Coordenadoria da Família e Sucessões promove palestra sobre drogas e codependência

        A Coordenadoria da Família e Sucessões do Tribunal de Justiça de São Paulo (CFS) promoveu hoje (27), na Sala do Servidor do Fórum João Mendes Júnior, a palestra A Droga e Seu Usuário, com a presença do médico psiquiatra Breno Montanari Ramos.

        O vice-coordenador da Família e Sucessões, desembargador Miguel Angelo Brandi Júnior, apresentou o palestrante ao público presente, composto de magistrados e servidores do Tribunal. Eles estavam acompanhados na mesa de trabalhos do evento pelo colaborador da Coordenadoria, desembargador Jurandir de Sousa Oliveira; pelo juiz Felipe Albertini Nani Viaro, representando o juiz assessor da Presidência Ricardo Felicio Scaff; pela presidente do Comitê de Ação Social e Cidadania (CASC), Maria Luiza de Freitas Nalini; e pelo secretário da Área da Saúde (SAS), Tarcisio dos Santos.

        A presidente do CASC agradeceu pelo convite em comparecer ao evento. “Venho trabalhando há mais de 15 anos com a população de rua, com dependentes químicos, e agora, na presidência do CASC, estamos nos empenhando para que as pessoas sejam bem atendidas, pois só assim poderemos amenizar essa epidemia que são as drogas”, declarou.

        Montanari Ramos iniciou a exposição abordando as drogas psicotrópicas, aquelas que alteram a forma de pensar, sentir e agir do indivíduo e que são divididas em três grupos: estimulantes (cocaína, crack, ecstasy e outras legalizadas, como nicotina); depressoras (álcool, morfina e tranquilizantes, entre outras); e alucinógenas (LSD, maconha e ayahuasca).

        Em vez de descrever as características de cada tipo de droga e seus usuários, o palestrante focou no tema da codependência. “É um comportamento tão doente quanto o comportamento do dependente químico”, afirmou. Definido e conceituado nas décadas de 70 e 80, o termo relaciona-se aos familiares dos dependentes químicos e hoje é estendido também aos casos de alcoolismo e a transtornos sérios da personalidade.

        “São, na maioria das vezes, familiares, normalmente cônjuge ou companheiro, que vivem em função da pessoa problemática, fazendo dessa tutela obsessiva a razão de suas vidas, sentindo-se úteis e com objetivos apenas quando estão diante do dependente e de seus problemas. São pessoas que têm, geralmente, baixa autoestima, intenso sentimento de culpa e não conseguem se desvencilhar da pessoa dependente.”

        Segundo Montanari Ramos, o codependente almeja ser, realmente, o salvador ou protetor da outra pessoa, mesmo que para isso esteja comprovadamente prejudicando e agravando o problema do outro. “A conduta do codependente é uma resposta doentia ao comportamento da pessoa problemática e promove o agravamento da situação do dependente químico, em razão do chamado processo de facilitação”, disse o psiquiatra.

        Além de familiares e cuidadores, profissionais de saúde também correm o risco de desenvolver codependência, como o médico do cantor Michael Jackson, Conrad Murray, que prescrevia anestésicos para que o artista pudesse dormir. “A codependência também pode ser agravante e desencadeante de depressão, suicídio, doenças psicossomáticas e outros transtornos. Por essa razão, seu diagnóstico e tratamento são vitais”, finalizou.

        Estiveram também presentes o juiz assessor da Corregedoria Gustavo Henrique Bretas Marzagão e a coordenadora emérita do CASC, Maria Cecília Barreira. O evento foi acompanhado por 1.221 participantes (225 na capital e 996 em comarcas), entre presenciais e os que assistiram a ela a distância.

        A palestra teve o apoio da Presidência do TJSP, Corregedoria Geral da Justiça, Escola Paulista da Magistratura (EPM), Escola Judicial dos Servidores (EJUS), CASC, Diretoria do Fórum João Mendes Júnior, Centro de Apoio aos Juízes e Secretaria de Primeira Instância (SPI).

 

        Comunicação Social TJSP – VG (texto) / GD (fotos)
        
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