Desembargador Onei Raphael Oricchio é homenageado no TJSP

        O Judiciário paulista homenageou, na manhã desta quinta-feira (12), o desembargador Onei Raphael Pinheiro Oricchio, em evento realizado pelo projeto Agenda 150 Anos de Memória Histórica do Tribunal de Justiça Bandeirante, cujo objetivo é relembrar grandes profissionais que passaram pela Corte. Integrantes do Judiciário, familiares e amigos do desembargador se reuniram no Salão do Júri do Palácio da Justiça para a cerimônia, que abordou sua trajetória de vida e contribuições jurídicas.

        A incumbência de discursar em nome do TJSP coube ao desembargador Sebastião Oscar Feltrin, que se disse honrado em poder prestar uma homenagem ao colega. “Foi um juiz cujos coletâneos não podem esquecer. Honrou a Justiça e a ela devotou sua vida. Acreditava num modelo de juiz e investiu na busca desse ideal. Nunca se satisfez apenas com o cumprimento do seu dever. Era nítido um sentimento de pertença a uma instituição pela qual se sentia responsável. Acumulou sofrimentos e incompreensões, como é próprio a quem se destaca da mesmice. Viveu intensamente, vibrou com a Justiça, irou-se com a injustiça. Era um homem de caráter. Não temia tomar partido. Respondia por seus atos. Não padecia da ambiguidade – mal terrível desta era da hipocrisia”, disse.

        O sobrinho do homenageado, José Ruben Marone, foi escolhido para falar em nome da família. “Acompanhei meu tio em sua carreira como magistrado e a sua excelente equipe, muitos dela aqui presentes. A Magistratura é fantástica e o meu tio é um grande representante dela. Homem de temperamento forte, são-paulino ferrenho. Onde quer que se envolvesse, ia até às últimas consequências. Não era perfeito, mas era um homem completo.”

        O presidente da Corte, desembargador José Renato Nalini, disse que é preciso cultivar a memória daqueles que marcaram história. “Esses encontros têm sido emocionantes. Eventos como esse são bons para mostrar à juventude que o Tribunal de Justiça não começou aqui, mas com sementes maravilhosas. Tenho certeza que onde o desembargador Onei estiver, estará contente hoje”, finalizou.

Apesar de não conseguir comparecer ao evento, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sidnei Beneti, também rendeu suas homenagens por meio de mensagem: “Grande magistrado e ser humano, de quem fui funcionário, homem de extrema dedicação à Justiça e grandiosa generosidade. Sempre me ensinou e ajudou em todos os momentos da minha vida – um orgulho e uma honra ter tido a amizade do querido e inesquecível Onei Raphael.”

        O evento também foi prestigiado pelo vice-presidente do TJSP, desembargador Eros Piceli; pelo corregedor-geral da Justiça, desembargador José Carlos Gonçalves Xavier de Aquino; pelos presidentes das seções de Direito Público, Privado e Criminal, desembargadores Ricardo Mair Anafe, Artur Marques da Silva e Geraldo Francisco Pinheiro Franco, respectivamente; pelo presidente do Instituo Paulista de Magistrados, desembargador Jeferson Moreira de Carvalho; pelo presidente da Academia Paulista de Magistrados, desembargador Renato de Salles Abreu Filho; pelo vice-presidente do Conselho Consultivo, Orientador e Fiscal da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), desembargador Renzo Leonardi, representando o presidente da Associação; pelo ex-vice-presidente do TJSP, desembargador Marcos César Muller Valente; pelo chefe de gabinete da Presidência do TJSP e decano da Academia Paulista de Letras, poeta Paulo Bomfim; pela senhora Guiomar Milan Sartori Oricchio (viúva do homenageado), além de demais familiares, magistrados, juízes, advogados, servidores e autoridades civis e militares.

 

        Trajetória – Natural de Campinas, Onei Raphael Pinheiro Oricchio nasceu em janeiro de 1923. Formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), turma de 1948. Antes de ingressar na Magistratura, foi promotor de Justiça. Em 1954 assumiu o cargo de juiz substituto na 7ª Secção Judiciária, com sede em Mogi Mirim. Atuou, também, nas comarcas de Nova Granada, Itapira e São Paulo. Em 1972 foi promovido a juiz do Tribunal de Alçada Criminal e, após sete anos, a desembargador do TJSP. Foi 2º vice-presidente do TJSP no biênio 1988/1989 e corregedor-geral da Justiça de São Paulo no biênio 1990/1991. Faleceu em 14 de novembro de 2008.


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