Destaque

        O desembargador Márcio Martins Ferreira e seus 43 anos de dedicação ao Judiciário, quase 22 deles no Tribunal de Justiça de São Paulo, foram o tema da mais recente edição da Agenda 150 Anos de Memória Histórica do Tribunal de Justiça Bandeirante, ocorrida ontem (2) no salão do júri do Palácio da Justiça. A intenção do Tribunal é preservar a memória de homens e mulheres exemplares na sua conduta pessoal e no comprometimento com a instituição. 
        Márcio Martins Ferreira nasceu na cidade de Franca em 1907 e, dentre diversas atribuições de destaque, foi o presidente do TJSP no biênio de 1966/1967. Coube ao atual diretor do fórum da cidade natal de Martins Ferreira, juiz José Rodrigues Arimatéa, a responsabilidade de ser o orador da ocasião. O convite, segundo ele, foi “motivo de muitas horas de pesquisa, o que me permitiu conhecer a história desta Corte, porque a história do homenageado com ela se confunde”. 
        O homenageado formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em 1934. No mesmo ano ingressou no Ministério Público paulista. Foi promotor em diversas comarcas e chegou ao cargo de procurador-geral de Justiça em 1950. Ocupava a posição quando foi escolhido pelo critério do 5º Constitucional para tornar-se desembargador do TJSP, em 1956. No Tribunal deixou importante marca. Foi 1º vice-presidente no biênio de 1966/1967, presidente no mandato seguinte e corregedor-geral da Justiça entre 1974 e 1975. Aposentou-se em 1977 e faleceu em 1993. “Seus passos deixaram fundos nas terras do planalto de Piratininga, de modo a ser possível segui-los mesmo depois de anos de sua passagem para a inatividade e mesmo depois do seu chamado para a Eternidade”, afirmou Arimatéa. 
        Em nome do presidente do TJSP, desembargador José Renato Nalini, falou o decano da Corte, desembargador Sérgio Jacintho Guerrieri Rezende, que conheceu o homenageado, grande amigo de seu pai. “Ele era apaixonado por Franca, foi de fato o primor da cidade”, disse o desembargador, que rememorou a forma como Ferreira era reconhecido e respeitado pela população. O decano lembrou, também, sua própria trajetória e a influência que o homenageado teve sobre ela. “A vida passa, estou chegando ao fim da carreira, mas estou feliz por ter mostrado a ele que cumpri aquilo que me disse uma vez: ‘seja um bom juiz, preste contas à população, pois nascemos para servir’”, contou. 
        Também participaram da cerimônia o presidente da Seção de Direito Privado, desembargador Artur Marques da Silva Filho; o presidente da Seção de Direito Público, desembargador Ricardo Mair Anafe; o diretor secretário da Associação Paulista de Magistrados, juiz Ademir Modesto de Souza, representando o presidente; o juiz assessor da Presidência Ricardo Felício Scaff; o delegado chefe da assessoria policial civil do TJSP; Fábio Augusto Pinto; o oficial do Registro Civil do 4º Subdistrito de Nossa Senhora do Ó, Rodrigo da Costa Dantas, representando a Arpen/SP e a Anoreg/SP; o chefe de gabinete da Presidência do TJSP e decano da Academia Paulista de Letras, poeta Paulo Bomfim; magistrados e servidores. 

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        Comunicação Social TJSP – GA (texto) / RL (fotos) 
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