Comarcas promovem ações durante a Semana da Justiça Pela Paz em Casa

Eventos voltados ao enfrentamento da violência doméstica.

 

        Como parte da 14ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, iniciativa nacional de conscientização, prevenção e julgamento de casos de violência doméstica, comarcas do interior de São Paulo realizaram, nos últimos dias, ações de combate ao feminicídio e à violência de gênero.

        A juíza Ruth Duarte Menegatti, diretora do fórum de Adamantina, foi a idealizadora do programa “Direito na Família: Combate à Violência Doméstica e Redução de Danos”, realizado na última quarta-feira (14) na Comarca de Pacaembu e na quinta-feira (15) em Adamantina. O projeto, que reuniu cerca de 300 participantes nas duas localidades, capacita professores da rede municipal para que, em sala de aula,  possam desenvolver uma base filosófica a respeito da igualdade humana e de gênero.

        Nos eventos, a portuguesa Maria de Fátima Duarte de Almeida Pacheco, referência na área da educação em Portugal, palestrou sobre o tema “Violência Doméstica: interferências e prejuízos cognitivos na aprendizagem”. A exposição buscou, por meio de uma visão multidisciplinar, tratar da violência doméstica a partir do eixo educacional, cujo papel é preventivo. Segundo a magistrada, “hoje não podemos pensar a educação dissociada de valores. Nós procuramos fazer um trabalho não só de apoio, mas também de prevenção. A união entre o judiciário e a educação traz uma credibilidade muito grande para o projeto, cujos pilares são a justiça, a solidariedade, o respeito e a amizade.”

        Já a juíza Teresa Cristina Cabral Santana, integrante da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário (Comesp) e titular da 2ª Vara Criminal de Santo André, proferiu, na última quinta-feira (14), palestra com o tema “Mulheres como produtoras de conhecimento”, parte do seminário “O papel da Escola na valorização da mulher na sociedade”, realizado na Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São Paulo “Paulo Renato Costa Souza” (EFAPE). Durante cerca de 40 minutos, a magistrada levou aos professores e supervisores de ensino da rede municipal um panorama sobre a posição da mulher no cenário intelectual brasileiro e relacionou a desigualdade de gênero com a violência doméstica. Por fim, apontou mulheres que são referência na produção de conhecimento, como a professora e pesquisadora Silvia Pimentel; a advogada, diretora da ONG Cepia (Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação) e uma das redatoras do texto da lei Maria da Penha, Leila Linhares; e a filósofa, doutora em educação e fundadora do Instituto Geledés, Sueli Carneiro.

        No Anexo de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Ribeirão Preto, foi realizado ontem (19) o workshop inaugurou do projeto “Maria Bonita”, que busca a capacitação de profissionais de beleza da cidade em questões relacionadas à violência doméstica, nos moldes do “Mãos emPENHAdas”. As responsáveis pela iniciativa, juíza Carolina Moreira Gama, delegada Luciana Renesto (da Delegacia de Defesa da Mulher), e a psicóloga Laura Aguiar (coordenadora do Núcleo de Atendimento Especializado à Mulher - Naem) promoveram treinamento para que profissionais de beleza possam se tornar multiplicadores das ações de proteção à mulher em situação de violência. “Várias perguntas importantes foram respondidas, além de os profissionais terem dado seus relatos pessoais, nos convencendo de que são importantes receptores de notícias de violência e que estavam carentes de informações a respeito de como ajudar ou lidar com essas questões”, explicou a magistrada. O evento teve ampla cobertura da imprensa.

        Confira os demais eventos programados nesta semana.

 

        Comunicação Social TJSP – AA (texto) / Divulgação (fotos)
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