O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) foi o vencedor da categoria Comunicação Inclusiva no Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2025, com o projeto Central de Intermediação em Libras (CIL). A disputa reuniu 21 trabalhos inscritos e destacou iniciativas que levam a inclusão para além do discurso, alcançando pessoas e transformando o acesso à Justiça. O TJSP também brilhou em outras duas categorias: conquistou o segundo lugar na categoria Relacionamento com a Mídia, com a reportagem da TV Globo sobre o evento Meninas Ocupam, e garantiu o terceiro lugar na categoria Podcast e Rádio, com o episódio sobre o edifício Joelma, do podcast Casos Forenses. 

 

A noite de sexta-feira (8) foi marcada pela celebração da 23ª edição do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça, promovido pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ). A premiação reconhece e valoriza iniciativas de comunicação pública de órgãos do sistema de Justiça que aproximam as instituições do cidadão, promovem inclusão e fortalecem a cidadania. 

Este ano, a disputa bateu recorde: mais de 420 trabalhos inscritos, distribuídos em 14 categorias. Cada uma contou com cinco finalistas, selecionados por jurados especialistas em Comunicação Social. Concorreram projetos publicados ou veiculados ao longo de 2024, reforçando a relevância de ações que unem qualidade técnica, impacto social e compromisso institucional com a transparência e o diálogo com a sociedade. Veja os vencedores. 

A cerimônia de entrega fez parte da programação do 19º Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação do Sistema de Justiça (Conbrascom), realizado em São Luís (MA), nos dias 6, 7 e 8 de agosto. O evento, promovido pelo FNCJ em parceria com o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) e apoio de instituições do estado, reuniu cerca de 300 profissionais — assessores de comunicação do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensorias, Tribunais de Contas, Ordem dos Advogados etc., além de jornalistas e estudantes universitários. 

Com o tema “Do viral ao vital: o poder da comunicação na construção da Justiça”, o congresso apresentou uma programação intensa de palestras, workshops e debates, abordando tendências, tecnologias e estratégias para a comunicação institucional. A palestra magna, proferida pela filósofa, escritora e ativista Djamila Ribeiro, ressaltou o papel central da comunicação na construção de políticas públicas voltadas à equidade racial e de gênero. Já no encerramento, o ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino discutiu os “Desafios atuais para a Justiça no Brasil” e enfatizou o papel das instituições em meio às turbulências da democracia contemporânea. 

Durante o evento, também foi entregue o Prêmio Social Media Gov, que reconhece as melhores práticas de comunicação em redes sociais no setor público. O TJSP figurou entre os cinco tribunais estaduais com maior engajamento no país, reforçando sua presença digital e sua capacidade de dialogar com a sociedade de forma direta e eficiente. 

 

Implantada em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), por intermédio da Diretoria de Apoio aos Servidores (Daps) do TJSP, a CIL garante acessibilidade e inclusão a pessoas surdas ou com deficiência auditiva. O serviço, disponível nos três maiores fóruns da América Latina, oferece tradução simultânea para Libras via videochamada. O atendimento é acionado pela leitura de um QR Code na entrada dos prédios, com apoio de agentes de fiscalização. Após contato inicial, o usuário é encaminhado a uma sala equipada, para continuidade do atendimento ou realização de audiências. A iniciativa, pioneira no Judiciário, rompe barreiras históricas de comunicação e garante acesso pleno à Justiça. Tem como objetivos promover inclusão, cidadania e atendimento humanizado, com linguagem simples e acessível. Assista matéria sobre a CIL. 

 

Em parceria com a ONG Plan International Brasil, o TJSP realizou, em 11 de outubro de 2024, no Dia Internacional da Menina, a ação Meninas Ocupam. Três adolescentes assumiram simbolicamente os cargos de presidente, vice-presidente e corregedor-geral do Tribunal. Outras 20 meninas participaram de uma roda de conversa com magistradas que representam histórias de superação e diversidade no Judiciário. O objetivo foi inspirar jovens a sonharem com posições de liderança, especialmente no sistema de Justiça. A ação teve cobertura exclusiva do SP2, da TV Globo, construída de forma estratégica para dar visibilidade à causa. A pauta destacou a importância da igualdade de gênero e o papel do TJSP como agente de transformação social. A parceria com a imprensa foi decisiva para potencializar a mensagem do evento, alcançando milhões de pessoas e reafirmando o compromisso com a diversidade e a paridade de gênero. Veja a reportagem.  

 

Casos Forenses — episódio “Incêndio no Edifício Joelma” — 3º lugar em Podcast e Rádio 

Lançado em maio de 2024, o episódio uniu jornalismo, memória e Justiça em um formato moderno e envolvente. Inspirado no gênero true crime, o programa reconta a tragédia de 1974, que matou 180 pessoas, com narrativa detalhada e contextualização histórica. A produção traz sonorização imersiva, locução profissional, depoimentos de sobreviventes e entrevistas com o jornalista Milton Parron, primeiro repórter a chegar ao local; o capitão Ronaldo Ribeiro, especialista em segurança contra incêndio; e o juiz Gláucio Brittes, professor e especialista na área Criminal. O episódio explica como a Justiça atuou no caso, os desafios da legislação da época e as mudanças jurídicas, técnicas e estruturais provocadas pelos fatos. Com sensibilidade, resgata bastidores do processo e histórias humanas marcantes. Disponível em áudio e vídeo, o conteúdo amplia o acesso à memória do Judiciário paulista, combinando apuração precisa e linguagem acessível para aproximar a sociedade da Justiça. O episódio já superou 35 mil acessos, somando plataformas de áudio e YouTube. Acesse aqui. 

 

 

 

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