Em sessão solene, realizada hoje (26) no Salão do Júri do Tribunal de Justiça de São Paulo, sob o comando do presidente Ivan Sartori, tomaram posse quatro novos desembargadores: Roberto Caruso Costabile e Solimene, Henrique Rodrigueiro Clavisio, Maria Cristina Cotrofe Biasi e Maury Angelo Bottesini. Os magistrados assinaram o termo de posse, prestaram compromisso e receberam o Colar de Mérito Judiciário.
        Em nome do TJSP falou o desembargador Otacílio Ferraz Felisardo, que enalteceu a dedicação dos colegas. "São devotados heroicamente ao trabalho, com espírito de sacrifício, coragem e serenidade que a função judicante sempre exige. Muitos deles, até com sacrifícios pessoais e de suas famílias."  Felisardo deu boas-vindas aos novos integrantes, transmitindo-lhes uma mensagem de afeição e simpatia. "Que Deus coroe seus passos e ilumine seus caminhos."
        Os empossados também expressaram a emoção. Roberto Solimene declarou que numa vida de simplicidade, a posse é uma exceção para o juiz: não se presta ostentações, não guarda similitude alguma com o triunfo dos generais romanos. "A moralidade republicana, apesar destas honras extraordinárias, exige humildade e dignidade dos empossandos. Vivo e viverei honestamente, não ofenderei ninguém e darei a cada um o que lhe pertence, segundo as provas dos autos e minha consciência." Solimene disse estar convicto de que os valores predicados desde a sua adolescência não evaporaram e, sim, fundiram-se ao seu espírito, tornando-o mais sereno para melhor exercício profissional.
        Para Maria Cristina Cotorofe Biasi, a magistratura sempre significou a corporificação da Justiça. "Fui apresentada à Têmis (referindo-se à deusa da Justiça), na infância, através das mãos de meu pai Walter Cotrofe, advogado militante, que exerceu a judicatura trabalhista, e da minha mãe Maria José. Ambos me ensinaram a trilhar o caminho da ética e do justo". A desembargadora contou que olhava, ainda menina, a estátua da deusa enigmática, que acompanhou a carreira de meu pai, e ficava encantada com a venda nos olhos, a espada e a balança.  "A solenidade representa um ato de amor. Amor à Magistratura, amor a este Tribunal, amor à Justiça", afirmou.
        Henrique Rodrigueiro Clavisio relatou que conheceu e aprendeu pela família a vontade de vencer daqueles que entram na vida sem a escora das redes de proteção. "Agora tenho a chance de viver a mais importante, relevante e satisfatória experiência da minha carreira de magistrado. Bem sei reconhecer o valor da Magistratura." Também afirmou que se considera preparado para os desafios dessa nova fase: “Não me descuidarei do dever de bem cumprir as funções do cargo, com a constante inspiração de uma Justiça imparcial e discreta, sem medo e sem mácula, enfrentarei os obstáculos com o maior vigor e disposição possíveis para vencê-los e não me escusarei em julgar o mais rápido que o devido processo legal permitir", finaliza.
        O empossado Maury Angelo Bottesini rememorou sua trajetória – 26 anos como magistrado e 20 anos como advogado – e falou sobre o orgulho de integrar o centenário Tribunal de Justiça de São Paulo, o maior tribunal do mundo. 
        Ao encerrar a cerimônia, Ivan Sartori destacou sua satisfação em presidir o ato e destacou que todos ganham com a posse: o Judiciário paulista e o jurisdicionado.  Ele saudou cada um dos novos desembargadores pelo trabalho executado e agradeceu a presença de todos, em especial aos familiares que têm grande responsabilidade na vida dos magistrados, tendo em vista que a profissão exige muita dedicação.
        Participaram da solenidade o secretário adjunto da Secretaria de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania, Roberto Fleury de Souza Bertagni, representando o governador; os desembargadores José Gaspar Gonzaga Franceschini (vice-presidente); José Renato Nalini (corregedor-geral da Justiça); Antonio Silveira Paulilo (presidente da Seção de Direito Privado); Antonio Carlos Tristão Ribeiro (presidente da Seção de Direito Criminal); Walter de Almeida Guilherme (decano do TJSP); Roque Antonio Mesquita Oliveira (presidente da Associação Paulista de Magistrados); Heraldo de Oliveira Silva (presidente da Magiscred) e Antonio Munhoz Soares. Estiveram presentes também o presidente do Tribunal de Justiça Militar, juiz coronel Orlando Eduardo Geraldi; o subprocurador-geral do Estado do Contencioso Geral, Fernando Franco, representando o procurador-geral do Estado; a defensora pública coordenadora do Núcleo Especializado de Segunda Instância e Tribunal Superiores, Amanda Pontes Siqueira, representando a defensora pública geral; o diretor secretário-geral da OAB – SP, Caio Augusto Silva dos Santos, representando o presidente; o vice-presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo, Paulo Henrique dos Santos Lucon, representando o presidente; o chefe da Assessoria Policial Civil do TJSP, Fabio Augusto Pinto, representando o delegado-geral; o poeta Paulo Bomfim e demais autoridades, desembargadores, juízes, integrantes do Ministério Público, advogados, familiares e servidores.

        Currículos
        Henrique Rodrigueiro Clavisio – natural de Bauru e bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da mesma cidade, turma de 1983. Menos de quatro anos após sua graduação, ingressou na magistratura, nomeado como juiz substituto para a 32ª Circunscrição Judiciária, também com sede na Comarca de Bauru.  Henrique foi promovido e passou por algumas comarcas até que, em 1990, chegou a juiz auxiliar da Capital.
        Maria Cristina Cotorofe Biasi – formada em Direito pela Faculdade Católica de Direito de Santos, turma de 1984. Em 1988 assumiu o cargo de juíza da 2ª Circunscrição Judiciária, com sede em São Bernardo do Campo. Em 1990 foi promovida a auxiliar da Comarca de São Paulo e, em 2009, removida para o cargo de juíza substituta em segundo grau. 
        Roberto Caruso Costabile e Solimene – paulistano e bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, turma de 1985. Ingressou na magistratura em 1988, no cargo de juiz substituto na 51ª Circunscrição Judiciária, com sede em Caraguatatuba. Em 1990, foi promovido juiz auxiliar da capital e, em 2009, promovido a juiz substituto em segundo grau.
        Maury Angelo Bottesini – Natural de Álvares Florence e bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), turma de 1969. Trabalhou cerca de 20 anos como advogado até o ingresso na Magistratura, iniciando suas atividades em São José do Rio Preto. Em 1990, veio auxiliar na capital e, em 2009, foi removido ao cargo de juiz substituto em segundo grau. 

        Comunicação TJSP – LV (texto) e AC (fotos)
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