Museu do TJSP lança tour virtual 360º ao Palacete Conde de Sarzedas
Experiência imersiva e acervo histórico.
O Museu do Tribunal de Justiça de São Paulo lança, hoje (16), o tour virtual 360º ao Palacete Conde de Sarzedas, edifício histórico que abriga sua sede. A iniciativa, desenvolvida em colaboração entre setores ligados à preservação da memória do Poder Judiciário do TJSP e do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso (TRE-MT), tem como objetivo ampliar o acesso à história da Justiça, permitindo visitas de qualquer lugar do mundo.
A experiência imersiva percorre os quase mil metros quadrados do Palacete e o acervo histórico da instituição, composto por objetos, móveis de estilo, processos e documentos, vestimentas, artes e bens arquitetônicos. São mais de dez núcleos de exposição permanentes no tour, que mostra os três pavimentos do imóvel.
O servidor do Museu do TJSP Bruno Bettine de Almeida destaca o benefício da iniciativa à sociedade, que, de qualquer lugar do mundo, pode conhecer o Palacete Conde de Sarzedas, um edifício histórico que completa 130 anos em 2025. “A ideia do passeio virtual surgiu na edição do Encontro Nacional de Memória do Poder Judiciário, realizado em São Paulo. Essa troca de experiência aproxima profissionais dos setores responsáveis por preservar a memória institucional nos diferentes ramos da Justiça brasileira e traz bons frutos à toda população”, afirma.
Já o servidor do TRE-MT Jorge Kimura, responsável pela produção do conteúdo, conta como o tour foi produzido. “Fotografei os quatro cantos das salas para criar essa ilusão de uma imagem 360º. Outra curiosidade é que o conteúdo está preparado para a realidade virtual. Ou seja, caso a pessoa acesse com óculos especiais, ela terá um passeio imersivo, como se estivesse dentro do ambiente”, explica.
O tour virtual 360º oferece acesso a diversos espaços, incluindo:
- Dez salas com acervo permanente do Museu do TJSP
- Mais de 20 pontos de interesse e curiosidades do acervo, como a evolução do TJSP e sua participação na Revolução Constitucionalista de 1932, o título alusivo de advogado brasileiro concedido pela Ordem dos Advogados do Brasil a Luiz Gama, o primeiro recurso criminal impetrado no Tribunal da Relação de São Paulo e o auto de inquérito policial em que se averigua o assassinato de Martins, Miragaia, Drauzio e Camargo, “MMDC”, ocorrido durante manifestações contra o Governo Vargas;
- Mobiliário, objetos históricos e detalhes da arquitetura do Palacete, como pinturas artísticas, vitrais europeus e piso em mosaico cotejado com o forro do Palacete;
- Vista 360º da Rua Conde de Sarzedas, mostrando o Fórum João Mendes Júnior, Catedral da Sé, Palácio da Justiça, Gade 9 de Julho e Comando do Corpo de Bombeiros de São Paulo.
Sobre o Palacete Conde de Sarzedas – foi construído provavelmente entre 1891 e 1895, por ordem do deputado Luiz de Lorena Rodrigues Ferreira, cuja família era proprietária da Chácara Tabatinguera, que abrangia parte da região do bairro da Liberdade. Aos 60 anos de idade, o político se apaixonou por uma francesa de 18 anos, Marie Louise Belanger, casou-se com ela e a trouxe para viver no Palacete – daí teria surgido o apelido “Castelinho do Amor”. Após a morte de Luiz de Lorena, sua esposa, filho e nora ainda permaneceram no local até 1939. A partir daí, o Palacete passou a ser ocupado por diversos locatários e, precariamente conservado, entrou em processo de arruinamento. Durante o projeto de construção do Edifício Gade 9 de Julho, o arquiteto Samuel Kruchin assumiu as pesquisas para o restauro do casarão. Em 2002 o Palacete foi tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).
Comunicação Social TJSP – AA (texto) / AO (arte)