Amorim Cantuária é homenageado antes da aposentadoria

Desembargador dedicou mais de 40 anos à Justiça.

 

        O desembargador Raymundo Amorim Cantuária se despede da Magistratura depois de mais de 40 anos dedicados à Justiça paulista. Natural de Porto Velho (RO), nasceu em agosto de 1954 e formou-se pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, turma de 1976. Ingressou na carreira do Ministério Público em 1977, como promotor de justiça substituto da Comarca de Jundiaí. Também atuou em Caconde, Campinas, Jacareí e na Capital. Em 1994, foi promovido a procurador de Justiça e, em 1998, foi nomeado juiz do 2º Tribunal de Alçada Civil de São Paulo pelo critério do Quinto Constitucional. Em 2005, foi promovido a desembargador do TJSP.

        Em razão de sua aposentadoria, o Órgão Especial do TJSP e o 1º Grupo de Câmaras da Seção de Direito Público homenagearam o magistrado nas últimas sessões que contaram com sua participação.

 

        Órgão Especial – na sessão de hoje (7) o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, destacou a boa convivência com Amorim Cantuária na atividade judicante, tanto no 2º Tribunal de Alçada Civil como no TJSP. “Foi uma honra poder trabalhar com Vossa Excelência. Desejo que essa nova fase de sua vida seja repleta de alegria.”

        O vice-presidente do TJSP, desembargador Artur Marques da Silva Filho, também saudou o colega e recitou trecho do poema Andares, de Herman Hesse: “A cada chamado da vida o coração / deve estar pronto para a despedida e para / novo começo, com ânimo e sem lamúrias, /aberto sempre para novos compromissos. / Dentro de cada começar mora um encanto / que nos dá forças e nos ajuda a viver”.

        O corregedor-geral da Justiça paulista, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, relatou ter conhecido Amorim Cantuária em 1981, como promotor em Paraibuna, e exaltou sua cordialidade, simpatia e o conhecimento jurídico. “Foi uma honra muito grande esses 37 anos, nem sempre juntos, mas irmanados”.

        O desembargador Dimas Borelli Thomaz Júnior também fez uso da palavra e afirmou que o amigo fará falta ao Poder Judiciário, ao TJSP e àqueles que estiveram submetidos aos seus julgamentos, que “foram os mais justos”. O desembargador Ricardo Mair Anafe também prestou suas homenagens, destacando os “votos impecáveis” do colega e a forma simples, dedicada e humanizada com que sempre tratou o jurisdicionado. “O Poder Judiciário perde muito com sua aposentadoria, mas esse espírito da pessoa do Cantuária tem que ficar.”

        Por fim, o corregedor nacional da Justiça, ministro João Otávio Noronha, que esteve presente à abertura da sessão, saudou o desembargador: “A Magistratura é tão cativante que choramos quando nela entramos e quando dela saímos. Estou certo de que suas lágrimas traduzem a alegria de uma vida judicante”, disse o ministro.

  Amorim Cantuária agradeceu a todos pela homenagem e, ao final de breve discurso, citou o poeta Ferreira Gullar: "Não quero ter razão / quero ser feliz". E concluiu: "Agora, eu quero ser feliz."

 

        Seção de Direito Público – no último dia 27 Amorim Cantuária recebeu homenagens do 1º Grupo de Câmaras da Seção de Direito Público (composto pela 1ª, 2ª e 3ª câmaras). Na ocasião também estavam presentes o presidente do TJSP, desembargador Pereira Calças; o presidente da Seção de Direito Público, desembargador Getúlio Evaristo dos Santos Neto; e o então diretor da Escola Paulista da Magistratura (EPM), desembargador Antonio Carlos Villen, assim como colegas magistrados, advogados e servidores.

        Pereira Calças relembrou casos e votos da carreira do homenageado e destacou que o desembargador “é exemplo a ser seguido”. “Fiz questão de estar aqui para prestar testemunho como juiz. Raymundo Amorim Cantuária é modelo de homem público, bom pai de família e profissional de cultura vastíssima”, afirmou. Evaristo dos Santos disse ver com tristeza a despedida do amigo e Antonio Carlos Villen afirmou que, como diretor da EPM, não poderia deixar de comparecer à despedida de um grande colaborador dos trabalhos da escola.

        O presidente da 3ª Câmara de Direito Público, desembargador Antonio Carlos Malheiros, falou que, apesar de estar feliz pelo colega, sentia-se “órfão”, pois seu apoio fará falta. “Vossa Excelência sempre esteve atento a todos os meus votos e agradeço a maneira cordial com que sempre revisou meus votos”, disse.

        Raymundo Amorim Cantuária agradeceu aos colegas magistrados, familiares, servidores do Ministério Público e de seu gabinete pelo apoio prestado ao longo de sua carreira, descrevendo-os como “fonte de inspiração na vida que segue”.

        Também fizeram uso da palavra os integrantes da 3ª Câmara de Direito Público: desembargadores Armando Camargo Pereira, José Luiz Gavião de Almeida e Luiz Edmundo Marrey Uint e os juízes substitutos Kleber Leyser de Aquino e Maurício Fiorito. Também homenagearam Amorim Cantuária os integrantes do 1º Grupo de Câmaras da Seção de Direito Público: desembargadores Rubens Rihl Pires Corrêa (Presidente), Danilo Panizza Filho, Luís Francisco Aguliar Cortez, Luís Paulo Aliende Ribeiro, Vicente de Abreu Amadei, Carlos Vieira Von Adamek, Cláudio Augusto Pedrassi, Luciana Almeida Prado Bresciani, Renato Delbianco e Vera Lúcia Angrisani, assim como o juiz substituto Marcos Pimentel Tamassia.

 

        Comunicação Social TJSP – DM (texto) / RL e AC (fotos)

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