Palestra aborda a mediação escolar e a disseminação da cultura de paz na educação

        A Coordenadoria da Família e Sucessões do Tribunal de Justiça de São Paulo (CFS) promoveu, na última sexta-feira (22), a palestra Justiça e Escola: a não judicialização da escola. O encontro faz parte do projeto “Cultura de Paz e Mediação Escolar”, de iniciativa do desembargador William Marinho de Faria, membro da CFS, e da juíza Vanessa Aufiero da Rocha, da 2ª Vara da Família e das Sucessões de São Vicente, que, possui a finalidade de conter a judicialização dos conflitos ocorridos nas escolas.
        A mesa de trabalhos foi composta pelos desembargadores William Marinho de Faria (presidente), Jurandir de Sousa Oliveira, colaborador da CFS, Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa, vice-coordenador da Coordenadoria da Infância e Juventude, representando o coordenador, desembargador Antonio Carlos Malheiros; pelas professoras Mônica Nardy Marzagão Silva, coordenadora administrativa da Coordenadoria da Família e Sucessões; Lisete Regina Gomes Arelaro, diretora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP); Sônia Maria Portella Kruppa, do Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação da USP; pela diretora do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Sufaneide Rodrigues; e pelo assessor de gabinete do Secretário Estadual da Educação e coordenador do Sistema de Proteção Escolar, Felippe Marques Angeli.
        O desembargador William Marinho de Faria fez a abertura do evento, que contou com 140 participantes. “A parceria entre a Justiça e a Universidade de São Paulo (USP) se fez necessária, pois temos um quadro de crescente violência nas escolas. Temos alunos agredindo professores e tais conflitos vão parar nas delegacias. A escola deveria ser um ambiente propício à cultura da paz”, disse.
        Ao proferir a primeira palestra, “A Dimensão da Convivência na Educação para a Cidadania”, Felippe Marques Angeli falou sobre a importância do Poder Judiciário na resolução de conflitos. Ele destacou o aumento da agressividade em nossa sociedade e falou ainda sobre os quatro pilares que compõem o relatório Educação para o Século XXI, elaborado pela Unesco, órgão das Nações Unidas responsável pela educação: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver; e aprender a ser. “Devemos, principalmente, aprender a conviver”, afirmou.
        Ele discorreu também sobre a figura do professor mediador escolar comunitário, que tem a função de buscar a diminuição dos conflitos no cotidiano das instituições de ensino. "á aproximadamente 2900 professores mediadores atuando em quase 50% da rede estadual de ensino." Na segunda palestra, “Justiça e Escola: a não judicialização da escola”, Mônica Nardy Marzagão Silva falou sobre a cultura de paz e a definiu como “um conjunto de valores, atitudes, comportamentos que recusam a violência e previnem os conflitos, investindo contra suas causas para resolver os problemas por meio do diálogo e negociação entre pessoas, grupos e países. Uma cultura de paz requer aprendizado e uso de novas técnicas para o gerenciamento e resolução pacífica de conflitos”, ressaltou. A coordenadora da CFS discorreu também sobre a mediação. Para ela, “a mediação, mais do que um procedimento para resolver conflitos, é uma forma de impedi-los no amanhã. Seu propósito é repensar, prevenir os litígios e harmonizar as relações em busca da pacificação social. A cultura de paz precisa ser um compromisso da escola toda, inserindo-se em sua agenda política”.

        Comunicação Social TJSP – VG (texto) / DS (fotos) 
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