TJSP promove palestra sobre voluntariado e contadores de histórias

        A prática de contação de histórias em hospitais e a maneira como essa atividade afeta positivamente a recuperação de crianças e familiares foi o assunto da primeira palestra da atual gestão, realizada no Fórum João Mendes Júnior. O encontro, realizado pela Coordenadoria de Apoio aos Servidores (Caps) e pela Escola Judicial dos Servidores (EJUS), trouxe como palestrantes o desembargador Antonio Carlos Malheiros e o presidente da Associação Viva e Deixe Viver, Valdir Cimino.
        
A abertura do evento ficou a cargo do presidente da Corte, desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, que falou sobre a preocupação em realizar uma gestão participativa. “Estamos mobilizados para avançar juntos e alcançar um Judiciário eficiente e valorizado. Mais importante que investir em novas contratações, é valorizar o nosso quadro de funcionários’, disse. Ele também destacou que o projeto ‘Contador de Histórias’ é maravilhoso. “Somos felizes a partir do momento em que compartilhamos do sentimento alheio e trazemos felicidade para os outros. Teremos hoje uma aula de solidariedade”, concluiu.
        
O desembargador Antonio Carlos Malheiros é voluntário da Associação há muito tempo. Ele contou que desenvolve serviços voluntários desde os 13 anos, quando ingressou em um grupo do colégio que visitava moradores de rua e fez relatos emocionantes de crianças e adultos que conheceu e que, graças ao acolhimento, tornaram-se profissionais bem-sucedidos e pessoas idôneas. “Sou uma pessoa incrivelmente feliz, mesmo com todos os problemas que tenho, e não são poucos. E eu sou feliz porque acolho”, afirmou.
        
O magistrado contou que foi surpreendido com o convite de Valdir Cimino para ser contador de histórias e fazer da leitura divertida a principal arma para alegrar um pouco a vida dos pequenos. “Não tenho a menor dúvida de que a alegria, o sorriso e a gargalhada são excelentes remédios para qualquer tipo de doença. Hoje somos mais de 1.500 voluntários espalhados pelo Brasil, como contadores de histórias para crianças hospitalizadas. Foi a melhor coisa que fiz em minha vida”, concluiu.
        
Cimino contou um pouco sobre como o voluntariado entrou na sua vida. “Senti que ajudar financeiramente um hospital era pouco e fiquei com vontade de conhecer o dia a dia dessas crianças e fazer mais. No começo foi tudo difícil, a forma que consegui fazer dar certo foi trazendo a leitura para a brincadeira. A partir dai nasceu o ‘Contador de Histórias’, formado por voluntários treinados, que doam horas semanais para que os tratamentos hospitalares se tornem mais humanizados”, disse.
        
O publicitário também explicou que, quando se firma uma parceria entre o hospital e o Viva, a primeira coisa a ser feita é criar uma minibiblioteca no hospital para que os voluntários tenham material à mão para explorar os temas que a criança tem dificuldade em lidar.
        
Ao final, ele agradeceu a todos os voluntários, hospitais e escolas que abrem as portas para o projeto. “Eu acredito nisso, e peço uma reflexão de todos vocês: muitas vezes não sabemos que somos voluntários. Quando conseguimos perceber, acontece a verdadeira transformação.” A instituição promoverá, entre março e setembro, o projeto ‘Viva a Descoberta do Brincar e Contar Histórias’, iniciativa que tem como proposta oferecer gratuitamente, por meio de atividades de capacitação e oficinas, ferramentas e técnicas para a humanização de atendimentos a crianças e adolescentes. Informações podem ser obtidas pelo site  http://www.vivaedeixeviver.org.br/Oficinas-Ponto-de-Cultura-2016.
        
A mesa também foi composta pela juíza diretora do Fórum João Mendes Júnior, Laura de Mattos Almeida. A palestra reuniu 223 servidores e magistrados na Capital e foi transmitida para outros 391 participantes pela modalidade online.

        Comunicação Social TJSP – AG (texto) / AC (fotos)
        
imprensatj@tjsp.jus.br

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