladeiam a salaocorreu por carroças de ferro.  Pesando 15 toneladas cada, foram içadas com o uso de cordas e roldanas. As peças não são meramente decorativas, mas fazem a sustentação dos cinco andares do Palácio.  

        Algumas pessoas dizem que o nome ‘Salão dos Passos Perdidos’ decorre do som dos passos das pessoas que antigamente circulavam pelo local – e usavam sapatos com solado de couro – que ecoava pelo enorme saguão e por todo o prédio. No entanto, em entrevista publicada na segunda edição da revista Corregedoria em Foco, a coordenadora do Museu do TJSP, Maria Cristina Maia de Castro, afirmou que a sala já constava no projeto inicial de Ramos de Azevedo com esse nome. Segundo a servidora, a denominação não é um privilégio do Poder Judiciário paulista. Salas dos Passos Perdidos existem em diversos prédios públicos ao redor do mundo, entre eles os palácios da Justiça de Roma, Lisboa, Bruxelas, o Congresso Nacional da Hungria e em templos maçônicos.

        De qualquer forma, a sala tem o nome ligado a sua função inicial: um espaço destinado à permanência das pessoas que se preparavam para entrar ou aguardavam a saída de quem estivesse em um dos locais mais importantes do Palácio, onde o destino de muitas vidas foi definido: o salão do júri.

        Durante a Virada Cultural, realizada anualmente no mês de maio, o Salão dos Passos Perdidos é uma das atrações do Palácio da Justiça. Em 2013, foi a estrela: abrigou o projeto “A Água – A Instalação”. O piso foi revestido com tapetes de placas plásticas e, com o auxílio de luzes, refletia ondas nas enormes colunas jônicas. A sensação era a de andar sobre as águas.

        Os interessados em conhecer o local podem visitar o Palácio da Justiça de segunda a sexta, das 12h30 às 19 horas, período em que o prédio está aberto ao público. Já para ter a experiência de uma visita técnica monitorada (gratuita), é preciso fazer o agendamento com a Diretoria de Relações Institucionais (SPr 4). Mais informações pelo telefone (11) 3112-1246 ou pelo e-mail visita@tjsp.jus.br.

 

        Comunicação Social TJSP – DI (texto) / DS, DG, AC e acervo Museu do TJSP (fotos) / MC (layout e arte)


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