Comunicação Social

Notícia

Setor Psicossocial de Ribeirão Preto comemora 10 anos

       O Poder Judiciário de Ribeirão Preto comemorou, nesta sexta-feira (15/10), no Salão do Júri do fórum da cidade, dez anos do Serviço de Atendimento Psicossocial a servidores e magistrados do Tribunal de Justiça. O setor auxilia na resolução de problemas de saúde mental e psicológica de funcionários e seus familiares. 
        O Serviço Psicossocial começou na capital paulista em março de 1995. Funciona através da procura espontânea dos interessados e do sigilo absoluto em casos de necessidade de atenção à saúde mental, como depressão, síndrome do pânico, quadros de ansiedade, problemas relacionais, orientação e encaminhamento em casos de drogadição e alcoolismo, entre outros. O atendimento estende-se à família do servidor porque muitas vezes ele traz o problema de casa para o ambiente funcional, prejudicando a prestação jurisdicional. Hoje, o serviço ampliado, já funciona em outras nove comarcas (Araçatuba, Marília, Piracicaba, Ribeirão Preto, Campinas, São José dos Campos, Bauru, Sorocaba e São José do Rio Preto).
        A comemoração contou com a presença do corregedor-geral de Justiça, desembargador Antonio Carlos Munhoz Soares, fundador e presidente do Setor Psicossocial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). “É uma alegria imensa retornar a Ribeirão Preto. Fiz grandes amizades e vivi intensamente aqui.” De acordo com o desembargador, desde que o serviço foi implantado, foram totalizados 189.952 atendimentos em todo o Estado. Só no programa de Ribeirão Preto, fundado em março de 2001, realizou-se 14.920 atendimentos. “É um número assustador”, concluiu.
        O juiz diretor do fórum, João Agnaldo Donizeti Gandini, começou o discurso lembrando das dificuldades do setor psicossocial alguns anos atrás. “Recordo-me quando o dr. Munhoz Soares me procurou querendo expandir o setor para mais uma cidade. Na época, não tínhamos espaço físico e nem condições para contratação de funcionários. Agora estamos em um novo momento, comemorando 10 anos do serviço em Ribeirão Preto. É uma alegria para todos nós. No começo eu tinha dúvidas sobre a sua eficácia. Hoje, a cada dia que passa, convenço-me mais de que esse serviço é fundamental”, disse.
        A psicóloga e diretora técnica do serviço de atendimento psicossocial dos magistrados e funcionários do TJSP, Leila Josefina Rodrigues Viana, comentou o trabalho inovador que a equipe do programa realiza. “Gostamos de dizer que esse serviço é de primeiro mundo porque não existem outras instituições que desempenhem trabalho dessa natureza. O psicossocial dá atenção à saúde mental, é um espaço de humanização”, concluiu. Ela fez ainda considerações sobre a realidade de excessos, onde o volume de trabalho ultrapassa a capacidade real de lidar com esses problemas, assédio moral, violência psicológica, física ou sexual, redução da quantidade de tarefas monótonas e ameaças de processos administrativos.
        O juiz coordenador do Serviço Psicossocial, Sylvio Ribeiro de Souza Neto, observou que “apesar da necessidade, por causa da pressão do dia a dia, aliada ao estresse e problemas particulares, ainda é pequena a quantidade de juízes que recorrem ao programa”.
        O médico Antonio José Fernandes, em sua palestra sobre “A Busca da Qualidade de Vida”, falou a respeito de temas como envelhecimento, prevenção de doenças e os principais fatores de risco, como alimentação, cigarro e estresse. “O estresse pode causar grandes estragos no organismo, enfraquecendo o sistema digestivo e afetando o coração. Aí está a grande importância do estilo de vida e de bons hábitos alimentares. As pessoas são o que ingerem, a saúde começa pela dieta”, afirmou.
        A programação ainda contou com a participação do juiz assessor da Corregedoria Geral da Justiça, Marco Fábio Morsello, que trouxe à tona o dilema da ética na magistratura, da supressão de valores e do relacionamento com a imprensa e da psicóloga Olga Neves Velho Arruda, que falou sobre assédio moral e suas consequências.
        Ao final da solenidade, o desembargador Antonio Carlos Munhoz Soares recebeu do vereador Waldir Villela o título de Cidadão Ribeirão-Pretano, pelo reconhecimento dos relevantes serviços prestados à comunidade. “Estou honrado com esse título, minhas palavras são de nobilíssima gratidão. Saio desse recinto em que se expressou a vontade popular através de seus representantes muito mais enriquecido. Para meu orgulho pessoal, a partir de hoje faço parte desse povo”, concluiu.

        Assessoria de Imprensa TJSP - AG (texto) / LV (fotos)


O Tribunal de Justiça de São Paulo utiliza cookies, armazenados apenas em caráter temporário, a fim de obter estatísticas para aprimorar a experiência do usuário. A navegação no portal implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais do TJSP