Fábio e Cláudia Tabosa Pessoa são empossados desembargadores do TJSP

         Pela primeira vez na história do Tribunal de Justiça de São Paulo, um juiz e uma juíza casados são empossados, na mesma solenidade, como desembargadores da Corte. Fábio Guidi Tabosa Pessoa e Claudia Grieco Tabosa Pessoa, magistrados há mais de 25 anos, assumiram o novo cargo em cerimônia realizada hoje (25) no Palácio da Justiça.

         O corregedor-geral da Justiça paulista, desembargador Hamilton Elliot Akel, orador em nome do TJSP, destacou o currículo dos empossados. Contou que conversou com ambos para saber sobre suas vidas, escolhas, aspirações e sentimentos. “Perguntei quais seriam, para eles, as qualidades mais importantes de um magistrado. As respostas, apesar de dadas separadamente, foram basicamente as mesmas, o que revela a comunhão de seus ideais: do bom juiz se espera o entendimento de que está a decidir problemas humanos, cabendo-lhe atuar de forma decisiva na implementação do justo, com equilíbrio e ponderação.”

         Elliot Akel encerrou sua fala ao traçar um perfil do que, para ele, é o juiz ideal: vocacionado; discreto; estudioso; que respeita seus colegas; um profissional que não se deixa levar pela opinião pública, mas que a respeita; entre outras qualidades. E concluiu: “O Tribunal os recebe, Cláudia e Fábio, de braços abertos e com a certeza de que são os juízes ideais a que me referi”.

         O advogado Flávio Luiz Yarshell, que representou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo, Marcos da Costa, também fez uso da palavra. Amigo do casal, parabenizou os desembargadores pela nova etapa na carreira e fez uma analogia sobre o matrimônio e a magistratura. “O casamento requer compromisso, paciência, perseverança e amor. O que, para mim, também são características de grandes magistrados.”

          Claudia Grieco Tabosa Pessoa agradeceu a todos que estiveram ao seu lado ao longo da carreira falou sobre as dificuldades enfrentadas, a missão do magistrado e a necessidade de o Judiciário estar atento às mazelas sociais. Também ressaltou sua alegria ao ver realizado um ideal que nasceu ainda na universidade. “A magistratura era um sonho. O sonho tornou-se realidade e deu sentido à minha existência. (...) Tenho certeza de que, com a mesma força e empenho que um dia vieram retratados como sonho na juventude, tudo farei para cumprir as novas metas e vencer os desafios do dia a dia.”

         Fábio Guidi Tabosa Pessoa falou sobre a emoção ao assumir o cargo de desembargador, que, para ele, é o cumprimento de um ciclo e torna certa a superação de tantos obstáculos que pareciam distantes. Também falou sobre o exercício da judicatura – diferente de sua esposa, a vocação surgiu após a conclusão da faculdade e de breve período de advocacia. “A magistratura exige, sobretudo, um empenho a cada caso com a lembrança permanente de que do outro lado dos autos há vidas, não estatísticas, trazendo-me à mente o conselho de um colega mais experiente que recebi ao ingressar na carreira e do qual procurei jamais me esquecer: julgue cada caso como você gostaria que fosse julgado um filho seu.”

         Após agradecer aos amigos, colegas de trabalho, servidores, familiares e aos filhos Ana Beatriz e Fábio Augusto por todo apoio, o desembargador se dirigiu à esposa, com quem é casado há cerca de 21 anos. “Embora tenhamos sido aprovados no mesmo concurso e sentado lado a lado na cerimônia de posse, não trocamos naquele dia um olhar”, disse. “Agradeço pela inesgotável paciência, bem como por ter, dentre tantas coisas, também me ajudado a crescer como juiz.”

         Ao encerrar a cerimônia, o presidente do TJSP, desembargador José Renato Nalini, cumprimentou o casal pela posse e pela visão da atuação de um  magistrado. “Hoje tivemos quatro pronunciamentos que mostram o simbolismo, o significado dessa posse. Não é apenas a posse de um casal, mas é a posse de um casal que está oferecendo à magistratura uma esplendida forma de fazer o justo concreto da maneira mais adequada, mais compatível com as expectativas da sociedade. O pronunciamento de Vossas Excelências evidencia que têm muito profundamente arraigado o sentimento do consequencialismo, dever ético do juiz brasileiro, de que tenhamos consciência do macro universo em que judicamos.”

         Também estiveram presentes à solenidade o vice-presidente do TJSP, desembargador Eros Piceli; o presidente da Seção de Direito Privado, desembargador Artur Marques da Silva Filho; o presidente da Seção de Direito Criminal, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco; o presidente da Seção de Direito Público, desembargador Ricardo Mair Anafe; o vice-presidente do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo, juiz cel. Fernando Pereira, representando o presidente; o subprocurador-geral de Justiça de São Paulo, Arnaldo Hossepian Salles Lima Júnior, representando o procurador-geral; o subprocurador-geral do Estado de São Paulo, Fernando Franco, representando o procurador-geral; a defensora pública coordenadora auxiliar do Núcleo Especializado de Segunda Instância e Tribunais Superiores, Stefanie Kornreich, representando o defensor público-geral; o diretor da Escola Paulista da Magistratura, desembargador Fernando Antonio Maia da Cunha; o presidente do Instituto Paulista de Magistrados, desembargador Jeferson Moreira de Carvalho; o 2º vice-presidente da Associação Paulista de Magistrados, desembargador Oscild de Lima Junior, representando o presidente; o ex-presidente do Tribunal regional Eleitoral de São Paulo, desembargador Walter de Almeida Guilherme; o procurador-geral do Município, Robinson Barreirinhas; Rogério de Menezes Congliano, representando o presidente da Associação dos Advogados de São Paulo; o comandante de polícia as área central, cel. PM Celso Luiz Pinheiro, representando o comandante geral; o diretor da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, José Rogério Cruz e Tucci; o chefe de gabinete da Presidência do TJSP e decano da Academia Paulista de Letras, poeta Paulo Bomfim; desembargadores; juízes; promotores; advogados; servidores; familiares e amigos.

 

         Trajetórias

         Fábio Guidi Tabosa Pessoa – natural de São Paulo, nasceu no ano de 1963. Formou-se em Direito em 1986 pela Universidade de São Paulo. Iniciou a carreira em 1988 na 23ª Circunscrição Judiciária, com sede em Botucatu. Também trabalhou em Itapecerica da Serra, Nova Granada, Embu e na capital. Em 2010, assumiu o cargo de juiz substituto em segundo grau.

         Claúdia Grieco Tabosa Pessoa – paulistana, nascida em 1964, concluiu o curso de Direito pela Universidade de São Paulo no ano de 1987. Sua carreira na magistratura teve início no ano seguinte, como juíza substituta da 48ª Circunscrição Judiciária, com sede em Guaratinguetá. Ao longo da carreira, judicou também em Quatá, Taboão da Serra e na capital. Foi removida ao cargo de juíza substituta em 2º grau em 2010.

 

         Comunicação Social TJSP – CA (texto) / GD e RL (fotos)
         
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