InspirAÇÕES: do fórum ao palco, servidor cria composições com alma jurídica
José Ronison Monteiro dá voz ao sertanejo-jurídico.
Antes mesmo de integrar os quadros do Tribunal de Justiça de São Paulo, a voz de José Ronison Monteiro já ocupava outros espaços - compunha e cantava suas próprias músicas. Em 2017, aos 22 anos, foi nomeado escrevente técnico judiciário no TJSP, e, desde então, passou a conciliar o trabalho no fórum com os acordes da criação musical, jornada que culminou, no ano passado, com o lançamento de um EP com músicas de um gênero um tanto inusitado: o sertanejo-jurídico.
A trajetória no Judiciário paulista começou na 2ª Vara de Paulínia, onde desempenhou diversas funções, inclusive as de chefe de seção e oficial maior. “Escolhi esse concurso porque, na época, tinha o nível médio. Mas gostei bastante do mundo jurídico: cursei Direito, fiz pós-graduação e até uma outra faculdade, em Serviços Jurídicos Cartorários e Notariais”, conta.
A veia musical, por outro lado, floresceu naturalmente. “Antes de entrar no TJ, eu já escrevia músicas. Cantava apenas em karaokê, mas ouvir elogios me encorajou a cantar minhas próprias canções”, relembra. Começou a publicar vídeos nas redes sociais, e, em 2024, lançou um EP com quatro faixas que abordam temas do Direito.
“Eu não queria fazer algo comum e essa foi a forma que encontrei de deixar minha marca”, explica. O desafio era conquistar espaço em meio à imensidão de conteúdos que surgem todos os dias na internet. Ele conseguiu: alcançou 140 mil acessos em uma plataforma de streaming. “Fiquei com uma sensação de dever cumprido. Todas as músicas são de minha autoria”, conta.
Hoje, o servidor já tem seis músicas lançadas - incluindo uma em comemoração ao Dia dos Namorados – e outras duas prontas, aguardando a data de lançamento. Entre os momentos mais marcantes de sua carreira está a apresentação na festa do Peão de Hortolândia, no mesmo dia do cantor Luan Santana. “Estava lotado. Fiquei nervoso no começo, mas quando vi que o público estava gostando, consegui me soltar. Foi uma sensação incrível”, recorda com entusiasmo.
Ronison agora se dedica a manter esse equilíbrio entre os dois mundos que tanto aprecia: o jurídico e o artístico. Seus próximos lançamentos não terão como tema o Direito, mas seguirão o mesmo propósito: letras originais e com algo novo a dizer. “Quero criar músicas que se destaquem por abordarem temas diferentes”, comenta. E se nas letras das canções surge alguma expressão popular ou um "erro gramatical intencional", o dilema é inevitável: “Sempre fui bom em português, inclusive foi a matéria que mais me ajudou na aprovação do concurso. Mesmo conhecendo a licença poética, às vezes fico em conflito", brinca.
Comunicação Social TJSP – BC (texto) / Divulgação (foto) / LF (arte)
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