Coordenadoria da Infância e da Juventude e EPM promovem seminário sobre Coparentalidade

Prática é consequência das novas relações familiares.

 

        A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ), em parceria com a Escola Paulista da Magistratura (EPM), realizou, hoje, na Sala do Servidor do Fórum João Mendes Júnior, o seminário “Coparentalidade”, com a advogada Fabiana Garcia. Participaram da palestra cerca de 600 pessoas, presencialmente e a distância.

        O juiz Egberto de Almeida Penido, integrante da CIJ, abriu os trabalhos afirmando que o tema é instigante e importante, uma vez que vem ganhando importância devido às grandes transformações da sociedade em que vivemos. “Daí surgem diversas questões em relação a outras possibilidades de relacionamento”, falou.

        Ao iniciar a exposição, Fabiana Garcia definiu coparentalidade como “a relação entre dois adultos que partilham os cuidados e responsabilidades, nos seus papéis parentais, em relação a uma ou mais crianças, em interações que correspondem às funções de proteção e educação dos filhos”. De acordo com ela, as constantes modificações nos relacionamentos fizeram emergir novas circunstâncias parentais, com a família tradicional sendo substituída por “famílias mosaico”, onde coexistem diversos arranjos familiares.

        Na coparentalidade, é essencial que os pais interajam e se foquem na dinâmica do cuidado ao filho. “É muito comum que pais se separem e um deles fique sobrecarregado, responsável por todo o cuidado da criança, enquanto o outro é o pai dos ‘finais de semana’. Na coparentalidade as tarefas são divididas, e não alternadas, de forma que os dois, pai e mãe, se ocupem do cuidado e educação dos filhos de maneira igual”. Segundo Fabiana, a coparentalidade, além de ser uma obrigação decorrente do vínculo parental, também é importante na hora de conquistar a igualdade de gênero. “Se não falarmos de coparentalidade nunca chegaremos à igualdade de gênero. Uma sociedade que faz divisão sexual do trabalho parental não vai alcançar a igualdade entre homens e mulheres”, afirmou, explicando que descontruir o papel da mãe protetora e do pai provedor é essencial num exercício de coparentalidade, já que ambos desempenham as funções.

        No final do seminário, a advogada classificou a coparentalidade como um dos elementos centrais para evitar problemas mentais e psicológicos nas crianças. “A relação que os pais estabelecem entre si, e na dinâmica parental, impacta diretamente nos filhos”.

        O juiz Paulo Roberto Fadigas Cesar, colaborador da Coordenadoria da Infância e da Juventude, conduziu os debates finais e teceu elogios à palestra. “Estou muito satisfeito com a explanação. Trouxe à tona um problema comum a todos que lidam com questões da infância e juventude”, disse.


        Comunicação Social TJSP – AA (texto) / PS (fotos)

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