MUSEU DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Comunicado

"Dia Internacional da Mulher"

Origem
As mulheres do século XVIII eram submetidas a um sistema desumano de trabalho, com jornada de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais.

No dia 8 de março de 1857, 129 tecelãs da fábrica de tecidos Cotton, de Nova Iorque, iniciaram uma greve reivindicando melhores condições de trabalho, como a redução da jornada, equiparação de salários com os homens e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

O movimento foi violentamente reprimido pela polícia e as operárias refugiaram-se dentro da fábrica. Os donos da empresa, junto com os policiais, trancaram-nas no local e atearam fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que 8 de março fosse declarado “Dia Internacional da Mulher” em homenagem às operárias de Nova Iorque. Porém, somente em 1975, a data foi oficializada pela ONU e a partir de então começou a ser comemorada no mundo inteiro como homenagem às mulheres.

Mulheres na Justiça
O marco inicial da feminização do Judiciário ocorreu em 1967, quando Maria Rita Soares de Andrade foi nomeada pelo então presidente da República, marechal Castello Branco, a primeira juíza federal do Brasil. Ela também foi a primeira advogada do estado da Bahia e a terceira do país, além de fundadora da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).

Atualmente, nos tribunais superiores são 13 mulheres entre 92 nomes, ou seja, 14% da cúpula. A ministra Ellen Gracie foi a primeira mulher a chegar até a presidência da mais alta Corte do país, em 2007.

Em 2007, quebrando um tabu de 200 anos, a advogada mineira Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha passou a ocupar o cargo de ministra do Superior Tribunal Militar. O momento histórico foi comentado pelo ministro Flávio Bierrenbach.

No Supremo Tribunal Federal duas mulheres ocupam cargos de ministra: Cármen Lúcia e Ellen Gracie. No Superior Tribunal de Justiça, cinco: Denise Arruda, Eliana Calmon, Laurita Vaz, Maria Thereza de Assis Moura e Nancy Andrighi. Cinco também no Tribunal Superior do Trabalho: Dora Maria da Costa, Kátia Arruda, Maria Calsing, Maria Cristina Peduzzi e Rosa Maria Weber.

No Judiciário Paulista, 721 mulheres ocupam o cargo de juiz. A primeira delas foi Zélia Maria Antunes Alves, aprovada em concurso em 1981. Das 360 cadeiras de desembargadores 13 são ocupadas por mulheres e a pioneira a assumir o cargo, em 1997, foi Luzia Galvão Lopes da Silva.

A justiça paulista conta atualmente, em seu quadro ativo, com 27.036 servidoras, ocupantes de diversos cargos, colaborando na prestação jurisdicional.

Na Ordem dos Advogados do Brasil, duas seccionais são administradas por mulheres. No Distrito Federal quem comanda a OAB local é Estefânia Viveiros. No Pará, Angela Serra Sales.


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