InspirAÇÕES: vocação para ensinar acompanha servidor no Judiciário
Hudson encontrou sua paixão na docência.
O Tribunal de Justiça de São Paulo é formado pela história de magistrados e servidores que se dedicam, dia após dia, à prestação jurisdicional. E, assim como o TJSP molda as trajetórias de seus integrantes, também é onde pessoas encontram, conciliam e alimentam paixões. Esse é o caso de Hudson Carvalho de Camargo. Servidor do TJSP desde 2008, ele conseguiu, há uma década, unir a vocação pelo ensino com a carreira no Judiciário paulista. Trabalhando com o que gosta, em 2020 passou ao cargo de diretor da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) 4 - Capacitação, Desenvolvimento de Talento, Novos Projetos, Governança em Gestão de Pessoas e Análise de Desempenhos Funcionais, setor responsável pela capacitação dos mais de 40 mil servidores do Tribunal. “Temos um time de pessoas excepcionais, todos muito vocacionados. É realmente um prazer levantar pela manhã e ir trabalhar ao lado deles”, diz.
O sucesso de hoje foi colhido ao longo de muitos anos. Hudson chegou ao TJSP lotado na 3ª Vara Criminal da Capital, no Complexo Judiciário Ministro Mário Guimarães (Fórum Criminal da Barra Funda). Passou pela Vara das Execuções Criminais e pela Secretaria da Primeira Instância (SPI), locais onde cresceu profissionalmente e construiu amizades que permanecem até hoje. “Conheci pessoas incríveis que tiveram toda a paciência para me ensinar e com quem mantenho contato”, conta.
Fora do Judiciário paulista, começou, aos 16 anos, a lecionar inglês na escola em que estudou. Em 2005, concluiu a faculdade de Direito e passou a conciliar o exercício da Advocacia com as aulas, pois não quis parar de ensinar mesmo depois de formado em outra área. Com carinho, ele se recorda de um momento marcante dessa fase, quando atuou na elaboração de material pedagógico para uma escola de idiomas. “Auxiliei no desenvolvimento e na revisão de alguns módulos e lembro com muito orgulho de ver meu nome como coautor e revisor no material”, afirma.
Em 2015, na SPI, passou a atuar na equipe responsável pela capacitação de escreventes. “Fui convidado para assumir a supervisão da área Criminal. Na época, fui às 10 Regiões Administrativas Judiciárias (RAJs) dando aulas sobre o processo de execução criminal e orientando sobre práticas cartorárias para a otimização das atividades”, lembra.
Acumulando experiência dentro e fora do Tribunal, foi a pessoa certa para assumir a coordenação do setor de Capacitação que estava em fase de implantação SGP. “A proposta era criar cursos e tutoriais que desenvolvessem habilidades técnicas e comportamentais nos servidores. Foi quando começamos as capacitações na modalidade EaD, por meio da plataforma Moodle, alcançando todo o estado com conteúdo acessível a qualquer tempo", destaca.
Atualmente, mesmo com as responsabilidades do cargo de diretor, Hudson continua lecionando. “Dar aulas de inglês é, verdadeiramente, uma paixão para mim. É uma forma de me manter em contato com o idioma e me atualizar sobre a língua. Hoje, minha irmã e meu cunhado moram nos Estados Unidos, e, todos os dias, quando chego em casa, ligo para ajudar minha sobrinha com as tarefas da escola”, afirma. Ele relembra, ainda, das vezes em que participou de acampamentos de inglês com os alunos, levando um pouco da cultura norte-americana para a escola de idiomas.
Com a implantação do sistema eproc, os desafios aumentaram, assim como a satisfação em trabalhar com o que gosta. “Estamos promovendo ações de formação, como o programa Multiplicadores eproc”, explica. Durante um dos cursos, reencontrou um colega que conheceu em 2008, quando ingressou no TJSP. “Na época, ele me ensinou o trabalho e, agora, tive a oportunidade de ensinar a ele o novo sistema”, compartilha.
E, junto ao eproc, uma nova missão: conduzir os trabalhos para capacitação do sistema em nível nacional. “O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que desenvolveu o eproc, trouxe a ideia de criarmos um portal nacional de capacitação e o TJSP ficou responsável por sua criação. Apresentamos a proposta no 3ª Encontro Interinstitucional do eproc, em maio”, salienta. O projeto disponibiliza cursos para magistrados e servidores por meio da plataforma Moodle e conta com um administrador de cada Tribunal – que foram capacitados pelo TJSP em abril.
No Judiciário bandeirante, em outro idioma ou no eproc, Hudson mantém o compromisso com a aprendizagem e com o dom de ensinar. “Para ensinar você precisa aprender. É um ciclo”, finaliza.
Comunicação Social TJSP – BC (texto) / LF (arte)
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