‘Pós-Modernidade e Família’ é tema de palestra no Fórum João Mendes

        A Coordenadoria da Família e Sucessões (CFS) do Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu ontem (27), na Sala do Servidor do Fórum João Mendes Júnior, a palestra Pós-Modernidade e Família, direcionada a assistentes sociais, psicólogos judiciários e demais servidores.

        A palestra foi proferida pela professora e pesquisadora Yara Martins Nicolau Milan, graduada em Filosofia - pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas - e em Direito - pela Faculdade de São João da Boa Vista. Também é mestre e doutora em Filosofia e História da Educação pela Universidade Estadual de Campinas.

        O coordenador da Família e Sucessões do TJSP, desembargador Jurandir de Souza Oliveira, fez a abertura do evento e agradeceu a participação dos 240 servidores que acompanharam a palestra no auditório e 701 que assistiram à transmissão online em 61 comarcas do interior. Também fez um agradecimento especial à palestrante. “Nosso encontro só ganha com a presença de tão ilustre figura”, afirmou o desembargador.

        No início da palestra, Yara Milan aproveitou a oportunidade para homenagear seus antigos professores, Otavio Viana e Boaventura de Souza Santos, e a coordenadora administrativa da CFS, Mônica Nardy Marzagão Silva.

        A professora abriu a exposição com uma provocação sobre a necessidade de algumas pessoas por mudanças constantes. “Interrupções, incoerência e surpresa são condições comuns de nossa vida. Mas elas se tornaram necessidades reais para muitas pessoas, cujas mentes deixaram de ser alimentadas por outra coisa que não mudanças repentinas e estímulos constantemente renovados. Não podemos mais tolerar o que dura. Não sabemos mais fazer com que o tédio dê frutos".

        Yara citou o filósofo grego Aristóteles, que elaborou teoria sobre o agir humano, cujo alcance transcende o tempo de sua construção, há dois milênios. Ela destacou a obra “Ética a Nicômaco”, em que Aristóteles lançou a seguinte questão: qual o bem a que toda atividade humana visa, ou seja, qual é o bem supremo da existência? E ele respondeu: “o bem maior é a felicidade”.

        A palestrante afirmou que a sociedade de consumo continua marcada pelo olhar de Aristóteles, que enfatiza o olhar da felicidade. “No que consiste a felicidade nesse tempo presente? No que consiste essa pós-modernidade? Não sabemos. Vivemos em função do cotidiano. Vivemos a grande transformação da pós-modernidade”, afirmou.

        Entre outros aspectos abordados, a professora falou sobre as mudanças nas relações familiares e as preocupações com o futuro. “Como é possível que a sociedade presente seja mais rica, mas que os filhos viverão piores que seus pais? Essa é uma questão que está incomodando a todos os filósofos”, disse. “Os valores simbólicos variam de uma cultura para outra, razão pela qual não é a proximidade genealógica, ou a consanguinidade que determinam as relações em família. O dado comum nas representações de todas as instituições familiares são os lugares simbolicamente ocupados no imaginário, na circulação do desejo e na configuração da vida compartilhada", finalizou a professora.

        As palestras realizadas pela Coordenadoria da Família e Sucessões contam com o apoio da Presidência do TJSP, da Corregedoria Geral da Justiça, da Escola Paulista da Magistratura (EPM), do Centro de Treinamento e Apoio aos Servidores (Cetra), da diretoria do Fórum João Mendes Júnior, do Centro de Apoio aos Juízes (CAJ) e das Secretarias de Recursos Humanos (SRH), de Tecnologia da Informação (STI) e de Primeira Instância (SPI).

        A próxima exposição será no dia 4/7 sobre “Inovações em Varas de Família e Sucessões”, com o juiz assessor da Corregedoria Antonio Carlos Alves Braga Júnior, a juíza Helena Campos Refosco e a coordenadora do 7º Ofício da Família, Sandra Maria Bianchi Bueno. As inscrições estão abertas a magistrados e servidores pela página do Cetra, na intranet.

 

        Comunicação Social TJSP – SO (texto) / AC (fotos)

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