InspirAÇÕES: aprender não tem idade
Lourdes foi multiplicadora eproc antes da aposentadoria.
Em seus últimos meses no Tribunal de Justiça de São Paulo, Lourdes Francisca de Faria, a Chiquinha, deu mais uma demonstração de que a vontade de aprender não se aposenta. Com 33 anos dedicados ao Judiciário paulista, decidiu se inscrever no programa Multiplicadores eproc – o novo sistema de tramitação eletrônica de processos – não por obrigação, mas por curiosidade, entusiasmo e o desejo de continuar colaborando com quem está começando. “Guardei todas as apostilas e até peguei meu cordão de multiplicadora eproc e a cartinha do presidente do TJSP agradecendo a colaboração. Fiquei orgulhosa”, conta, com brilho nos olhos.
Sua história no TJSP começou em 1992, quando atravessou pela primeira vez os corredores do Palácio da Justiça. Naquela época, seu maior desafio era a datilografia. “Nos meus primeiros anos, quando os processos eram todos físicos, minha função era juntar tiras, recolher votos, organizar os trabalhos para a realização das sessões e atender os advogados e o público”, lembra. Ao longo da carreira, passou pelo Departamento de Processamento de Segunda Instância, no Fórum João Mendes Júnior, e depois pelo 2º Grupo Criminal, na Seção de Direito Criminal, onde permaneceu como chefe até sua aposentadoria, em abril deste ano.
Durante essas três décadas, Chiquinha acompanhou de perto as mudanças que tornaram o Judiciário mais moderno. “Participei da unificação dos Tribunais de Alçada ao TJSP, do início da digitalização dos processos e do trabalho remoto durante a pandemia”, recorda. “Antes era tudo manual, usávamos carimbos e numerávamos as folhas. Depois, com a digitalização dos processos, mudamos o padrão e a visão de trabalho. Com o eproc, acredito que ficará ainda melhor”, afirma.
Mesmo com a aposentadoria batendo à porta, ela não quis ficar de fora do processo de transformação digital. Inscreveu-se no programa de multiplicadores para aprender e poder ajudar os colegas em mais uma transição. “Uma servidora que entrou recentemente no meu setor disse que seria mais fácil trabalhar com o novo sistema. Quis me preparar. Nunca é tarde para aprender, e eu sempre tive prazer em ajudar”, diz.
Da desconfiança diante da máquina de escrever à familiaridade com sistemas digitais, Chiquinha viu a Justiça se reinventar – e ela se reinventou junto. “Não achei que os processos se tornariam 100% digitais tão rapidamente. Foi um salto enorme. Agora tudo está se padronizando ainda mais. Para quem trabalhou em outros carnavais, estamos no céu”, brinca. Mas o que mais marcou sua trajetória foram os vínculos que construiu. “O Tribunal contribuiu em tudo na minha vida. Foi um concurso concorrido, então considero uma vitória. Toda a minha vida foi aqui; fiz bons amigos. Saio com a sensação de dever cumprido e feliz, por ter feito parte dessa história.”
Comunicação Social TJSP – BC (texto) / Divulgação (foto)
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