O Tribunal de Justiça de São Paulo encerrou, hoje (19), a 6ª edição da Semana da Acessibilidade e Inclusão com apresentação de música e dança no hall de entrada do Fórum João Mendes Júnior, conduzida por artistas com deficiência. O músico Luan Richard e os dançarinos Guto Rodrigues e Claudia Oliveira encantaram o público que transitava pelo maior fórum cível da América Latina, proporcionando um momento de confraternização com jurisdicionados, advogados, servidores e demais atores do sistema de Justiça.

No início da apresentação, a dupla Guto e Claudia performou a música “Love in the dark”, de Adele. Na sequência, Luan Richard apresentou repertório de sucessos da música nacional, como “Tempo perdido”, do Legião Urbana; “Quem sabe isso quer dizer amor”, de Milton Nascimento; e “S de Saudade”, de Luiza e Maurílio.

Novamente em destaque, Guto Rodrigues e Claudia Oliveira dançaram ao som de “Forró do xenhenhém”, seguidos por uma roda de samba liderada por Luan Richard, que entoou sucessos de Beth Carvalho, Martinho da Vila e Gonzaguinha.

Ao longo da 6ª edição da Semana da Acessibilidade e Inclusão, a Diretoria de Apoio aos Servidores (Daps) realizou palestras que abordaram temas relacionados à inclusão, acessibilidade, direitos das pessoas com deficiência e combate ao capacitismo, com tradução simultânea em Libras. O evento reuniu cerca de 900 participantes e reforçou a importância da construção de uma cultura institucional inclusiva. Confira um resumo das palestras.

 

Na abertura do evento, realizada na segunda-feira (15), o presidente do TJSP, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, e o coordenador da Daps e presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do TJSP, desembargador Irineu Jorge Fava, ressaltaram a importância da iniciativa. “Trata-se de mais uma ação do Tribunal de Justiça de São Paulo que, repito, é feito de pessoas e para pessoas”, afirmou o presidente Fernando Torres Garcia.

No segundo dia (16), a deputada estadual da Paraíba e assistente social Cida Ramos destacou, na palestra “O lugar da pessoa com deficiência é onde ela quiser”, a importância da família e da educação no combate ao capacitismo. Na exposição “Dando voz e ouvido à surdez”, a especialista em Libras Sueli Ramalho Segala compartilhou sua trajetória, marcada pelo oralismo forçado e pela exclusão, defendendo a comunicação inclusiva. Já a advogada bilíngue Aretusa Fujihara, em “Aspectos legais dos direitos da pessoa surda”, apresentou os marcos legais que garantem esses direitos no Brasil.

Na quarta-feira (17), em “As pessoas com deficiência frente aos impactos climáticos extremos”, a socióloga Marta Gil alertou para a maior vulnerabilidade das pessoas com deficiência em desastres naturais devido à falta de acessibilidade e protocolos específicos. Ela defendeu ações preventivas, comunicação inclusiva e o trabalho em rede nas estratégias de resgate e reconstrução. Já o coordenador-geral de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Arthur de Almeida Medeiros, em “Letramento anticapacitista”, reforçou que a deficiência é uma construção social e que o capacitismo se manifesta em diferentes barreiras. Ressaltou, ainda, o impacto dessas violências na saúde mental e a importância de eliminar termos e expressões do cotidiano.

Ontem (18), em “Acessibilidade: desafios e oportunidades”, último dia de palestras on-line, a juíza Kátia Roncada defendeu ações institucionais, como capacitação de servidores, processos acessíveis e a efetiva aplicação da Convenção da Organização das Nações Unidas. Já a advogada e integrante do Comitê de Pessoas com Deficiência no Âmbito Judicial do Conselho Nacional de Justiça, Ana Cláudia Mendes, falou de “Acessibilidade e inclusão para construção de uma sociedade mais justa”, reforçando a acessibilidade como base para a inclusão, e defendendo o uso da linguagem simples como ferramenta essencial de acesso à Justiça.

 

Comunicação Social TJSP – BL (texto) / PS e LC (Reprodução, artes e fotos)

 

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