PPA Novos Tempos realiza palestra com Mario Sergio Cortella
Objetivo é preparação para a aposentadoria.
O Programa Novos Tempos – Preparação à Aposentadoria de Magistrados(as) e Valorização dos(as) Aposentados(as) do Tribunal de Justiça de São Paulo realizou, hoje (30), a palestra “Da oportunidade ao êxito: Reinventando-se na aposentadoria”, com o filósofo e professor Mario Sergio Cortella. O evento, em formato híbrido, reuniu 2,5 mil magistrados e servidores ativos e inativos, na Escola Paulista da Magistratura (EPM), sob a condução do vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Artur Cesar Beretta da Silveira, representando o presidente, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia.
Completaram a mesa de abertura o presidente da Seção de Direito Privado do TJSP, desembargador Heraldo de Oliveira Silva; o diretor da EPM, desembargador Gilson Delgado Miranda; a coordenadora da Área de Formas Alternativas de Soluções de Conflitos da EPM e do Núcleo de Apoio Psicossocial do TJSP (Nuapsi), desembargadora Maria Cristina Zucchi; o integrante da comissão do PPA, desembargador Pedro Cauby Pires de Araújo, representando a coordenadora, desembargadora Maria de Lourdes Lopez Gil Cimino; a 2ª vice-presidente da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), juíza Laura de Mattos Almeida; e a coordenadora da Justiça Estadual da Associação dos Magistrados Brasileiros, juíza Vanessa Ribeiro Mateus.
Na abertura, o vice-presidente Beretta da Silveira apresentou o palestrante. “Sua verdadeira especialidade é nos tirar da zona de conforto com gentileza e profundidade. É autor de várias obras e tem a capacidade de nos encantar e provocar novas ideias. O TJSP tem muita honra em recebê-lo.”
O diretor da EPM, desembargador Gilson Miranda, destacou a importância do assunto para os que já se aposentaram e aos que estão se preparando para a transição. “Mais do que um ponto de chegada, a aposentadoria deve ser compreendida como um ponto de partida. É uma oportunidade de reinvenção, redescoberta de si mesmo e ressignificação dos propósitos”, afirmou.
O desembargador Pedro Cauby Pires de Araújo enalteceu a iniciativa do TJSP e o trabalho realizado pela equipe do PPA. “A aposentadoria é um ciclo de passagem, como foi nosso ingresso na Magistratura. O programa é excepcional porque dá a oportunidade de quem está na ativa pensar nessa transição e nos ajuda a estarmos próximos dos amigos que cultivamos”, disse.
Palestra
Mario Sergio Cortella traçou um paralelo entre as expressões “oportunidade” e “êxito”, que intitulam a apresentação. “Para os romanos, o vento que levava o navio em direção ao porto era chamado de ‘ob portus’. Daí, veio a palavra ‘oportunidade’, que é quando pegamos um vento favorável. Já ‘êxito’ vem do termo do grego ‘êxodos’. Dentro da tradução judaica, é a saída do aprisionamento em direção a uma vida mais fértil”, afirmou.
Ele explicou a diferença entre as palavras saudade e nostalgia – a primeira é uma lembrança que alegra, e a segunda, que dói –, e entre as expressões esperança e esperar. Enquanto a primeira significa buscar algo que proporciona vitalidade, a última remete a algo sem movimento. Na sequência, Cortella falou da importância em deixar um legado positivo. “O futuro é o passado em preparação. Daqui a 30 anos, essa geração será olhada no Judiciário de São Paulo como a que fez algo em relação a sua comunidade. Isso independe de uma pessoa estar na ativa ou inativa”, salientou.
A palestra também realçou as vivências durante o vínculo de trabalho, que permanecem mesmo após a aposentadoria. “Precisamos impedir que o ‘pausar’ seja ‘terminar’ e esclarecer que não podemos confundir ‘obra’ com ‘emprego’. A obra vai além do que é o emprego”, disse. “Não somos só aquilo que fomos, podemos ser outras coisas de outro modo na nossa atividade, seja na escrita, na docência, no voluntariado e em tudo o que permite que continuemos nossa obra.” Ao final, respondeu perguntas dos participantes.
Programa de Preparação à Aposentadoria (PPA) - Instituída pela Resolução nº 958/25, a iniciativa tem o objetivo de proporcionar uma transição mais acolhedora à inatividade, com o acompanhamento e a orientação necessários, além de fortalecer os vínculos com os(as) magistrados(as) aposentados(as). Ao longo do ano, serão ministradas palestras sobre bem-estar, saúde e desenvolvimento pessoal, além de atividades outras que foquem no acolhimento do magistrado aposentado como grupos reflexivos e encontros culturais.
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Comunicação Social TJSP – BC (texto) / LC (fotos)
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