CAPS promove palestra sobre Síndrome de Burnout e esgotamento profissional

Jornalista Izabella Camargo apresentou o assunto.

 

        A Coordenadoria de Apoio aos Servidores (CAPS) realizou, hoje (13), a palestra “Como Encontrar Limite em um Mundo sem Limites”, da jornalista e apresentadora Izabella Camargo. O evento, que aconteceu na Sala dos Servidores, no Fórum João Mendes Júnior, contou com a participação de cerca de mil servidores nas modalidades presencial e a distância.

        A abertura do evento foi feita pelo coordenador da CAPS, desembargador Carlos Otávio Bandeira Lins, que classificou a ideia do limite como algo “intrínseco à justiça”. “Nossa palestrante oferecerá grandes subsídios para o pensamento coletivo sobre o assunto, que permeia toda a história da humanidade”, destacou.

        Camargo, que trabalhou em emissoras como TV Globo, Bandeirantes, SBT e rádio Jovem Pan, falou sobre a Síndrome de Burnout, esgotamento profissional que a afastou da televisão em 2018, após sofrer um apagão no ar. “A síndrome é composta por três pilares: exaustão física, emocional e mental. A grande questão é que a exaustão mental não é vista, e temos a tendência de não acreditar no que não vemos”, explicou, acrescentando que é necessário atentar aos sintomas de uma possível exaustão, que incluem fadiga crônica, falta de ar, enjoos, tontura, tremor nos olhos, taquicardia, crises nervosas, agressividade e problemas gastrointestinais e cardiovasculares.

        “O corpo entra em colapso quando o excesso vira regra”, afirmou a palestrante, destacando que, no entanto, existe um grupo de risco, pessoas com determinadas características que são mais propensas a chegar à exaustão – aquelas que gostam de resolver problemas, que são perfeccionistas, não podem cometer erros (médicos, professores, jornalistas, juízes, policiais etc), vivem em ambientes de pressão e cobranças constantes e que acumulam funções. Quando se chega a esse ponto, a pessoa passa a se sentir infeliz e desvalorizada, e não é incomum que surjam pensamentos suicidas. “Só tem Burnout quem ama o que faz, e quem ama o que faz tende a se ausentar de si mesmo. Portanto, a resposta para a questão de ‘como encontrar limites num mundo sem limites’ é: reconhecendo seu próprio limite”, assegurou.

        Após apresentar um panorama da síndrome, Izabella Camargo mostrou, em números, o impacto do Burnout no mercado de trabalho. “Dados bastante imprecisos, uma vez que doenças mentais e de estresse são subnotificadas no nosso país, mostram que cerca de 30% dos profissionais brasileiros sofrem consequências do Burnout”, pontuou. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 40 milhões de pessoas sofrem de estresse grave relacionado ao trabalho no mundo. Atualmente, a depressão é a principal causa de pagamento de auxílio-doença não ligado a acidentes, com 31% dos casos.

        Assistiram à palestra o desembargador José Percival Albano Nogueira Júnior, o juiz substituto em 2º grau Durval Augusto Rezende Filho e o juiz titular da 11ª Vara Cível, Dimitrios Zarvos Varellis.

 

        Comunicação Social TJSP – AA (texto) / PS (fotos)
        
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