Agenda 150 Anos homenageia desembargadores Sebastião de Vasconcellos Leme e Pedro Alcântara da Silva Leme

        A Agenda 150 Anos de Memória Histórica do Tribunal de Justiça Bandeirante de ontem (22) foi duplamente especial, pois homenageou dois dignos magistrados: os desembargadores Sebastião de Vasconcellos Leme (pai) e Pedro Alcântara da Silva Leme (filho). O projeto é uma comemoração antecipada do sesquicentenário da Corte paulista e seu intuito é manter viva a lembrança dos homens que erigiram os alicerces da instituição.
        
A responsabilidade de falar sobre Pedro Leme coube a um de seus filhos, o desembargador Pedro de Alcântara da Silva Leme Filho. “Cresci testemunha de sacrifícios pessoais do meu avô e do meu pai, bem como de diversos colegas deles, por um ideal de Justiça”, afirmou. Para desempenhar melhor a tarefa, o magistrado pediu ajuda a um convidado especial: o decano da academia Paulista de Letras e chefe de Gabinete da Presidência, poeta Paulo Bomfim, que foi amigo do homenageado. Ele encantou o público com suas belas palavras.
        
Em seguida, Leme Filho, exortado pelo poeta, leu uma crônica que escreveu na época do falecimento do homenageado. “Eu queria falar do meu pai, queria lembrar o amigo leal de vocês, queria falar da essência espiritual do homem que realmente acreditava na igualdade entre as pessoas”. O texto narra a ida do orador e seu irmão até o rio Araguaia para cumprir a promessa de nele jogar as cinzas do pai.
        
Já a respeito de Sebastião de Vasconcellos Leme falou um dos seus netos, o também desembargador Gilberto Leme Marcos Garcia. Ele contou detalhes da vida de seu avô, relatando o envolvimento dele na Revolução de 32, quando lutou contra as forças do governo Getúlio Vargas, que haviam invadido São Paulo. “Depois de uma tarde repleta de audiências, despiu-se da toga, vestiu a farda e armou-se com fuzil, colocando-se à disposição da Força Pública Paulista. Meu avô, na condição de soldado, lutou bravamente durante a Revolução de 32, imbuído do ideário republicano que sempre se fez presente em sua trajetória de vida”, disse.
        
Para finalizar o evento, o vice-presidente do TJSP, desembargador Eros Piceli agradeceu aos oradores por terem dado vida “às lembranças que guardamos de homens tão significativos para o Tribunal de Justiça. É uma honra partilharmos da companhia de vocês”, disse.

        Estavam presentes também o presidente da Seção de Direito Público do TJSP, desembargador Ricardo Mair Anafe; o presidente da Seção de Direito Criminal, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco; o vice-presidente do Conselho Consultivo, Orientador e Fiscal da Associação Paulista de Magistrados, desembargador Renzo Leonardi, representando o presidente; o vice-presidente da Academia Paulista de Magistrados, desembargador Ademir de Carvalho Benedito, representando o presidente; o representante da OAB-SP, João Boyadjian; o conselheiro da Associação dos Advogados de São Paulo, Rogério de Menezes Corigliano; os filhos do desembargador Pedro Alcântara da Silva Leme: Luís Henrique da Silva Leme, Patrícia Gadia da Silva Leme, Maria Cecília da Silva Leme Machado e seus netos Pedro, Mariana e Giovana; os filhos do desembargador Sebastião de Vasconcellos Leme: Maria Inês Leme Brito e Maria Evangelina Leme Marcos Garcia; demais desembargadores, juízes, advogados, autoridades civis e militares, familiares, amigos dos homenageados e servidores.

 

        Trajetórias

        Sebastião de Vasconcellos Leme nasceu em 20 de janeiro de 1901, na cidade de Bragança Paulista. No início da década de 30 ingressou na Magistratura, sendo designado para diversas comarcas da região do Vale do Paraíba, entre elas São José do Barreiro. Durante o período da 2ª Guerra Mundial foi juiz em Santos e na época do fim do conflito foi promovido para a Comarca da Capital. Alguns anos depois foi alçado ao posto de desembargador e na década de 60 chegou ao cargo de corregedor-geral da Justiça. Faleceu em 1996, aos 95 anos.

        Pedro de Alcântara da Silva Leme nasceu em Bragança Paulista, em 2 de dezembro de 1927. Estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, turma de 1954. Foi promotor público antes de ingressar na Magistratura, em 1955. Até 1965, data em que foi promovido para a Capital, passou pelas comarcas de Ribeirão Preto, Novo Horizonte, São José do Rio Pardo e Barretos. Em 1972 foi promovido para o Tribunal de Alçada Criminal, chegando à vice-presidência no biênio de 1980/1981. Aposentou-se como desembargador em 1997, vindo a falecer no ano de 2009.            
        
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