TJSP dá posse a duas novas desembargadoras

        O Tribunal de Justiça de São Paulo deu posse, em caráter solene, às desembargadoras Mary Grün e Mônica de Almeida Magalhães Serrano, em cerimônia realizada hoje (4) no Salão do Júri do Palácio da Justiça. Elas foram alçadas ao maior cargo da magistratura paulista pelo quinto constitucional da advocacia, em decorrência das aposentadorias de Francisco Vicente Rossi e Luiz Antonio Rizzatto Nunes.

        Compuseram a mesa de cerimônia o presidente da Corte, desembargador Ivan Sartori, acompanhado do vice-presidente José Gaspar Gonzaga Franceschini; do corregedor-geral da Justiça, José Renato Nalini; do presidente da Seção de Direito Privado, Antonio José Silveira Paulilo; e do orador da solenidade em nome do TJSP, Roberto Nussinkis Mac Cracken.

        Após as novas desembargadoras terem lido o termo de compromisso e assinado o livro de posse, o presidente Ivan Sartori entregou a elas o Colar do Mérito Judiciário, principal honraria da Corte paulista.

        Para o desembargador Roberto Mac Cracken, o quinto constitucional, tanto dos oriundos do Ministério Público quanto da advocacia, vem prestando serviços relevantes à magistratura. “São vivências diferenciadas ao longo de larga experiência que permitem aportar destacados valores aos Tribunais. Por outro lado, e digo que esta é a minha situação, os colegas de carreira também muito acrescentam aos do quinto constitucional. Trata-se de saudável, proveitosa e indispensável simbiose”, afirmou. “As nobres desembargadoras, ora empossadas, com o compromisso firmado, terão um importante e perene desafio na sua nova atividade profissional. Para tal, conforme se percebe claramente pelos seus currículos, estão plenamente habilitadas e preparadas.”

        O presidente da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos da Costa, disse que o ingresso de Mary e Mônica no Tribunal irá oxigenar e dar ainda mais pluralidade às decisões da Corte. “Mary Grün traz três décadas de atuação na advocacia. Mônica Serrano atuou com a população carente, como procuradora do Estado. Cumprimento-as e desejo a elas profícuo trabalho diante da nova missão.”

        A desembargadora Mônica Serrano fez diversos agradecimentos e falou brevemente de sua trajetória como advogada e procuradora, carreira exercida por 22 anos. “Deixo, agora, a carreira, não os amigos, que sempre permanecerão em minha lembrança, mas com a certeza de que irei aplicar toda a experiência que pude acumular na minha nova função que agora passarei a desenvolver, enquanto julgadora”, disse. “Importante ressaltar, outrossim, que, a pretexto de remate, a nomeação de duas advogadas pelo Exmo. sr. governador do Estado, Geraldo Alckmin, também consolida importante passo na busca da igualdade de gênero, que constitui hoje uma das mais pronunciadas questões de cidadania no Brasil.”

        Mary Grün cumprimentou a todos os presentes e ressaltou que é uma honra fazer parte do Tribunal de Justiça. “É uma Casa da Justiça de proporções grandiosas, por sua expressão no cenário jurídico nacional e por seus respeitáveis componentes”, declarou. “Quero manifestar, solenemente, meu compromisso de imparcialidade, de justiça e de respeito ao próximo, qualidades que entendo serem essenciais ao magistrado.”

        O presidente Ivan Sartori agradeceu as pessoas no Salão do Júri e prestigiou as empossadas, ao encerrar a solenidade. “Este é um momento de alegria e emoção. São duas excelentes profissionais, de caráter inquebrantável. Temos essa força para somar ao quadro de desembargadores.” Sartori, ao final, expressou alguns números que comprovam o fato de o Tribunal de Justiça de São Paulo ser a maior Corte do mundo: 20 milhões de processos em andamento, 23 mil ações ingressadas diariamente, orçamento de R$ 8 bilhões, superior ao de 15 Estados brasileiros. “O desafio é muito grande e para tanto contamos com alguns instrumentos, como a digitalização dos autos, que, por representar uma situação de mudança, às vezes pode causar dissabores. Também temos um projeto de varas regionais na Assembleia Legislativa, com o objetivo de desafogar a primeira instância, e contamos com os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), com o projeto Administração Participativa, sem falar na transparência, um dos pilares da gestão”, afirmou o presidente.

        Acompanharam, também, a cerimônia o decano do Tribunal de Justiça e ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Walter de Almeida Guilherme; o segundo vice-presidente da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) e diretor da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Irineu Jorge Fava, representando os presidentes; a desembargadora Maria Cristina Zucchi, representando o diretor da Escola Paulista da Magistratura; o procurador de Justiça e integrante do Conselho Superior do Ministério Público, Vidal Serrano Nunes Junior, representando o procurador-geral de Justiça de São Paulo; o procurador-geral do Estado, Elival da Silva Ramos; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paulo, Marcos da Costa; o defensor público do Núcleo de 2ª Instância e Tribunais Superiores, Rafael Gandara D’Amico, representando a defensora pública-geral do Estado de São Paulo; o secretário-adjunto da Segurança Pública, Antonio Carlos da Ponte, representando o secretário; o presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo, José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro; o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo, Fábio Romeu Canton Filho; o presidente da Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria, Jayme Blay; o decano da Academia Paulista de Letras, poeta Paulo Bomfim; desembargadores, juízes, integrantes do Ministério Público, defensores públicos, advogados, servidores públicos, amigos e familiares das empossadas.

 

        Currículos

        Mary Grün – Nascida em 1963, é bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), turma de 1985. Possui relevante carreira acadêmica: é pós-graduada em Direito Processual e mestre em Direito Civil, atuou como docente em instituições de ensino e tem livros e artigos jurídicos publicados.

        Mônica de Almeida Magalhães Serrano – Nascida em 1964, cursou Direito na PUC-SP, turma de 1988. É mestre em Direito do Estado e publicou artigos e livros da área jurídica. Atuou como procuradora do Estado entre 1991 e 2013.

 

        Comunicação Social TJSP – MR (texto) / DS (fotos)
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