CIJ realiza videoconferência sobre diálogos entre a Justiça Restaurativa e a Constelação Familiar

Juiz do TJRJ André Tredinnick foi o expositor.

 

        A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu, em 5/9, na Escola Paulista da Magistratura (EPM), a videoconferência  Diálogos entre a Justiça Restaurativa e a Constelação Familiar (Direito Sistêmico): diferenças, limites e possibilidades para parceiros da Rede de Garantia de Direitos. O objetivo foi compartilhar experiências e informações sobre a Justiça Restaurativa e estudar as possibilidades e usos da Constelação Familiar em paralelo à Justiça Restaurativa.

        A exposição foi feita pelo juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro André Tredinnick, vice-presidente do Fórum Permanente de Práticas Restaurativas e Mediação da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ). A mesa de trabalhos também foi composta pelo juiz Egberto de Almeida Penido, coordenador do Grupo Gestor da Justiça Restaurativa do TJSP; pela juíza Vanessa Aufiero da Rocha, integrante da CIJ; e pela assistente social Andrea Svicero, supervisora da Seção Técnica de Justiça Restaurativa da CIJ.

        Na abertura dos trabalhos, Egberto Penido agradeceu a presença de todos e ressaltou que é fundamental entender a identidade de cada movimento (Justiça Restaurativa e Direito Sistêmico) para entender a melhor forma de interação e implementação da Constelação Familiar no âmbito da Justiça Restaurativa. Ele frisou que os dois movimentos têm pontos em comum e diferenças, “mas fazem parte de um contexto maior de inovação dentro do sistema de Justiça, da cultura de paz, que se propõem a olhar de frente para a questão da convivência e estimular a comunicação não violenta”.   

        André Tredinnick esclareceu que a Constelação Familiar é uma técnica vivencial que revela dinâmicas ocultas nas relações familiares e possibilita aprimorar o autoconhecimento. “É uma abordagem fenomenológica que tem por objetivo trazer à luz emaranhados que, embora ocultos, geram conflitos e sofrimentos”, esclareceu. 

        Ele explicou a dinâmica da Constelação Familiar, que possibilita a compreensão dos diversos emaranhados que possam apresentar o conflito em análise. Ele enfatizou que, somente após ter consciência da raiz do problema o indivíduo passa a ter o poder de olhar para ele e tratá-lo, o que traz um reflexo positivo imediato para o conflito manifestado. E ressaltou que é por esse fato que ocorre uma vertiginosa mudança na relação entre as partes que, em geral, encontram o melhor caminho para a resolução do litígio.

        O expositor citou os fundamentos legais para a adoção da técnica da Constelação Familiar na esfera judicial e enfatizou que ela é aplicável no âmbito familiar, penal, empresarial e educacional, dentre muitos outros. Ele mencionou que a técnica foi introduzida no Judiciário em 2012 pelo magistrado Sami Storch, do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, que recebeu menção honrosa do CNJ no prêmio “Conciliar é Legal” pelo projeto “Constelações na Justiça”. Ele ressaltou que a prática já é adotada na maioria dos Tribunais estaduais e no Distrito Federal.

        Por fim, discorreu sobre a Justiça Restaurativa e sugeriu que a prática da Constelação aconteça de preferência logo no início do processo judicial, antes mesmo da conciliação ou mediação, e após a oficina de parentalidade, quando for o caso.

        O evento pode ser acessado no link https://goo.gl/P2Cf2Q.

 

        Comunicação Social TJSP – RF (texto e fotos)

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