Projeto leva alegria a crianças vítimas de abuso sexual

Palhaças distraem e alegram crianças antes de depoimentos.

 

        O Setor de Atendimento de Crimes de Violência contra Infante, Idoso, Pessoas com Deficiência e Vítima de Tráfico Interno de Pessoas (Sanctvs), localizado no Complexo Judiciário "Ministro Mário Guimarães", na Barra Funda, está implantando uma proposta com o objetivo de humanizar o ambiente no setor, em especial dos depoimentos das vítimas de abuso sexual.

        A iniciativa surgiu a partir do contato entre a juíza Tatiane Moreira Lima e as atrizes Roberta Calza (atriz há 25 anos e há 20 como palhaça em hospitais) e Soraya Suri Saide (atriz há 40 anos e há 30 como palhaça em hospitais). Algumas reuniões e trocas de experiências entre a magistrada e elas resultaram na viabilização do projeto “Palhaços Sem Juízo”. As atrizes trouxeram a experiência de integrar um grupo que há mais de duas décadas transmite alegria na área da saúde, levando bem estar a crianças enfermas em hospitais espalhados pelo país.

        Esta não foi a primeira ação da magistrada, que conta com o apoio do Complexo Judiciário e seu diretor, juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci. Por exemplo, um cão da raça golden retriever foi levado ao fórum para confortar antes das audiências as crianças vítimas de abuso sexual ou estupro de vulnerável.

        Nesta segunda-feira (5), Roberta e Soraya, já vestidas como palhaças, foram apresentadas ao diretor do fórum e a funcionários, advogados, promotores, juízes e público em geral. Imediatamente após o primeiro contato com as artistas, o semblante sério daqueles que trabalham diariamente no local ou estão de passagem dá lugar ao sorriso. O mesmo efeito se dá também com todas as crianças e adolescentes que aguardam em uma sala especial para prestar seus depoimentos em audiência. Em razão da iniciativa as vítimas entram na audiência com as mentes mais leves e, de certa forma, distantes dos problemas que as trouxeram até o fórum.

        “A manifestação artística traz esse mundo fictício, sensível e lúdico para receber as crianças”, dizem as artistas. A juíza Tatiane Moreira Lima destaca que possíveis resistências à implantação do projeto são quebradas com os resultados obtidos. “Se o fórum não é lugar de palhaço, também não é lugar de criança”, completa.  

           

        Comunicação Social TJSP – RP (texto) / RL (fotos)

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