A  Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo, por meio de sua Secretaria da Área da Saúde (SAS), promoveu hoje (12), na Sala do Servidor no Fórum João Mendes Júnior, o IX Seminário ‘A Importância da Saúde na Gestão de Pessoas – Stress, Saúde e Gestão’, realizado em parceria com a Escola Judicial dos Servidores (EJUS).
        O juiz assessor da Presidência, Fernando Awensztern Pavlovsky, disse na abertura do encontro que “somos clamados pela sociedade e o Tribunal de Justiça entende que a saúde é de fundamental importância e, desta maneira, tem promovido palestras para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida de seus servidores”. 
     Na primeira palestra, apresentada pela psicóloga e especialista em Terapia Cognitiva-Comportamental, Fernanda Bego, foi abordado o tema O problema surge quando escolhemos um pensamento ao invés do outro. A psicóloga falou que o stress não deve ser confundido com cansaço. Ela explicou sobre as formas de manifestação do stress, sintomas (físicos, comportamentais e emocionais), causas (fatores internos e externos) e consequências (síndrome do pânico, ansiedade generalizada, depressão e outras). Explicou que a Terapia Cognitiva Comportamental visa à modificação dos pensamentos para aliviar as emoções e melhorar o comportamento dos indivíduos. “Não são as situações que nos fazem sofrer, mas a maneira que pensamos sobre elas”, concluiu.
     A segunda parte do evento ficou sob responsabilidade de Patrícia Luzio, que é formada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), pós-graduada em Antropologia e Comportamento Humano, professora convidada da cadeira de Gestão Ambiental da Universidade Senac e membro da Sociedade Brasileira de Coaching (SBC). Patrícia falou sobre A importância do sentido e da integração em uma gestão do bem-estar e disse que tem percebido uma epidemia de gente que não aguenta mais trabalhar da forma intensiva, que tem resistência em acordar pelas manhãs e ter que enfrentar a carga de trabalho. “As pessoas têm medo de tudo, medo até de dormir porque terão que acordar pela manhã e ir trabalhar. É uma ansiedade crônica, um colapso humano em relação ao trabalho. As pessoas estão vivendo uma crise de sentido, quando as coisas já não fazem mais sentido para elas. É quando o ‘fazer’ perde a conexão como o ‘motivo’ e a consequência disso é a doença”, preveniu. Segundo ela, todos precisam se sentir motivados e enfatizou o conceito da integração. 
    Para que a integração ocorra, a palestrante destacou a relevância do papel do líder. “Ele tem que conhecer o ritmo de cada um de seu time, ter a astúcia e percepção dos pontos fortes de cada elemento e entender os pontos que precisam ser melhorados”. Sugeriu que as pessoas compartilhem os sentimentos no ambiente de trabalho, pois, desta maneira, a produtividade e a qualidade nos relacionamentos tende a melhorar de modo significativo. “É muito importante que as pessoas conversem entre si, criando um ambiente agradável, em que todos estejam integrados”, encerrou.
    O seminário, destinado a dirigentes de unidades judiciais de 1ª e 2ª instância, teve 605 inscritos, 243 do modo presencial (Capital) e 362 por transmissão online.

     Comunicação Social TJSP – HS (texto) / GD (fotos) 
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