Tribunal de Justiça participa da 3ª edição da Jornada do Patrimônio
Construindo Histórias foi o tema escolhido neste ano.
O Tribunal de Justiça de São Paulo se preparou para receber, no último final de semana (19 e 20), um seleto público que esteve em busca de cultura e arte, durante a 3ª Jornada do Patrimônio – Construindo Histórias. O evento, promovido pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), e organizado pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), abordou este ano o tema “Construindo Histórias”, que trata do diálogo do patrimônio histórico com o presente e o futuro da nossa cidade.
É nesse contexto que a Corte abriu suas portas para mostrar sua história, sua arte e sua memória no Palácio da Justiça, que recebeu mais de 500 pessoas nos dois dias de atividades, e também no Palacete Conde de Sarzedas, visitado por mais de 290 interessados, ambos no Centro da Capital. Os participantes puderam realizar visitas monitoradas pelo Palácio, sede da Justiça paulista e tombado desde 1981 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). Além do Salão do Júri, que foi palco de grandes julgamentos e muitos eventos, o público pôde apreciar, no Salão dos Passos Perdidos, a exposição Do Papel à era Digital, que reúne uma coletânea de 29 ações que envolvem fatos e/ou personalidadesque nortearam os rumos do País. Entre eles, estão os processos sobre as revoluções de 1924 e 1932, casos da escravatura e as outras ações que ganharam repercussão na imprensa. A exposição ainda poderá ser apreciada até a próxima sexta-feira (25), das 12h30 às 18h30.
O comerciante Daniel Dias participou da visita monitorada e disse ter se impressionado com o que viu. “O prédio é lindíssimo e nós adquirimos muitas informações, tanto da história do Palácio de Justiça quanto de São Paulo.” A arquiteta recifense Amanda Ferraz também percorreu os corredores do edifício, com bastante admiração. “Achei o prédio o máximo, muito bem conservado, e as informações históricas foram muito bem repassadas”, disse.
O Grupo ‘Madrigal Vozes da Cidade’ trouxe melodia ao primeiro evento no Palácio da Justiça. O coral, regido pelo maestro Marcos Fernandes, contou ao piano com Wilna Ávila e executou canções como Ave Maria, de Arcadelt, e Hallelujah, de Haendel.
No domingo (20) o Palácio recebeu mais três visitas monitoradas e outras apresentações culturais. O coral ‘Lira Urbana’ cantou clássicos do samba na escadaria do Salão do Júri, com apoio da Percussão ‘Lira Kids’ e participação especial do sambista Yvison Pessoa. O objetivo do grupo é contar um pouco da história de São Paulo por meio do samba, com músicas de Adoniran Barbosa, Luiz Alfredo Xavier e outros.
Logo depois, o Salão dos Passos Perdidos ressoou com os tambores e instrumentos do grupo de maracatu ‘Bloco de Pedra’. O ritmo tradicional do Estado de Pernambuco, de origem africana, é ensinado pelo grupo em uma escola pública na zona oeste da Capital.
“Fiquei maravilhada com essa entrada triunfal do maracatu”, afirmou a historiadora Marines Casado Alcaniz. Ela foi incentivada a conhecer o Palácio da Justiça por seu filho, Lucas Alcaniz, estudante de Direito. Ele costuma acompanhar julgamentos na sede do Tribunal e aproveitou a Jornada do Patrimônio para apresentar o local para sua mãe. “Como ela é historiadora, sabia que iria gostar do passeio”, disse Lucas.
Para encerrar, Adriano Grineberg trouxe seu ‘Piano Blues’. Com muito virtuosismo ele tocou músicas nacionais, internacionais e de sua própria autoria. No repertório, B.B. King, Tim Maia e outros. O público aplaudiu de pé e ainda pediu bis.
Palacete Conde de Sarzedas – Museu do Tribunal
Os visitantes ainda puderam conhecer as dependências do Palacete, também conhecido como ‘Castelinho’, por meio das visitas monitoradas, além de apreciarem poesia, música e arte. Paulo Pires, na voz e violão, e Marcelo Castro na percussão, abriram a apresentação musical, com ‘A poesia do Samba’. Na exibição, relembraram canções de Cartola, Luiz Melodia e Djavan. Sucessos como Trem das Onze e Flor de Lis abrilhantaram o evento.
Marcelo Garbine trouxe projeções de poesia e música e os presentes também puderam acompanhar o sarau com os autores durante o lançamento dos livros ‘Vamos falar da Avenida São João’ e ‘Poesias Contemporâneas V’. Durante o sarau, vários participantes leram trechos dos livros para os presentes e o poeta Paulo Bomfim foi homenageado, com a leitura do texto de sua autoria ‘Amo São Paulo’.
Também participou da programação o músico Lucas Shiguehara, que executou, ao som de sua guitarra, canções dos Beatles, acompanhado no violão/guitarra por Fábio Che. Dentre as músicas selecionadas estavam Let it be, Imagine e Black Bird. Os visitantes puderam conhecer também peças históricas expostas pelo prédio e saber um pouco mais sobre o Judiciário paulista.
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Comunicação Social TJSP – HS e GA (texto) e AC e RL (fotos)