Seminário discute mudanças nas relações familiares

Especialista Fabiana Garcia proferiu palestra.

 

        A Escola Paulista da Magistratura (EPM), em parceria com a Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de São Paulo, promoveu, nesta quinta-feira (7), no auditório do Gade 23 de Maio, o seminário “Famílias ontem e hoje: da conjugalidade à parentalidade”, proferido pela professora, advogada, mediadora e conselheira seccional efetiva da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo (OAB SP), Fabiana Garcia. O seminário contou com a participação de cerca de 700 pessoas, presencialmente e a distância.

        O vice-coordenador da CIJ, desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, representando o diretor da Escola Paulista de Magistratura (EPM), desembargador Francisco Eduardo Loureiro, destacou que as mudanças da sociedade geram alterações também nas relações familiares. “É preciso que estejamos sempre atentos, para que possamos, cada um dentro da sua área de atuação, fazer o melhor aos adultos e, principalmente, às crianças, aquelas que mais sofrem quando os pais entram em algum tipo de litígio ou quando não estão preparados para exercer a parentalidade da forma mais apropriada”, falou o magistrado.

        A palestrante iniciou dizendo que os arranjos familiares vêm passando por profundas transformações estruturais ao longo dos anos. “A família pós-moderna inclui, entre outras características, valorização do afeto, relações interpessoais mais fluidas e transformações da visão hierarquizada da família”, afirmou. Entre os assuntos abordados, discutiu-se a mudança do papel de homens e mulheres nas relações familiares, a crise gerada pela separação, guarda compartilhada e alienação parental.

        Fabiana Garcia enfatizou que a coparentalidade deve existir independente da conjugalidade em famílias divorciadas. “Crianças devem ser vistas, consideradas e tratadas como sujeitos de direitos, e não como objeto de disputa. Todos precisam ter essa cautela, inclusive integrantes do Estado e todos os profissionais que lidam com casos envolvendo separação”, falou. “Devemos começar a substituir ‘maternidade’ e ‘paternidade’ por ‘parentalidade’, tentando trazer a equidade de gênero também para as relações familiares, com todo impacto social que isso acarreta”, complementou.

        Ao final, a palestrante respondeu a perguntas do público e recebeu certificado. O desembargador Reinaldo Cintra encerrou o evento lembrando a importância de quem atua no Direito de Família ter preocupação não só com o litígio dos adultos, mas com os efeitos colaterais nas crianças. “Não existe Direito de Família sem um olhar cuidadoso sobre as crianças. A palestrante nos trouxe questionamentos para que pensemos e melhoremos nossas atividades cotidianas”, concluiu.

        Na próxima quinzena a palestra estará disponível no endereço www.nucleomedia.com.br/tjsp-cij.

 

        Comunicação Social TJSP – SB (texto) / AC (fotos)

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