Salão de Belas Artes do TJSP homenageia Hoeppner Dutra

Mostra inédita reúne 37 obras entre pinturas e esculturas.

        Em homenagem ao desembargador Mário Hoeppner Dutra (1914 – 1997), foi inaugurado o “1º Salão de Belas Artes”, na sede do Museu do Tribunal de Justiça de São Paulo, em solenidade realizada no fim da tarde da última terça-feira (2). A mostra, que reúne oito telas de autoria de Hoeppner Dutra, quatro do desembargador Octavio Augusto Machado Barros Filho, coordenador do Museu, e outras 25 peças de pintura e escultura de magistrados e serventuários do Judiciário paulista, é aberta ao público e vai até 30 de abril.

        Segundo o coordenador, a homenagem tem a finalidade de reforçar valores que contribuam para humanizar a justiça. “O museu se inspirou na cultura, no humanismo e nos dotes artísticos de Mário Hoeppner Dutra – autor de diversos estudos, ensaios, poemas e pinturas – para inaugurarmos o 1º Salão de Belas Artes.”

        O filho do homenageado, Carlos Roberto de Alckmin Dutra, procurador da Assembleia Legislativa de São Paulo, destacou uma situação peculiar quando seu pai foi juiz nas comarcas de Queluz e Casa Branca. “Pelo interior, ele não prestou só jurisdição, ele fez amigos, pescaria, fotografias e marcou sua passagem. A inscrição por ele deixada em uma pequena placa de pesqueiro do interior revela bem a sua polimática personalidade: ‘Com jeito se pega peixe, com jeito tudo se faz. O difícil é dar jeito ao jeito, o que nem todo mundo é capaz!’.”

        O desembargador Artur Marques da Silva Filho, vice-presidente do TJSP, foi amigo de Hoppner Dutra e ressaltou suas múltiplas atuações e posições éticas. “Além de ter sido pescador e caçador no interior, poeta e pintor, é de boa lembrança que ele integrou vários movimentos, como sua participação na Revolução Constitucionalista de 1932. E, ainda, relembrar como ele ficou inconformado com a Lei Complementar nº 35 (de 14 de Março de 1979), que se transformou na lei orgânica da magistratura. Antes de completar a compulsória, em sinal de protesto ao decreto, ele se aposentou, pois em sua concepção de juiz, ele não se curvava a uma lei que colocava teias na magistratura.”

        A seleção dos trabalhos do Salão de Belas Artes foi feita a partir de uma campanha interna do Tribunal que teve participação de 62 magistrados e servidores, com um total de 115 criações artísticas inscritas. Uma comissão de cinco curadores convidados pelo Museu encarregou-se de escolher as obras de técnica mais apurada e premiar as três melhores de cada categoria – entre arte acadêmica (clássica), contemporânea e tridimensional (esculturas) –, além de duas menções honrosas. Os premiados foram agraciados com equipamentos de pintura e todos os autores das 25 peças em exibição receberam certificados.

        Além de familiares de Hoeppner Dutra, do vice-presidente do TJSP e do desembargador coordenador do Museu do TJSP, estiveram presentes na solenidade o corregedor-geral da Justiça do Estado de São Paulo, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco; o presidente da Seção de Direito Criminal do TJSP, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia; desembargadores Alexandre Alves Lazzarini, Christine Santini e Maria Lúcia Ribeiro de Castro Pizzotti Mendes; magistrados, membros do Ministério Público, defensores públicos, advogados,  servidores do TJSP e artistas.

 

Serviço:

1º Salão de Belas Artes – Homenagem a Mário Hoeppner Dutra

Local: Museu do TJSP

Endereço: Rua Conde de Sarzedas, 100, Centro – São Paulo/SP

Data: 2 a 30 de abril

Horário: de segunda a sexta-feira, das 11h às 17h

ENTRADA GRATUITA

 

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N.R.: texto originalmente publicado no DJE de 3/4/19.

 

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