TJSP presta homenagem a Esther de Figueiredo Ferraz

        Para abrir a Agenda de 150 anos de Memória Histórica do Tribunal Bandeirante, foi realizado ontem (28), no Salão do Júri do Palácio da Justiça, evento em homenagem à Esther de Figueiredo Ferraz, primeira mulher a exercer o cargo de ministra de Estado no Brasil.

        O desembargador Ricardo Henry Marques Dip, orador em nome no Tribunal de Justiça de São Paulo, exaltou em seu discurso a grande vocação educacional e a humildade da homenageada, que faleceu em 2008. Descreveu seu impressionante currículo e destacou o início de suas atividades como professora no Grupo Primário Paulo Eiró, em Santo Amaro, e sua formação no curso de Direito do Largo São Francisco, que completou com láureas ao receber nota 10 em todas as disciplinas, fato inédito até então.

        Esther de Figueiredo Ferraz lecionou em várias universidades e, por dois mandatos consecutivos, foi reitora da Universidade Mackenzie. Na advocacia, participou de importantes julgamentos no Tribunal do Júri. Na vida pública, foi nomeada conselheira Estadual e Federal de Educação, diretora de Ensino Superior do Ministério da Educação, secretária de Educação de São Paulo e ministra da Educação. Também foi integrante da Academia Paulista de Letras.

        Ao finalizar seu discurso, Ricardo Dip contou episódio em que Esther Ferraz preocupou-se em comprar roupas para um antigo professor, idoso, que receberia um prêmio. “Esta mulher, com todos estes predicados e riqueza, tinha tempo para a piedade e merece a homenagem inaugural da Agenda de 150 anos de Memória Histórica do Tribunal Bandeirante.”

        O presidente do TJSP, desembargador José Renato Nalini, passou para o coordenador do Museu do Tribunal de Justiça, desembargador Alexandre Moreira Germano, dois processos relacionados à advogada, que farão parte do acervo do setor. O primeiro tratou do julgamento de Myriam Bandeira de Mello, acusada pela morte do marido, que foi absolvida. Esther Ferraz atuou como advogada de defesa e o desembargador Renato Nalini, que na época era estudante de Direito, acompanhou o júri. O segundo processo tratou da retificação do assento de registro civil da homenageada, cuja sentença foi proferida pelo desembargador Nalini, que na época atuava como juiz da 1ª Vara de Registros Públicos. “A vida da professora Esther de Figueiredo Ferraz foi um exemplo que dignifica as mulheres brasileiras”, afirmou Alexandre Germano.

        A sobrinha da homenageada, Gilda Figueiredo Ferraz de Andrade, discursou em nome da família. Lembrou que Esther de Figueiredo Ferraz foi pioneira em muitas coisas: primeira mulher a lecionar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, a advogar no Tribunal de Júri, a integrar o Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil, a ser reitora de universidade, a ocupar o cargo de secretária de Estado de Governo, e finalmente, a assumir as funções de ministro de Estado da Educação e Cultura. O deputado federal Gabriel Chalita também participou do evento e destacou a postura singela de Esther Ferraz e a vocação de professora. “Ela sempre professou a fé no ser humano”.

        Ao encerrar a cerimônia, o presidente Nalini afirmou: “É uma homenagem justa, legítima e merecida a esta mulher que foi a primeira em tudo e que continua sendo a primeira em nossos corações”.

        Prestigiaram o evento a secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania, representando o governador, Eloisa de Sousa Arruda; o presidente do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo, juiz Paulo Adib Casseb; o presidente da Seção de Direito Privado, desembargador Artur Marques da Silva Filho; o presidente em exercício da Seção de Direito Criminal, desembargador José Damião Pinheiro Machado Cogan; o presidente da Seção de Direito Público, desembargador Ricardo Mair Anafe; o subprocurador geral de Justiça de São Paulo, representando o procurador geral, Arnaldo Hossepian Salles Lima Júnior; o vice-diretor da Escola Paulista da Magistratura, representando o diretor, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças; o corregedor-geral do Ministério Público em exercício, Paulo Sérgio Puerta dos Santos; o assessor especial da presidência da Associação Paulista de Magistrados, representando o presidente, Marco Antonio Martins Ribeiro de Campos; a vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo, representando o presidente, Ivete Senise Ferreira; o vice-diretor da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, representando o diretor, Renato de Mello Jorge Silveira, o 1º secretário da Associação dos Advogados de São Paulo, representando o presidente, Luiz Périssé Duarte Júnior; o vice-presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo, representando o presidente, Paulo Henrique dos Santos Lucon; o presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas, Ruy Martins Altenfender Silva; a secretária da Comissão Especial da Mulher Advogada do Conselho Federal da OAB, Gislaine Caresia; o decano da Academia Paulista de Letras, poeta Paulo Bomfim; os acadêmicos da Academia Paulista de Letras, Ada Pellegrini Grinover, Paulo Nathanael Pereira de Souza e Lygia Fagundes Telles; o vice-presidente do Centro Acadêmico Esther de Figueiredo Ferraz da Universidade Presbiteriana Mackenzie – Campus Campinas, Gustavo Rodrigues Valles; o bispo de Santo Amaro, Dom Fernando Antonio Figueiredo; o padre Silvio Baldisseri; o presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo, Carlos Fernando Brasil Chaves e o presidente do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção São Paulo, José Carlos Alves, além de desembargadores, magistrados e servidores do TJSP.


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