Segurança de crianças e adolescentes nos ambientes digitais é tema de palestra da CIJ

Sheylli Caleffi abordou riscos digitais.
 
A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) e a Escola Judicial dos Servidores (EJUS) do Tribunal de Justiça de São Paulo realizaram, na sexta-feira (14), a palestra “Estou ajudando ou atrapalhando? Como o comportamento online de adultos interfere na segurança de crianças e adolescentes nos ambientes digitais?”, ministrada pela educadora Sheylli Caleffi. O evento foi conduzido pela juíza integrante da CIJ Patrícia Martins Conceição. 
Ao abordar o tema, Sheylli Caleffi chamou a atenção para a forma como adultos, responsáveis e influenciadores digitais expõem crianças e adolescentes na internet. Ela citou um caso em que, diante de uma cena de violência contra criança, a pessoa optou por gravar e divulgar o vídeo nas redes sociais em vez de denunciá-lo pelos meios adequados, ampliando ainda mais o dano à vítima. “Alguns adultos pensam que compartilhar esse tipo de conteúdo vai resolver o problema, mas acontece o contrário. Existe muita violência, especialmente sexual, na internet”, alertou. 
Outro ponto destacado foi o funcionamento dos algoritmos. Segundo a palestrante, termos relacionados à sexualidade podem levar a recomendações de vídeos e imagens envolvendo crianças, o que reforça a necessidade de supervisão de adultos. “Criminosos se passam por jovens para obter fotos e vídeos, que depois são comercializados. Muitos crimes nos ambientes digitais têm relação direta com a dignidade social”, afirmou.
A palestrante também abordou a dependência digital entre adolescentes, alertando para os riscos do vício em tecnologia. Segundo ela, muitos jovens passam a considerar “a vida real chata”, perdem o interesse pelos estudos e colocam o celular acima de qualquer outra atividade. “Eles entram em um looping. Depois, já mais velhos, pode acontecer de trocarem os jogos virtuais pelo cigarro eletrônico, apostas e consumo de pornografia”, disse.
Ao encerrar o encontro, a juíza Patrícia Martins Conceição alertou para os cuidados no compartilhamento de imagens de crianças e adolescentes, ressaltando a importância de ouvi-los sem posturas autoritárias, mas com orientação responsável. “É fundamental trazer ao Brasil o conceito de participação ativa das crianças”, concluiu.
 
Comunicação Social TJSP – AB (texto) / KS (reprodução e arte)
 
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