Colegas homenageiam o desembargador Flávio Cunha da Silva em sua despedida da Magistratura

Foram 40 anos dedicados ao TJSP.
 
A sessão de julgamento da 38ª Câmara de Direito Privado desta quarta-feira (24) foi marcada por homenagens ao desembargador Flávio Cunha da Silva, que se despede da Magistratura após quatro décadas de dedicação. A solenidade, conduzida pelo presidente do TJSP, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, teve a presença de integrantes do Conselho Superior da Magistratura (CSM) e de inúmeros magistrados, que prestaram seus cumprimentos ao colega.
“O desembargador Flávio Cunha da Silva ingressou em 1985, e tem mais de 40 anos de efetiva judicatura e dedicação a esta Corte mais que sesquicentenária. É um exemplo a ser seguido por todos os magistrados por sua postura correta, laboriosa e competente, que fez frente à avassaladora carga de trabalho que todos nós, juízes, enfrentamos”, afirmou o chefe do Judiciário paulista, que também destacou a importância da família no legado exemplar deixado pelo magistrado à instituição.
O presidente da Seção de Direito Público, desembargador Ricardo Cintra Torres de Carvalho, também prestou seus cumprimentos. “Uma vida que foi dedica à Justiça em suas diversas áreas, cada uma com seu ângulo próprio de visão, e que terminou redundando neste magistrado completo”, disse. Já o presidente da Seção de Direito Privado, desembargador Heraldo de Oliveira Silva, parabenizou o colega pela excelência desde o início da carreira. “Sempre muito prestativo. Vossa Excelência está se aposentando, mas estaremos sempre à sua disposição. Desejo-lhe uma boa passagem e jornada”, afirmou.
Os desembargadores da 38ª Câmara de Direito Privado também fizeram questão de se despedir de Flávio Silva. Foi com emoção que o desembargador Fernando Luiz Sastre Redondo se despediu do amigo: “É uma honra para mim estar nessa sessão. Gostaria parabenizar o Flávio pela brilhante jornada.” Ressaltando a cordialidade e capacidade técnica do homenageado, o desembargador Lavínio Donizetti Paschoalão o congratulou. “Sempre foi uma honra para nós trabalharmos com a Vossa Excelência nesta Câmara. O senhor deixa a carreira com mais de 50 mil votos proferidos”, apontou. Na sequência, o desembargador Tasso Duarte de Melo, que está afastado da Câmara por conta de sua atuação na 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial, desejou boa sorte na nova fase da vida do magistrado. “A sorte me brinda mais uma vez por me permitir participar da última sessão do desembargador Flávio, que tem a gentileza como o traço mais significativo. Muito obrigado e seja feliz na nova etapa.”
Para a juíza substituta em 2º Grau Anna Paula Dias da Costa, a cordialidade é uma das características mais marcantes do colega. “Foi uma grande honra ter trabalhado junto ao doutor Flávio, com quem aprendi muito durante quatro anos e meio. É muito marcante o trato do senhor para com as outras pessoas e o seu trabalho na Justiça durante todos esses anos, até mesmo antes da Magistratura”, ressaltou. Em seguida, o juiz substituto em 2º Grau Wilson Julio Zanluqui relembrou da época em que atuaram juntos pela primeira vez, há mais de 20 anos. “Tive o prazer de reencontrar com o doutor Flávio e a humildade que ele exala não mudou. Desejo que aproveite seu descanso merecido”, declarou.
Em nome da 37ª Câmara de Direito Privado, que, junto à 38ª, forma o 19º Grupo de Câmaras de Direito Privado, o presidente do colegiado, desembargador Afonso Celso da Silva, enalteceu a carreira de Flávio Cunha da Silva. “O farol que foi e continuará sendo a vida do desembargador Flávio deixa aqui um fruto que iluminará este Tribunal. Fico muito feliz com este coroamento de carreira”, ressaltou.
Dois amigos de longa data também prestaram suas homenagens à Flávio Silva. O desembargador Luiz Augusto de Salles Vieira, da 24ª Câmara de Direito Privado, rememorou sua trajetória ao lado do colega: “Ambos pertencemos à Polícia Civil. Depois, na Magistratura, tive a honra de reencontrá-lo como procurador do Estado e, mais tarde, como desembargador. Espero que tenha uma feliz aposentadoria, com o sentimento de dever cumprido.” Emocionado, o juiz Paulo Roberto Fadigas Cesar classificou o desembargador como um irmão. “Se eu consegui chegar mais longe, foi porque subi nos ombros de um gigante como você”, agradeceu.
Por fim, o presidente da 38ª Câmara de Direito Privado, desembargador Spencer Almeida Ferreira, falou do privilégio que foi conviver por tantos anos com Flávio Cunha da Silva. “Sua trajetória neste Tribunal foi – e continuará sendo – um importante exemplo para cada um de nós. Engrandeceu todas as classes a que pertenceu e marcou sua passagem pela independência, franqueza e busca incessante da Justiça, sempre com visão crítica da realidade e do Direito. Transmitiu valores que são imprescindíveis a um homem de bem: ética, dignidade e honradez”, destacou.
Em sua despedida, o desembargador Flávio Cunha da Silva agradeceu a honra em ter feito parte da Justiça paulista – segundo ele, um espaço de humanidade e aprendizado contínuo. “Comecei muito jovem no cartório de notas, onde já aprendi muito, e decidi cursar Direito após concluir o ginásio. Ao longo do tempo, adquiri muita experiência com todos com quem trabalhei. Em cada julgado que lemos, há um aprendizado e uma experiência humana, pois o nosso Tribunal tem essa dimensão humana também”. O homenageado estendeu as honrarias aos colegas, servidores e familiares. “Vocês foram muito generosos comigo. Muito obrigado”, declarou.
Também prestigiaram a sessão, pelo CSM, os desembargadores Artur Cesar Beretta da Silveira (vice-presidente), Francisco Eduardo Loureiro (corregedor-geral da Justiça), Ademir de Carvalho Benedito (decano em exercício), e Adalberto José Queiroz Telles de Camargo Aranha Filho (presidente da Seção de Direito Criminal); os familiares do homenageado: a esposa Lúcia Helena Martinho da Silva; os filhos Rodrigo Augusto Martinho da Silva, Heloisa Martinho da Silva e Vivien Martinho da Silva; o pai Orlando Theodoro Silva; a irmã Nanci Cunha da Silva; a neta Fatima Helena Martinho da Silva; a nora Monique Helena Santos da Silva; e o genro Fabrício Stendard; além de magistrados e servidores.
 
Flávio Cunha da Silva - Nasceu em Paraguaçu Paulista, em 1950. Formou-se pela Faculdade de Direito de Bauru, turma de 1976. Foi oficial de Justiça de 1971 a 1977, delegado de Polícia Civil de 1977 a 1978, e promotor de Justiça de 1978 a 1985. Assumiu o cargo de juiz substituto em 1985, sendo nomeado para a 29ª Circunscrição Judiciária, com sede na comarca de Dracena. Atuou nas comarcas de Nhandeara, Junqueirópolis, Santa Cruz do Rio Pardo, Jaú e São Paulo. Removido ao cargo de juiz substituto em 2º Grau no ano de 2009, foi promovido a desembargador em 2011. 
 
Comunicação Social TJSP – BL (texto) / PS (fotos)
 
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