A Secretaria da Área da Saúde (SAS) e o Serviço Psicossocial Clínico, ambos do Tribunal de Justiça de São Paulo, promoveram hoje (29), com o apoio da Escola Judicial dos Servidores (EJUS), ciclo de palestras sobre depressão, em etapa do programa Cuide de Sua Mente. Direcionado a funcionários e magistrados, o evento reuniu 290 participantes na Capital e foi transmitido para outros 1.249 que acompanharam pela modalidade online.

        O programa conta com a participação de equipe multidisciplinar formada por psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais para abordar a importância do diagnóstico precoce e formas de controle da doença.

        O médico Fábio Shikasho traçou um panorama sobre depressão e explicou que, dentre as doenças psiquiátricas, é a mais comum. “Afeta o indivíduo de forma global, porque o deprimido não consegue reagir ou melhorar prontamente, por mais que se esforce. Criticá-lo como fraco ou incapaz não adianta”, disse. O especialista também chamou a atenção para dois extremos frequentes: o subdiagnóstico e a supermedicalização. “No primeiro caso, o paciente tem a doença, mas não vai atrás do tratamento. O segundo tipo abrange o contexto da sociedade moderna, onde todos querem resolver os problemas com uma pílula mágica.”

        A assistente social Sandra Maria Andrade de Freitas falou sobre os aspectos sociais que contribuem para o desenvolvimento da depressão. “Renda, habitação, escolaridade, percepção do indivíduo de bem-estar, felicidade, prazer e realização pessoal são condições sociais que podem oferecer fatores de proteção ou risco.” A psicóloga clínica Leila Josefina Rodrigues Vianna abordou a temática dos aspectos psicológicos envolvidos na depressão. “A depressão existe dentre de nós como constituinte do nosso psiquismo, fruto do nosso processo de maturação. Passa a não ser saudável quando há uma falha nessa capacidade.”

        Comunicação Social TJSP – AG (texto) / RL (fotos)
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