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Desembargador Lauro Malheiros e sua vida em defesa do Direito são relembrados no TJSP

        O Tribunal de Justiça de São Paulo homenageou ontem (22) o exemplo de conduta que o desembargador Lauro Malheiros legou às gerações que o sucederam. O evento fez parte do projeto Agenda 150 Anos de Memória Histórica do Tribunal de Justiça Bandeirante, uma “iniciativa de preservar a história pelo resgate da memória de pessoas como o desembargador Lauro Malheiros”, afirmou o presidente do TJSP, desembargador José Renato Nalini.

        O orador em nome do Tribunal foi o desembargador Antonio Carlos Malheiros, que integra a 3ª Câmara de Direito Público e filho do homenageado. Rememorou traços da personalidade e a carreira de Lauro Malheiros, iniciada há 80 anos, quando abriu seu próprio escritório de advocacia. “Meu pai advogou por 32 anos. Mostrava-se sempre intensamente preocupado com as causas que tinha sob seus cuidados, não se importando muito com a vantagem financeira que teria”, afirmou. “Cuidava de cada cliente como se fosse o único.”

        Lauro Malheiros ingressou na Magistratura em 1967, no antigo Tribunal de Alçada Criminal. Durante o regime militar foi o primeiro juiz a combater o Ato Institucional nº5, concedendo famoso habeas corpus. “Não abandonava o escritório lá de casa enquanto tivesse sobre a mesa processos com fita vermelha, o que significava réus presos”, disse o filho. Tornou-se desembargador em 1978 e, mesmo passando por grave ataque cardíaco, permaneceu no cargo até 1981, ano de sua aposentadoria. Estes fatos, e muitos outros, foram lembrados em emocionado discurso.

        Em nome da família falou o advogado Lauro Malheiros Filho, filho mais velho do homenageado, que relembrou o pai como “um exemplo de dignidade, senso de dever, honestidade, sabedoria, sempre em espírito de luta em defesa do Direito”. Além disso, discorreu também sobre os aproximadamente 40 anos de contribuição do desembargador na redação da “Revista dos Tribunais”. Ele faleceu em 1992.

        O presidente Nalini tomou a palavra ao final e destacou a importância que os exemplos de profissionalismo digno, de um lado, e amor filial, por outro, representam neste momento em que o País passa por “crise de perda de valores”.

        Prestigiaram a cerimônia o vice-presidente do TJSP, desembargador Eros Piceli; o secretário de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, desembargador Aloísio de Toledo César, representando o governador; o presidente da Seção de Direito Criminal do TJSP, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco; o ministro José Carlos Dias; a diretora da International Association of Women Judges para América Latina e Caribe, desembargadora Maria Cristina Zucchi; o secretário Municipal dos Negócios Jurídicos de São Paulo, Robinson Barreirinhas, representando o prefeito; o conselheiro da Associação dos Advogados de São Paulo, Rogério de Menezes Corigliano, representando o presidente; o conselheiro e presidente da Comissão de Relações com o Poder Judiciário Estadual, Braz Martins Neto, representando o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo; o procurador do Estado respondendo pelo expediente do Contencioso Geral da Procuradoria Geral do Estado, Fábio Trabold Gastaldo, representando o procurador-geral; os juízes assessores da Presidência Afonso de Barros Faro Júnior, Maria de Fátima Pereira da Costa e Silva, Kleber Leyser de Aquino e Fernando Awensztern Pavlovsky; o chefe da Assessoria Policial Militar do TJSP, coronel PM Washington Luiz Gonçalves Pestana; o chefe de gabinete da Presidência e decano da Academia Paulista de Letras, poeta Paulo Bomfim; a filha do homenageado, Maria Luísa Malheiros Leite Cordeiro; as noras Fátima e Cristina; os netos Antônio Francisco, José Paulo, Ana Luísa, Maria Isabel, Rodrigo, Rachel, Diogo e Carolina; os bisnetos Isabela e Vitor; desembargadores; juízes; servidores; advogados; familiares e amigos.

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        Comunicação Social TJSP – GA (texto) / AC (fotos)
        
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